CONSAGRAÇÃO À NOSSA SENHORA APARECIDA NA VOZ DO PADRE VITOR COELHO CSsR

Ó MARIA SANTÍSSIMA, PELOS MÉRITOS DO SENHOR JESUS CRISTO QUE EM VOSSA IMAGEM MILAGROSA DE APARECIDA ESPALHAIS INÚMEROS BENEFÍCIOS SOBRE O BRASIL, EU, EMBORA INDIGNO DE PERTENCER AO NÚMERO DOS VOSSOS SERVOS, MAS DESEJANDO PARTICIPAR DOS BENEFÍCIOS DA VOSSA MISERICÓRDIA, PROSTRADO A VOSSOS PÉS, CONSAGRO-VOS O ENTENDIMENTO, PARA QUE SEMPRE PENSE NO AMOR QUE MERECEIS. CONSAGRO-VOS A LÍNGUA, PARA QUE SEMPRE VOS LOUVE E PROPAGUE A VOSSA DEVOÇÃO.CONSAGRO-VOS O CORAÇÃO, PARA QUE, DEPOIS DE DEUS, VOS AME SOBRE TODAS AS COUSAS.RECEBEI-NOS, Ó RAINHA INCOMPARÁVEL, QUE NOSSO CRISTO CRUCIFICADO DEU-NOS POR MÃE, NO DITOSO NÚMERO DOS VOSSOS SERVOS. ACOLHEI-NOS DEBAIXO DA VOSSA PROTEÇÃO. SOCORREI-NOS EM NOSSAS NECESSIDADES ESPIRITUAIS E TEMPORAIS E, SOBRETUDO, NA HORA DA NOSSA MORTE. ABENÇOAI-NOS Ó MÃE CELESTIAL, E COM VOSSA PODEROSA INTERCESSÃO FORTALECEI-NOS EM NOSSA FRAQUEZA, A FIM DE QUE, SERVINDO-VOS FIELMENTE NESTA VIDA, POSSAMOS LOUVAR-VOS, AMAR-VOS E RENDER-VOS GRAÇAS NO CÉU, POR TODA A ETERNIDADE. ASSIM SEJA! ...PELA INTERCESSÃO DE NOSSA SENHORA APARECIDA, RAINHA E PADROEIRA DO BRASIL, A BÊNÇÃO DE DEUS ONIPOTENTE, PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO, DESÇA SOBRE VÓS E PERMANEÇA SEMPRE.AMÉM!

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26 de setembro de 2013

Homenagem aos Palotinos





OS PADRES PALOTINOS NOS 70 ANOS DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA

 

 

Professor Afonso de Sousa Cavalcanti

 

        Quando se anunciou a chegada do século XXI, dizia-se que este seria o “Século da Solidariedade”. Sendo assim, a solidariedade é muito justa aos palotinos que consumiram seus dias em prol dos paroquianos, nestes 70 anos. 

 

        1. Primeiro fundamento:
        As ordens e congregações religiosas católicas surgiram nos primeiros séculos da Era Cristã. São diversas as organizações de homens e mulheres dedicadas às mais diferentes atividades pastorais e religiosas. Estas instituições têm seus fundadores, ideologias e seguidores e por isso constituem, na Igreja, verdadeiras comunidades cristãs, de homens e mulheres, que se uniram pela causa do Evangelho.
        A Igreja Católica utiliza a sigla da ordem ou congregação religiosa logo após o nome do religioso ou da religiosa. Estas letras representam as iniciais da designação latina da organização.
        Muitas são as ordens religiosas e congregações católicas que estão espalhadas nos cinco continentes. Neste texto, em especial, quer-se afirmar que a Congregação Palotina soma amor, entusiasmo, doação, fé e piedade com todas as demais instituições religiosas, que,seguindo seu fundador, têm sua sustentação histórica nos votos de pobreza, castidade e obediência.
        Explica-se: o homem (em caso específico para ser padre, monge ou irmão leigo) e a mulher (em caso específico para ser freira), que ao deixarem seus familiares para ingressar numa ordem ou congregação religiosa, estes renunciam da vida do mundo lá fora para abraçar a causa evangélica. Os que escolhem este modo de viver, o fazem impelidos por algo muito forte e especial, pois atendem à vocação religiosa, ser solidário com aqueles que irão servir.
        Os votos de pobreza, castidade e obediência representam para aqueles eleitos de Deus, ao mesmo tempo o sacrifício e a fortaleza vitais para que estes suportem com fé, amor e piedade o novo processo civilizatório interno e externo da instituição à qual passam a fazer parte como membro do apostolado católico. Deus deu a Adão e Eva e à sua posteridade toda a Terra, com todas as suas maravilhas, recursos e riquezas e determinou: “Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra e submetei-a; dominai sobre os peixes do mar, as aves do céu e todos os animais que rastejam sobre a terra” (Gen. 1, 28). Homens e mulheres que atendem ao chamado de Deus, para a vida religiosa, estes renunciam ao direito natural de poderem multiplicar, constituir família e gerar filhos. Poderiam atender à ordem moral da Humanidade que estipula ser obrigação dos homens e mulheres o sagrado direito de procriar, atendendo à coletividade. Aqueles que decidiram abraçar a vida religiosa optaram moralmente, não pela ordem determinante da coletividade, mas pelo direito individual de renunciar à possibilidade da procriação. Individualmente, não estão obrigados a ter filhos, a continuar a espécie humana. Se assim procedem, deixam simplesmente de serem guiados pelas leis civis e se submetem ao Direito Canônico e determinações particulares de suas ordens e congregações religiosas. Os votos de pobreza, castidade e obediência indicam aos homens e mulheres seu novo estado de conversão: saem do vértice do mundo material, com todos os direitos e deveres de multiplicação e participação da ação civilizatória, fazendo com que a espécie humana tenha sua continuidade, em especial no processo humano que não pode e não deve ser realizado sem o entendimento – baseado em valores vitais, úteis, agradáveis e necessários -, sem a sensibilidade – fundada na vitalidade em que o homem e mulher se completam e se ajudam física e intelectualmente. Homens e mulheres, unidos por suas vontades como responsáveis pela continuidade da Humanidade, juntam seus esforços e transformam os recursos em riquezas materiais e dão graças ao seu Criador – a unidade familiar, consagrada a Deus pelo matrimônio - conforme determina o Cristianismo. 

        2. Segundo fundamento:
        Ser religioso palotino, de acordo com os esclarecimentos do parágrafo anterior, participando dos votos de pobreza, castidade e obediência, assim devem ser definidos:
     a) a pobreza corresponde ao desapego a todos os bens materiais. O religioso, membro de uma ordem ou congregação religiosa, individualmente nada possui. Ao fazer o voto de pobreza, este renuncia - perante à Igreja e à sua instituição religiosa - ao direito natural de ter propriedade. Transfere seu direito de ter para seus superiores e para a Igreja, pois escolheu a missão de ser religioso. Ao mudar de comunidade, o sujeito religioso não transporta nenhuma escritura de propriedade. Apenas leva suas poucas ferramentas de ordem cultural que adquiriu com seus esforços pessoais;
     b) a castidade indica ao religioso a condição de renunciar ao direito e ao dever de multiplicar, enquanto membro da espécie humana, pois a nova ordem social (o novo estado de conversão) que por ele foi escolhida não compactua com a ordem social dos homens (o mundo lá fora). A velha ordem que continua é composta por homens e mulheres. A nova sociedade do eleito é formada apenas ou por homens (no caso dos padres e irmãos religiosos) ou por mulheres (freiras ou irmãs religiosas), que entre si mantêm a ordem ou a congregação religiosa;
     c) a obediência é o resultado da compreensão que é fruto do entendimento e da sensibilidade, obrigatoriamente oriundos do estado religioso. Não tem sentido a obediência sem que se pense o estado religioso e este por sua vez segue o princípio hierárquico, daí o nome Ordem ou Congregação Religiosa. O ato de obedecer implica em determinação maior que vem da hierarquização social. No caso das ordens e congregações, a obediência aos superiores reveste-se de algo transcendente. O religioso obedece a seus superiores pelo simples fato de compreender que se definiu pelos ditames da ordem natural: “Faz aos outros o que gostarias que te fizessem a ti”(HOBBES, 1983)  e também por inspiração divina, conforme se lê: “Tudo aquilo que queres que os homens vos façam, fazei-o vós a eles, pois esta é a Lei e os Profetas” (Mt. 7,12).

        A Filosofia sempre nos induz ao ato de filosofar. Tal exercício, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Mandaguari, é uma tarefa gigante que nos coloca a pensar os padres (do Antonio Lock ao Antonio Radigondas), que nos ligaram a Deus, em milhares de ações litúrgicas (Missa, Batismo, Catequese, Crisma, Primeira Eucaristia, Visita a Enfermos, Exéquias etc) e dali saímos espiritualmente mais leves. Aos palotinos, nosso Deus-lhes-pague! 

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