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Um
Comentário sobre o Facebook
Gary Ziuraitis, C.Ss.R. Diretor de Comunicações |
Quando os
Superiores das Unidades visitaram a Cúria Geral, em novembro e dezembro do ano
passado, tive a oportunidade de fazer uma breve apresentação para eles. Não
houve muito tempo para perguntas e respostas, mas uma pergunta surgiu em ambas
as reuniões, tanto de língua inglesa como de língua espanhola. A pergunta era:
O que existe sobre os Redentoristas no Facebook? Uma das preocupações era a de
que os Redentoristas, inadvertidamente, enfrentariam os perigos de se
misturarem com a comunidade do Facebook. Este era o tom subjacente à pergunta.
Eu
compartilhei minha opinião, emprestando e parafraseando as palavras de Jesus,
que quando você está envolvido no trabalho pastoral e seriamente envolvido na
cultura, o trigo e o joio necessariamente vão crescer juntos. Este lado
da Segunda Vinda, não há maneira de separar totalmente os dois, a menos que
você escolha afastar-se da cultura.
Há muitas
comunidades Redentoristas e confrades, individualmente, no Facebook (e
Twitter). Nosso Governo Geral (e até mesmo o Vaticano!) tem uma presença lá.
As perguntas
sobre os Redentoristas no Facebook que deveríamos nos fazer são: Eu uso o
Facebook para quê? Será que só tem que ser um instrumento de minha expressão
pessoal? Pode-se dar testemunho de Jesus Cristo? Pode-se promover o bom
nome e o trabalho da Igreja? Pode-se demonstrar aos outros o bom trabalho e
dinamismo missionário da Congregação Redentorista? Somos capazes de,
contra-culturalmente, responder à sedução da cultura material e secular com o
testemunho da nossa expressão pessoal – fortalecida pela vida religiosa – ao invés
de nos rendermos à cultura?
Eu sei de
muitos exemplos de Facebook usados dessa maneira. Muitas unidades ou
indivíduos oferecem reflexões bíblicas e dicas de espiritualidade. É comum a
consciência e a promoção vocacional ao se fazer uso do Facebook. As nossas
comunidades na América Latina e no Caribe, especialmente, parecem compreender a
forma positiva como o Facebook pode ser introduzido, deixando que os outros
saibam do trabalho missionário que é feito em nome de Jesus Cristo, da Igreja e
dos Redentoristas.
O Facebook é
também um meio de puxar o véu que oculta nossa vida apostólica e alguns
trabalhos nossos em países onde a liberdade religiosa não é, ainda,
completamente conhecida.
E sim,
existe algum uso do Facebook que poderia usar alguma "capina", se
alguém está inclinado a eliminar-se. Eu acredito que os Redentoristas que usam as mídias sociais têm que compreender que as
impressões que deixam são, literalmente, para centenas de milhares verem.
Porque o Facebook é, na maioria dos casos, uma expressão pessoal do que estamos
pensando e fazendo, e porque muitos desses momentos são momentos de felicidade
que, naturalmente, queremos compartilhar. Mas só compartilhar os destaques
mais felizes de nossa vida pode tornar-se um pouco.enganador.
Exemplos são quando exaltamos nossas viagens ao redor do país, ou o mundo! Habitualmente, bons trabalhos são realizados nessas viagens, mas o motivo não vem, invariavelmente, através de um post no Facebook. Ele surge com um indivíduo em frequentes excursões (férias). Ou, às vezes, parece que a vida da comunidade Redentorista é retratada como uma grande festa, envolvendo a frequência em restaurantes, fazendo excursões e participando de reuniões – e os “amigos” ficam pensando quem está subsidiando tudo isso? Eu me pergunto se os confrades percebem em seus comentários, caprichosamente invejosos, que desejam eles também poder viajar tão longe e viver tão despreocupado?
Exemplos são quando exaltamos nossas viagens ao redor do país, ou o mundo! Habitualmente, bons trabalhos são realizados nessas viagens, mas o motivo não vem, invariavelmente, através de um post no Facebook. Ele surge com um indivíduo em frequentes excursões (férias). Ou, às vezes, parece que a vida da comunidade Redentorista é retratada como uma grande festa, envolvendo a frequência em restaurantes, fazendo excursões e participando de reuniões – e os “amigos” ficam pensando quem está subsidiando tudo isso? Eu me pergunto se os confrades percebem em seus comentários, caprichosamente invejosos, que desejam eles também poder viajar tão longe e viver tão despreocupado?
Deixando
essas impressões inexplicáveis, pode ser contra-produtivo para a nossa
reputação e nosso dinamismo missionário? As pessoas não irão compartilhar seus
recursos conosco se eles pensam que nós estamos usando-os para viver uma vida
confortável. Acredito que todos os confrades, usando o Facebook, precisam usar
o equilíbrio em suas postagens – mostrando tanto as exigências da vida
missionária e religiosa, bem como os momentos de individual e fraternal “ecce
quam bonum”.
É primavera
no norte e outono no sul. E é o tempo de Páscoa para todos. Tempo para fazer
uma pequena capina no jardim do Facebook e contar a Boa Nova da vida em Jesus
Cristo, equilibrando a nossa expressão pessoal com o autêntico testemunho de
nosso compromisso religioso.
Fonte: SCALA
(Boletim Redentorista) nº 76 de 16/04/2012
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