Nº 1029 – 23/04/2013
4338. Evangelho
de 3ª-feira (23-04-2013) - Sto. Adalberto e S. Jorge - At
11, 19-26; Sl 86; Jo 10, 22-30 - Celebrava-se, em Jerusalém, a festa da
Dedicação do Templo. Era inverno. Jesus passeava pelo Templo, no pórtico de
Salomão. Os judeus rodeavam-no e disseram: “Até quando nos deixarás em dúvida?
Se tu és o Messias, dize-nos abertamente”.
Jesus respondeu: “Já vo-lo disse, mas vós não
acreditais. As obras que eu faço em nome do meu Pai dão testemunho de mim; vós,
porém, não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas. As minhas ovelhas
escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. Eu dou-lhes a vida eterna
e elas jamais se perderão. Ninguém vai arrancá-las de minha mão. Meu Pai, que
me deu estas ovelhas, é maior que todos. Ninguém pode arrebatá-las da mão do
Pai. Eu e o Pai somos um”.
Recadinho: - Aquilo que faço no meu dia a dia dá testemunho
de um verdadeiro(a) filho(a) de Deus? - São muitos os que age como se Jesus não
existisse? - O que Ele é em minha vida? - Procuro ser fiel e constante na
prática de minha fé? - Procuro ver a presença de Deus que age em mim e ao meu
redor?
4339. Sede
de água e de justiça: bispos solidários com o sofrimento pela seca - No
dia 16 de abril de 2013, durante a 51 Assembleia Geral da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil, em Aparecida (SP), a presidência da entidade divulgou uma
nota alertando sobre o problema da seca que atinge a região do semiárido do
Brasil, demonstrando a solidariedade dos bispos pelo sofrimento e a luta pela
superação deste fenômeno, secular e cíclico, que ameaça a vida e o
desenvolvimento integral da população.
Trata-se da maior seca que atinge a região nos últimos
40 anos. São mais de 10 milhões de pessoas diretamente atingidas, em 1.326
municípios. O clamor do povo do Nordeste, acolhido pela Igreja, ecoa em
documentos históricos como o de Campina Grande (PB), em 1956, e o de João
Pessoa (PB), “Eu ouvi o clamor do meu povo (Ex 3,7)”, em 1963. Além disso, a
Igreja tem realizado e participado de diversas campanhas da luta por políticas públicas em favor das
famílias atingidas pela seca.
4340. Nordeste
do Brasil: consequências da seca - Ressalta a nota da
Presidência dos bispos do Brasil: “Os bispos do Nordeste, por várias vezes,
assinalaram as consequências de ordem social, econômica, moral e ética provocadas
pela seca tais como: a) Migração forçada com a consequente desarticulação e desintegração
da família, que fica exposta à máxima penúria; b) Tráfico humano, que conduz ao
trabalho escravo; c) Instrumentalização da extrema vulnerabilidade das pessoas
para fins eleitoreiros, em total desrespeito aos valores éticos; d) Agravamento
da situação econômica relegando milhares de famílias à miséria; e) Dizimação da
produção agrícola e agropastoril com a morte de rebanhos inteiros,
comprometendo o presente e o futuro dos pequenos e médios produtores, além de seu
endividamento; f) Colapso no abastecimento deágua nas áreas urbanas; g) Risco de se perderem
conquistas econômicas e produtivas fundamentais acumuladas nos últimos dez
anos.
4341. Nordeste do Brasil: reivindicações em torno
do problema da seca - A nota da Presidência dos bispos do Brasil reivindica:
a) A definição e a aceleração de políticas públicas e institucionais
permanentes que garantam segurança hídrica e alimentar, incentivando o uso de
tecnologias adaptadas à realidade climática da região para captação,
armazenamento e distribuição das águas das chuvas; b) Democratização do acesso
à água com a construção de sistemas simplificados de abastecimento de água; c)
Ações estruturantes como a revitalização e preservação dos rios, lagoas,
ribeiras, riachos e da floresta nativa; construção de cisternas de placas e de
cisternas “calçadão”; perfuração e equipamentos de novos poços tubulares; d) Interligação
de bacias hidrográficas e de recursos hídricos; construções de diversos tipos
de armazenamento de água, bem como de adutoras e canais, para o consumo humano,
animal e a produção de alimentos; e) Ampliação e universalização da aplicação
dos recursos financeiros e técnicos a partir do protagonismo das populações
locais e de suas organizações, no campo e na cidade; f) Conclusão urgente das
numerosas obras cuja paralisação tem causado graves prejuízos econômicos e sociais”.
Pe. Geraldo Rodrigues, CSsR

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