O sábado santo foi marcado pelo
silêncio. Não houve celebrações. Parecia que tudo acabou sem possibilidades de
mudanças. Depois que alguém morre todos os seus projetos ou aqueles que lhe
dizem respeito têm fim. Jesus também morreu, levaram-no ao sepulcro. O seu
corpo esteve nas mãos de um homem, justo e reto: José de Arimatéia, que O
desceu da cruz e O envolveu em um lençol depositando-O no sepulcro, talhado na
rocha, onde ainda ninguém havia sido sepultado.
Só faltou o embalsamento, envolto em aromas de mirra e aloés. Conservá-Lo
intacto era o intento. Uma esperança precária porque no fim nada resiste à
consumação do tempo e à sua
voracidade.
O fecho foi conclusivo e difícil.
Foi rolada uma grande pedra contra a porta do túmulo. O Filho de Deus quis compartilhar a sua
semelhança conosco até o extremo.
Tudo aconteceu há dois mil anos.
Jesus Cristo veio ao mundo disposto a ser o maior exemplo de amor e de verdade.
Tinha uma proposta de vida não entendida por muitos. Condenaram-no à morte ignorando
todos os seus propósitos, que era de um mundo melhor.
Houve dor, angústia e escuridão. Por
três dias o sol se recusou a brilhar, a lua se negou a iluminar a Terra, até que
ao terceiro dia algo aconteceu. Houve ressurreição.
O cosmo inteiro ficou imerso em glórias. Era uma nova primavera. Ele
ressuscitou para saborearmos a alegria da vida eterna. Deixou o túmulo
vitorioso. Um acontecimento único e irrepetível.
A Páscoa existe para nos lembrar
desse espetáculo inigualável.
Páscoa. Ressurreição do sorriso.
Ressurreição da alegria de viver. Ressurreição do amor. Ressurreição da amizade.
Ressurreição da vontade de ser feliz. Ressurreição dos sonhos, das lembranças e
de uma verdade que está acima dos ovos de chocolate.
Páscoa é como disse o Papa Francisco
na missa inaugural de seu pontificado: “é ter respeito por toda criatura de
Deus e pelo ambiente onde vivemos. É guardar as pessoas, cuidar de todas elas e
cada uma, especialmente das crianças e dos idosos, daqueles que são mais
frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração”.
Cristo passou pela paixão e morte de
cruz, mas ressuscitou. Fez isso para nos
ensinar a matar os nossos piores defeitos e ressuscitar as maiores virtudes sepultadas
no íntimo dos nossos corações. Que essa seja a verdadeira páscoa.
Cristo ressuscitou e permanece no
meio de nós.
Feliz Páscoa. Aleluia.
Diácono Adilson
José Cunha
31/03/2013
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