O Pe. José Augusto da Silva, C.Ss.R., que completou 60 anos de Profissão Religiosa na Congregação Redentorista no dia 26 de janeiro, fala sobre sua trajetória vocacional e a felicidade em celebrar esse jubileu.
Pe. José Augusto, C.Ss.R.: Quando
criança, recebia de uma tia religiosa da Congregação das Irmãs da
Divina Providência santinhos feitos por elas. Queria ir para um lugar
onde aprendesse a fazer santinhos. Lia os manuais dos devotos, no caso
de Santa Terezinha e de São João Bosco. Santos da minha infância. Com a
ajuda desta mesma tia, fui encaminhado para o seminário dos salesianos
em Cachoeira do Campo. Enxoval pronto, na última hora uma outra tia
sugeriu que eu fosse para Congonhas do Campo, onde estava um filho seu.
Pude ser acolhido, porque morrera um seminarista e eu “ocupei seu
lugar”. Era o irmão do Padre Nogueira.

Como percebeu o chamado?

Dos
salesianos fui para os Redentoristas. Estudei sete anos em Congonhas,
agora sem “Campo”. Fiz o noviciado em Juiz de Fora. Profissão religiosa
no dia 26 de janeiro de 1953. Filosofia e Teologia no Seminário da
Floresta. Ordenado sacerdote em 2 de fevereiro de 1958.
Caminhos por onde passou

Pe. José Augusto, C.Ss.R.: Fui professor nas duas casas de formação em Congonhas, Juvenato e Juniorato, em 1959. Curso de Pastoral no Seminário
dos Franciscanos, em Divinópolis, em 1960. Missionário na equipe de
Três Corações em 1961. Preguei várias missões, inclusive no Acre. Em
janeiro de 1962 fui, para espanto meu, designado como professor de
Teologia no Seminário da Floresta. Em 1964, tendo trabalho alguns meses
na Rádio Campista Afonsiana (Campos-RJ), fui estudar Liturgia, na
Bélgica, Abadia de Santo André (Bruges). Tinha sido aceito para fazer
mestrado em Teologia, na Faculdade Dominicana, mas tive que voltar para
lecionar, de novo, Teologia e então Liturgia, pois o professor do
momento deixara o ministério presbiteral. Lecionei mais dois anos e
depois fui transferido para a Igreja de São José, Belo Horizonte. Em
1979 fui eleito pelo Capítulo Provincial para ser formador. Fui para
Juiz de Fora. Depois de um curso de espiritualidade em Roma, fui
transferido para Belo Horizonte: formador na Comunidade Vocacional Dom
Muniz, cujos seminaristas moravam na comunidade de São José. Tive a
incumbência de “montar” uma comunidade em outro lugar. Foi alugado um
apartamento, na região do Planalto; depois aumentando o número de
seminaristas fomos para uma casa no bairro Jaqueline. Aí fiquei até
1990. Como nesta época tivesse terminado mestrado em Teologia Moral no
ISI (Instituto Santo Inácio), agora com nome de FAJE, pensava em fazer
doutorado. Fiquei um pouco frustrado, depois superei: fui nomeado Mestre
de Noviços, cargo que exerci até 2005; com a união de noviços de
diversas unidades – economia de padre – “perdi o emprego”. Depois de um
triênio como reitor da comunidade da Igreja da Glória, vim para Belo
Horizonte, Igreja de São José.
Memória agradecida
Pe. José Augusto, C.Ss.R.: Por
todas estas peripécias bendigo a Deus, que me deu a graça da
perseverança, iluminando-me e fortalecendo-me em todos estes anos.
Sinto-me feliz.
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