Nasceu em Presburg ,na Hungria, em 1207 uma linda garotinha que em 1235 foi canonizada por Gregório IX, quatro
anos após a sua morte. Viveu apenas 24 anos, tempo suficiente para mostrar
ao mundo como se vive a santidade através
da caridade. Nesse pequeno espaço de tempo casou-se e teve três filhos : Hermano, Sofia e
Gertrudes. Tudo aconteceu no inicio do século XIII.
Sua vida foi peculiar: ao
nascer foi prometida em casamento. Aos quatro anos ficou noiva e com
catorze casou-se oficialmente.
Isabel, que poderíamos
chamá-la de Elizabeth, cujo significado é “casa de Deus”, era filha dos reis da
Hungria André II e Gertrudes, portanto, uma princesa, não só pela origem como também pela formosura de corpo e de alma.
O noivado da menina Isabel
com o Duque Ludwig da Turíngia, atual Alemanha, fez com que mudasse de palácio: foi residir
no Castelo de Wartburg. Nessa casa iniciou a sua caminhada para os altares, pois,
a educação recebida, fez com que tivesse
amor pelos pobres, para com os desvalidos da sorte, para com os
sofredores. As graças de Deus eram
abundantes.
A duquesa de Turíngia ,
descendente da família dos condes de Andechs-Meran, viveu com Luiz IV apenas dez anos, sendo uma intensa história de
amor,vivida na alegria e na fidelidade.
Sua vida foi amarga na segunda residência ,
cheia de sofrimento, não por parte de sua família regularmente constituída com
Luiz IV, que era sincero , paciente e inspirava confiança, Não era entendida pelos que residiam onde ela
passou a morar após o noivado. O
sofrimento decorreu de ciúmes da sogra e
dos demais parentes do marido e de tudo o que provém desse mal.
Uma vez ,olhando para a
coroa de espinhos de Jesus Cristo, nunca mais usou a sua dentro de uma capela
ou Igreja como também nos dias de jejuns
e durante a semana santa e feriados
religiosos ;não usava nem as vestimentas de rainha e, sim, vestes modestas.
Nesses dias ela fazia tudo sozinha,pois, os criados e criadas eram proibidos de a
servirem. Era simples e desapegada.
Isabel amava o marido e os filhos; pelos prediletos
de Deus tinha uma afeição especial . Quis viver pobre assumindo a espiritualidade franciscana,
doutrina que conheceu e se fez adepta.
Nas suas andanças pela
redondeza , quando levava provisões às famílias , encontrou-se com o marido que
voltava da caça, que quis ver o que
havia oculto naquele avental. Ao
mostrar-lhe viu apenas rosas brancas e vermelhas e tomando uma em suas mãos,
deixou-a livre para caminhar e, assim
cumpriu sua missão. Nas obras de caridade ela tinha apoio do esposo, enquanto
irritava os cunhados e todos os moradores do castelo de Wartburg. Não
suportavam sua generosidade para com os pobres.
Sua vida era embasada na
piedade, na pureza e na justiça.
Conta-se também que um dia
recolheu em seus aposentos um doente e que o colocou em sua própria cama.
Denunciada ao marido pelo feito, ele foi até o quarto. O que viu? Viu sobre a cama um crucifixo.
Diz a tradição que ela
curava certos doentes apenas com suas preces.
Usou o dinheiro público
para sustentar os pobres , leprosos e miseráveis. Diariamente alimentava
centenas de pessoas.
Construiu orfanatos ,
fundou um hospital com vinte e oito leitos para atender os pobres e leprosos, dedicando-o a São Francisco de
Assis, além de visitá-los e ajudar financeiramente.
Luiz IV faleceu quando
acompanhando o Imperador Frederico II em uma cruzada , contraiu uma doença
infecciosa , o que lhe causou uma enorme dor. Gertrudes , a caçula era
recém-nascida.
Com a morte do marido foi expulsa juntamente com os filhos daquele
palácio. O inverno estava no auge. Sem dinheiro , sem alimentação e o povo proibido
de ajudá-la, foi resgatada pela abadessa
cisterciense tia Matilde. Confiou a parentes a educação dos filhos e
revestiu-se com o hábito da Ordem Terceira de São Francisco, da qual tornou-se
padroeira.
Santa Isabel é também padroeira dos padeiros e dos campos de trigo por ter fornecido grande
quantidade de grãos a uma Alemanha faminta.
Isabel ao ficar doente
recebeu com piedade a Unção dos Enfermos , dizendo ao seu confessor: “minha
única herança é Jesus Cristo”.
Faleceu de causas naturais
em Masburg no ano de 1231, mas após a sua morte sucederam muitos milagres, o que prova
a santidade alcançada durante a vida
terrena e a rapidez do processo de canonização.
Na arte litúrgica é
representada como uma mulher carregando pães ou rosas no seu manto ou ainda
usando coroa de princesa ou mesmo dando comida a um pedinte.
Sua festa é celebrada em
17/novembro.
Santa Isabel, rogai por
nós.
Diácono Adilson José Cunha

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