CONSAGRAÇÃO À NOSSA SENHORA APARECIDA NA VOZ DO PADRE VITOR COELHO CSsR

Ó MARIA SANTÍSSIMA, PELOS MÉRITOS DO SENHOR JESUS CRISTO QUE EM VOSSA IMAGEM MILAGROSA DE APARECIDA ESPALHAIS INÚMEROS BENEFÍCIOS SOBRE O BRASIL, EU, EMBORA INDIGNO DE PERTENCER AO NÚMERO DOS VOSSOS SERVOS, MAS DESEJANDO PARTICIPAR DOS BENEFÍCIOS DA VOSSA MISERICÓRDIA, PROSTRADO A VOSSOS PÉS, CONSAGRO-VOS O ENTENDIMENTO, PARA QUE SEMPRE PENSE NO AMOR QUE MERECEIS. CONSAGRO-VOS A LÍNGUA, PARA QUE SEMPRE VOS LOUVE E PROPAGUE A VOSSA DEVOÇÃO.CONSAGRO-VOS O CORAÇÃO, PARA QUE, DEPOIS DE DEUS, VOS AME SOBRE TODAS AS COUSAS.RECEBEI-NOS, Ó RAINHA INCOMPARÁVEL, QUE NOSSO CRISTO CRUCIFICADO DEU-NOS POR MÃE, NO DITOSO NÚMERO DOS VOSSOS SERVOS. ACOLHEI-NOS DEBAIXO DA VOSSA PROTEÇÃO. SOCORREI-NOS EM NOSSAS NECESSIDADES ESPIRITUAIS E TEMPORAIS E, SOBRETUDO, NA HORA DA NOSSA MORTE. ABENÇOAI-NOS Ó MÃE CELESTIAL, E COM VOSSA PODEROSA INTERCESSÃO FORTALECEI-NOS EM NOSSA FRAQUEZA, A FIM DE QUE, SERVINDO-VOS FIELMENTE NESTA VIDA, POSSAMOS LOUVAR-VOS, AMAR-VOS E RENDER-VOS GRAÇAS NO CÉU, POR TODA A ETERNIDADE. ASSIM SEJA! ...PELA INTERCESSÃO DE NOSSA SENHORA APARECIDA, RAINHA E PADROEIRA DO BRASIL, A BÊNÇÃO DE DEUS ONIPOTENTE, PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO, DESÇA SOBRE VÓS E PERMANEÇA SEMPRE.AMÉM!

ATUALIZAÇÃO



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2 de agosto de 2012

Experiência Missionária


Fr. Fagner Dalbem Mapa, C.Ss.R.

Fráter Redentorista da Província do Rio e escritor do blog www.sabordafe.com

Experiência missionária na Amazônia 25/07/2012


        O intuito era ir para Manaus para realizar o 31º encontro dos junioristas redentoristas do Brasil, porém, acabou sendo muito mais do que isso. Tudo começa no avião que saiu de Belo Horizonte às 9:30 do sábado, dia 07/07/12, rumo a Manaus – AM.  Depois de um pouco mais de duas horas, a paisagem que passava pela janela me chamou a atenção. A partir daquele momento até o aeroporto, vi somente um grande tapete verde, ou seria um mar esverdeado que sumia no horizonte? Tal grandeza é impossível de sentir olhando para um mapa do Brasil. Foi mais de uma hora sobrevoando tal imensidão esverdeada. Os rios são como as veias de um corpo que vai irrigando e dando vida a toda aquela vegetação. Alguns eram mais estreitos, outros bem largos. Uns mais claros, com uma cor de barro, outros eram mais escuros, quase pretos. Porém, há um rio especial, ele tem as duas cores que são separadas por uma linha imaginária exatamente no meio. Era o encontro entre o Rio Negro e o Rio Solimões, que se mantém separados por causa da diferença da densidade, velocidade e temperatura. Quando pousamos, tive que atrasar o relógio em uma hora, de 14:30 passei para 13:30. Ao sair do avião, deparei-me com o que seria o meu maior obstáculo: o calor.
            Dois confrades da Vice-Província de Manaus foram me buscar no aeroporto. Fomos direto para a casa do vice-provincial. Casa simples e acolhedora, foi muito boa à convivência ali. No domingo, participamos da ordenação diaconal de dois confrades de Manaus: o Francisco e o Jander. Depois da confraternização, fomos para a casa de retiros da Vice-Província. Ali, foram dois dias de reflexão, com a assessoria de Dom Marcos Piatek, bispo de Coari. O tema foi: “Missão além-fronteiras”.
            O Pe. Edson, CSsR, nosso coordenador na missão, conversou conosco sobre a Paróquia Nossa senhora do Rosário, de Foz de Canumã. Essa paróquia pertence à prelazia de Borba. Nessa reunião, constituímos as equipes de trabalho que iriam se dividir pelas redondezas. Fui designado para compor a equipe com o Pe. José, Fr. João Paulo, Fr. José e o Ir. Marcos, iríamos trabalhar na Vila Abacaxis e comunidades. Pe. Edson nos alertou que deveríamos levar apenas o suficiente, pois a viagem seria longa e desconfortável. Isso porque iríamos fazer o trajeto pinga-pinga. Se fizéssemos todo o trajeto somente de barco, seria quase um dia e meio. Depois de tudo acertado, fomos preparar nossas mochilas e dormir.
            Levantamos às quatro horas e um ônibus veio buscar-nos às cinco. Chegamos ao porto de Manaus (Ceasa), às 05:40 e partimos às 6 horas. Fomos até o porto Careiro, navegando sobre o encontro do Rio Negro com o Rio Solimões. Depois, pegamos um ônibus até o porto que fica às margens do rio Paraná. Navegamos até Altazes, depois, outro ônibus até o porto Rosarinho, navegamos pelo rio madeira até Nova Olinda, tomamos novamente outro ônibus e fomos até Fontinelli. Continuamos pelo Rio Madeira no barco Santa Maria, o barco da paróquia. Chegamos ao porto de Foz do Canumã às 11:30. O povo, juntamente com o pároco padre Ramiro, nos esperava no porto. Quando nos avistaram ao longe, soltaram foguetes, balançavam bandeirinhas, batiam em tambores, cantavam e erguiam faixas. Foi muito emocionante. Tivemos uma recepção na Igreja matriz e depois almoçamos na casa do pároco. À uma da tarde, voltamos para o Santa Maria e ao longo do rio Urariá, éramos distribuídos nas comunidades. Às 14:48, um grupo foi deixado na comunidade Nova Aparecida e às 16 horas, chegamos à comunidade do Abacaxis, onde minha equipe e eu desembarcamos; os outros continuaram a viagem.
            Fomos muito bem acolhidos pela família do seu Sebastião, dona Maria e os filhos: Mayara, Lucas, Laysa e Yana. Uma família maravilhosa. Celebramos com a comunidade às 19:30, jantamos e, muito cansados, armamos nossas redes para descansar um pouco. Era a minha primeira experiência de passar a noite em uma rede. Fui informado que se deve dormir atravessado para não acordar com dor na coluna. Graças a Deus, dormi muito bem e acordei revigorado para o terço da penitência as 05:00 da manhã. A caminhada terminou de frente para o rio, onde assistimos o nascer do sol, e a brincadeira de uns botos cor de rosa. Realmente, a vista era muito linda. Às oito horas, o Luan da comunidade de Barra Mansa, veio nos buscar. Voltamos novamente para o rio, mas agora navegando com a chamada “Rabeta”: uma canoa com um pequeno motor. Fomos até a comunidade Santa Rita, onde visitamos cinco famílias. Apaixonei-me pelo povo e pelo lugar, me dava vontade de largar tudo e morar ali. Foi chegando a hora de irmos e me doía ter que despedir-me, fui acolhido com tanta afetividade, tanto amor...
            Depois do almoço, voltamos para a Rabeta rumo à comunidade Barra Mansa. No caminho, veio uma ventania muito forte, estava chegando um temporal. Algumas ondas se formaram no rio e por isso nossa Rabeta balançava muito, a água entrava em nosso barco, parecia que iríamos virar, mas chegamos com segurança.
            Foram15 famílias visitadas. À noite, celebramos em uma capela improvisada. Mais tarde, quando finalmente pude deitar em minha rede, comecei a pensar sobre como é bom deixar-me sensibilizar e abrir o coração para os sentimentos e a partilha de vida, porém, essa abertura poderia deixar um vazio ao chegar a hora da partida. Era como se eu já vivesse a saudade estando ainda ali com eles.
            No outro dia, logo cedo, voltamos à comunidade do Abacaxis. Andei sozinho pela comunidade, pois não tinha ninguém para me acompanhar nas visitas. Parei onde três homens conversavam e ali batemos um papo. Dois deles eram padeiros e um, o cozinheiro. Os três moravam juntos e viviam da venda do pão. Convidaram-me para almoçar e eu resolvi ficar. Foi muito agradável. À tarde, fiquei com a família onde estávamos hospedados. Queria criar um vínculo maior, e também porque eu estava bem cansado, o calor era bem intenso. Acabei me encantando profundamente pela aquela família.
            No sábado, às cinco horas, fomos rezar o terço, e às nove horas, fizemos uma missãozinha com as crianças. Eram mais de cinquenta crianças bem animadas. Aquelas crianças são muito autônomas e livres. A principal brincadeira é nadar no rio que é bem fundo. No rio, elas pescam, nadam, brincam com o boto cor de rosa, tomam banho, ajudam suas mães a lavar roupas e panelas. A vida acontece no ritmo do rio.
            No domingo pela manhã, acordei com um grande peso no coração, era o dia da partida. A tristeza invadia, sufocava-me por dentro, principalmente quando meu olhar se encontrava com o das crianças. Durante a missa, entregava a Deus aquela minha dor. Quando terminou, o povo e principalmente as crianças nos cercavam, aproveitando cada momento antes de nossa partida. Estava combinado que deveríamos esperar na beira do rio por volta das 9:30, aonde o Santa Maria iria nos pegar. Mas ele atrasou e ali fomos ficando. Realmente, eu queria que o barco viesse logo, estava sofrendo muito, o povo parecia que estava mais afetuoso porque estavam mobilizados com a nossa partida. De vez em quando, via alguém chorar, e se fosse uma criança então... meu coração parecia que iria se rasgar. Meu Deus que dor terrível!
            O Santa Maria chegou as 11:30, fomos nos despedindo, e eu não sei como consegui entrar naquele barco. Fiquei na frente dando adeus e quando ele virou corri para traz e fiquei acenando até sumirem de vista. Foi um dos momentos mais difíceis da minha vida.
            Já no barco, preparamos um almoço: um pouco de arroz frio, carne enlatada e farinha. Tive que comer na tampa da panela por causa da falta de pratos e usava apenas uma faca para levar a comida até a boca. Às 16:30, chegamos em Foz do Canumã. Fomos alojados em um galpão onde esticamos nossas redes. Às 19:30, celebramos a missa de encerramento da missão. No final, comemos um delicioso churrasco preparado pela comunidade, com carne de veado, paca e frango.
            Entramos novamente no Santa Maria, às cinco da manhã da segunda feira, e fizemos todo aquele trajeto do “pinga-pinga” de volta para Manaus. Chegamos ao porto do Ceasa às dez e meia. À noite, fizemos uma reunião de revisão.
            Na terça-feira, participamos da novena de nossa senhora do Perpétuo Socorro, ajudamos nas pregações e nas bênçãos durante todo o dia. Há novenas de hora em hora e a igreja fica cheia em todos os horários.
            Foi uma grande experiência. Não dá para contar tudo aqui. Com certeza, aqueles dias ficarão gravados para sempre em meu coração e espero colher muitos frutos no futuro. Agora penso na Amazônia, não com a mente, mas com o coração. Amazônia não significa mais a floresta, o rio e os bichos, mas primeiramente, ela significa o povo que conheci. A Amazônia pra mim, a partir de agora, são aquelas pessoas, aquelas crianças, o povo ribeirinho




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