CONSAGRAÇÃO À NOSSA SENHORA APARECIDA NA VOZ DO PADRE VITOR COELHO CSsR

Ó MARIA SANTÍSSIMA, PELOS MÉRITOS DO SENHOR JESUS CRISTO QUE EM VOSSA IMAGEM MILAGROSA DE APARECIDA ESPALHAIS INÚMEROS BENEFÍCIOS SOBRE O BRASIL, EU, EMBORA INDIGNO DE PERTENCER AO NÚMERO DOS VOSSOS SERVOS, MAS DESEJANDO PARTICIPAR DOS BENEFÍCIOS DA VOSSA MISERICÓRDIA, PROSTRADO A VOSSOS PÉS, CONSAGRO-VOS O ENTENDIMENTO, PARA QUE SEMPRE PENSE NO AMOR QUE MERECEIS. CONSAGRO-VOS A LÍNGUA, PARA QUE SEMPRE VOS LOUVE E PROPAGUE A VOSSA DEVOÇÃO.CONSAGRO-VOS O CORAÇÃO, PARA QUE, DEPOIS DE DEUS, VOS AME SOBRE TODAS AS COUSAS.RECEBEI-NOS, Ó RAINHA INCOMPARÁVEL, QUE NOSSO CRISTO CRUCIFICADO DEU-NOS POR MÃE, NO DITOSO NÚMERO DOS VOSSOS SERVOS. ACOLHEI-NOS DEBAIXO DA VOSSA PROTEÇÃO. SOCORREI-NOS EM NOSSAS NECESSIDADES ESPIRITUAIS E TEMPORAIS E, SOBRETUDO, NA HORA DA NOSSA MORTE. ABENÇOAI-NOS Ó MÃE CELESTIAL, E COM VOSSA PODEROSA INTERCESSÃO FORTALECEI-NOS EM NOSSA FRAQUEZA, A FIM DE QUE, SERVINDO-VOS FIELMENTE NESTA VIDA, POSSAMOS LOUVAR-VOS, AMAR-VOS E RENDER-VOS GRAÇAS NO CÉU, POR TODA A ETERNIDADE. ASSIM SEJA! ...PELA INTERCESSÃO DE NOSSA SENHORA APARECIDA, RAINHA E PADROEIRA DO BRASIL, A BÊNÇÃO DE DEUS ONIPOTENTE, PAI, FILHO E ESPÍRITO SANTO, DESÇA SOBRE VÓS E PERMANEÇA SEMPRE.AMÉM!

ATUALIZAÇÃO



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31 de julho de 2012

Contos e Causos do Benedito Franco


Uma vez redentorista, sempre redentorista!

021 – Os “eletrodomésticos”


Na casa de meus pais, eu menino, não havia eletricidade, nem água canalizada ou tratada, mesmo assim eles se esforçavam o máximo para nos dar conforto, mas era difícil. Vejam:

Pilão  
         O pilão servia para pilar o arroz com casca ou o café em coco, além de socar o milho e o amendoim para as paçocas.
O café, comprado com casca, pilado, era torrado em uma panela de ferro – papai gostava de novidade e modernidade, então comprou uma panela parecendo uma bola – a máquina prática de torrar café.

Moinho
O moinho de ferro fundido, manual - chamado de macaquinho, por sua aparência - era um eletrodoméstico dos mais úteis: moíam-se o café torrado e o fumo seco para o rapé de papai e, na falta de fubá, o milho para os pintinhos, o amendoim para a paçoca, e até mesmo arroz quando se queria um mingau. Quanto mais fino se desejavam o café, o fumo ou o arroz, mais se apertava um seu parafuso e mais força era necessário para rodar sua manivela.

Ralo
Quando se preparava o mingau de milho verde, ralava-se a espiga em ralo feito de lata – pegava-se um pedaço de uma lata e furava-a em linha com um prego, e as bordas do furo no avesso da lata tornavam-se pontiagudas – a lata virava um bom e duradouro ralo; ralava-se em cima de uma gamela. O mingau era quase um angu, pois, na ausência de geladeira, ele duro era mais fácil de se conservar – comíamos em pedaços, inclusive sujavam-se menos vasilhas – água só do Rio Piracicaba. Como lá em casa havia muito pé de coco da Bahia, o ralo era de grande utilidade para o preparo das cocadas. Ralavam-se ainda a mandioca e a araruta para preparar o polvilho; o “ralado” era peneirado em um pano e o caldo deixado em repouso; tirando-se o sobrenadado, a água, o decantado era seco ao sol, sendo exatamente o polvilho desejado.
Além das cocadas, mamãe preparava o doce de leite, e eu detestava mexê-lo na panela, no fogão a lenha – não conhecia o fogão a gás – se é que existia; com o calor do fogão, mais o calor de Fabriciano, a gente suava às bicas! Vendiam-se esses benditos doce de leite e cocadas, aos pedaços, na loja, ou colocavam-nos num prato e nós meninos saíamos à rua para vendê-los, gritando: “Olha o doce de leite!”. “Olha a cocada!”.

Panelas
As panelas eram de ferro. As vasilhas, quase todas, eram latas ou cuias – feitas de um tipo de abóbora – é a casca da abóbora d’água - seca ela endurece. Raros os utensílios de alumínio.
As gamelas, de madeira, e a colher de pau faziam as vezes de batedeira de bolo ou quaisquer outras massas.
O “forninho”, como dizíamos, era embutido na parte de trás do fogão a lenha; de grande utilidade para assar os bolos e biscoitos. O forno, normalmente construído à parte ou, quase sempre, um pouco afastado da casa, inclusive com uma pequena cobertura; seria mais para maior produção dos quitutes.

Cozido, o feijão era liquidificado com uma ferramenta feita de um pedaço de cabo de vassoura, com uma cruzeta de três a quatro centímetros de lado, de arco de barril.
Preparar o café era no tripé, que poderia ser de ferro ou madeira, era o suporte para o coadô de pano comum ou, o melhor, de flanela.

A máquina de moer carne
Na máquina de moer carne moíam-se amendoim, feijão, batata e, além da carne,  utilizava-a para encher linguiça etc....
A carne cozida era guardada em latas de 20 litros no meio de gordura de porco – a geladeira! - conservava-se por uns três a quatro meses, tornando-se, passados os dias, mais macia. A carne crua, salgada, era colocada no sol por alguns dias, ou em um varal em cima do fogão a lenha, onde permaneciam  dependuradas por longos dias tomando fumaça – fácil de pegar e colocar na panela, pois estava ali à mão a carne de sol defumada!
Ovos batidos em um prato com uma colher – mamãe mandava e eu detestava bater as claras. U’a mola em aspiral, com um cabo de madeira, agilizava o meu castigo... infelizmente usei-a poucas vezes...
Havia também o batedor de bife e o rolo de pastel, muito pouco usados hoje, mas de grande utilidade na época – rolo de pastel é aquele que as mulheres, altas madrugadas, atrás da porta e amadas com ele, esperavam os maridos bebuns...

Os roceiros traziam para papai a cachaça em garrafas, em litros  ou latas de querosene – normalmente vendida em doses ou em garrafa. Para fechar as garrafas, papai comprava tampinhas novas e para colocá-las nas garrafas havia uma ferramenta, o tapador de garrafas – a gente falava tampador de garrafa.
As mercadorias chegavam em caixotes de madeira e não em caixas de papelão. Para reforçar os caixotes, para não abrirem, usava-se passar em seu redor uma fita de aço bem esticada – o arco de barril. O bico de papagaio arrebentava, ou cortava ou até mesmo esticava, se necessário fosse, o arco de barril - uma ferramenta que havia na loja. Hoje há fita semelhante, mas de plástico.

A roupa, lavada com água do rio ou ribeirão, com sabão em barra ou pedra, era quarada, isto é, colocada em cima de um gramado, ou mato, para tomar sol – isso, além do anil, clareava a roupa. Poder-se-ia estendê-la numa cerca qualquer ou num quarador de tela, como havia lá em casa.
A roupa quarada em gramados ou cercas era ela passada a ferro a brasa. Não se vestia uma roupa sem passá-la – poder-se-ia pegar cobreiro, de algum bicho que passasse por lá. O ferro de passar roupa era de ferro fundido. Abrindo sua tampa, na parte de cima, colocava-se a brasa; nos fundos, a parte mais larga, um buraco por onde se soprava a brasa e por onde entrava o ar para mantê-la acesa.
. Quando acabava a brasa do fogão da casa, buscava-se na casa do vizinho. Daí adveio a frase dita para quem vai a algum lugar e volta logo:- Foi buscar fogo? Ou: - Foi buscar brasa? – isso porque quem ia pedir brasa na casa do visinho deveria voltar rápido, senão a brasa apagaria no caminho. Tomava-se muito cuidado para não queimar ou sujar as roupas com o carvão, a brasa ou a cinza.
A primeira profissão de papai foi a de aprendiz de alfaiate. Por pouco tempo; não suportava buscar e pedir, a toda hora, brasa na casa dos vizinhos para colocar no ferro de passar roupa - não existia ainda ferro elétrico.Trabalho muito e pouco fogo e menos brasa ainda na casa!
                      
As frutas eram descascadas com faca, espremidas, peneiradas ou raladas à mão – nem o espremedor de laranja manual existia.
Em Rio Piracicaba, Vovô Pedro cantava louvações e colocava louros no recém chegado espremedor manual de laranja: - “Agora, cê pensa bem, a gente pra chupar uma laranja é só apertar meia laranja nisso aqui. Há dois mil'anos que a gente tinha que descascar, fazer uma mamurcha, espremer, espremer, fazer uma força danada e, no final, ficar quase todo o caldo no bagaço que a gente jogava fora. Porque que não inventaram isso antes? Tão simples e tão barato!”. Nem vou falar o que falava ele do relógio a pilha, exibido e mostrado à toda visita que aparecia...
- Um ano de duração, sem dar corda!...
Só faltava o milagroso relógio falar!...

Ave Maria!
                   Benedito Franco

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