Uma vez redentorista, sempre redentorista!
Serra Leoa, um país da África, colonizada pela Inglaterra, é riquíssima em minerais, como bauxita, diamante, ferro e platina. Está a cargo e nas mãos das multinacionais a extração desses minerais, assim como a transformação de produtos agrícolas, florestais e de diamantes; como no Brasil, e na América Latina de um modo geral, são donas e levam as riquezas e deixam miséria.
Apesar de toda essa riqueza, Serra Leoa é o sétimo país mais pobre do mundo, tendo o terceiro pior IDF (0,365) e, além disso, seu PIB é baixíssimo; para se manter, recebe uma pequena ajuda humanitária de outros países:
Alfabetização 34,8 (171º)
PIB per capita U$ 692 (172º)
Esper. de vida 42,6 (192º)
Mortalidade infantil 160,3/mil nasc. (195º)
016 - Os antigos – impressões - I
Deus, em sua criação do mundo, terminou-a com mais uma obra prima: o homem. Para coroá-la, burilando-a, e fechá-la com chave de ouro, com uma costela do homem, fez a mulher. O mundo criado, satisfação garantida, com o desfecho de duas jóias, Deus descansou. Ao homem chamou de Adão e à mulher de Eva.
Dois são os filhos conhecidos de Adão e Eva: Abel e Caim; este matou o irmão e para substituí-lo, Adão pediu a Deus mais filhos - nasceu Set.
Enós; quando nasceu, o pai Set tinha 105 anos, mas Set viveu mais 807 anos.
Falecendo com 912 anos, Enós com 90 anos, nasce-lhe o filho Cainã, que morre aos 905 anos.
Cainã aos 70 tem o filho Malaleel, pai de Jared aos 65 anos. Malaleel vive mais 840 anos, total de 910 anos e seu filho Jared chega aos 962, gerando filhos e filhas aos 162 - entre eles o Henoc.
O filho de Henoc, Matusalém, ultrapassa o avô e é o homem que mais viveu até hoje: 969 anos - nascido quando o pai, aos 65 anos, gerou filhos e filhas. Enoc morreu aos 365 anos.
Matusalém teve filhos e filhas aos 187 anos; donde concluímos que Adão conheceu os parentes até Matusalém; os filhos e filhas de Matusalém, um deles, Lamec pai de Noé, Adão não chegou a vê-lo.
Aos 930 anos falece Adão.
Sempre admirei os velhos e os velhinhos.
Sô Zacarias, dono do Cartório do Calado, a primeira pessoa que eu, criança, percebi ser velhinho, e sua senhora, Dona Clarinha, rodeados de uma grande e alegre família. Os filhos também chegaram a ser admirados como pessoas de idade avançada.
Sô Manoel Domingos morava em sua fazenda no Calado, numa pequena baixada ladeando o Rio Piracicaba, na saída para a cidade de Antônio Dias, MG, a sede do Município.
Quando via o Sô Manoel Domingos passar, passava o simpático velhinho, voz mansa e macia, magro, meio curvado, barba por fazer, sempre sorrindo, quase sempre de paletó, apesar do calor, e o inseparável guarda chuva. Muito direito, sério e respeitado - com um inconfundível, porém maneirado, sotaque português. Amigo de papai - cumprimentava-me sempre.
Aliás, quase todo mundo era magro - pessoa gorda era rara e conhecida no lugarejo. Apesar de só se comer gordura de porco, morrer de enfarto - coisa raríssima! - e nem se comentava, pois a família ficaria mal vista.
O português Manoel Domingos, o habitante mais antigo do Calado, hoje Coronel Fabriciano, parecia-me que teria arribado naquela várzea antes mesmo de o Cabral aportar nas praias da Bahia - aparentava séculos de existência. Logo, Calado seria a vila mais antiga do Brasil, já que ele chegou assim que veio de Portugal.
Se vivo fosse, Napoleão olharia para o Dr. Alderico e lhe diria: "Quarenta séculos vos contemplam nessas plagas de Acesita!". Impressão quando me encontrava com o Dr. Alderico, lembrando-me de quando veio para iniciar as obras da nova siderúrgica de aços especiais, obra faraônica para a época, lá pelo final do ainda primeiro qüinqüênio do século XX - consolidando o Vale do Aço. Não tão antigo assim... apenas impressão de menino e rapaz. Lembrava-se de mim - dava-me pequeno sorriso quando me encontrava, cumprimentando-me. Mandava e desmandava na Acesita, onde hoje trabalha minha filha Fernanda - exercia poder e autoridade em tudo e em todos - o imperador do outro lado do rio Piracicaba. Um líder. Morava bem, na antiga fazenda comprada de meu sogro, o Sr Heitor Araujo.
Ave Maria!
Benedito Franco
...um dia a África acordará... e o sol brilhará para seus povos!...