2657. Evangelho de segunda-feira (12-03-2012) - 2Rs 5, 1-15ª; Sl 41, 2.3; Sl 42, 3.4; Lc 4, 24-30 - Jesus, vindo a Nazaré, disse ao povo na sinagoga: “Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva em Sarepta, na Sidônia. E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio”. Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.
Recadinho: - Jesus realiza milagres não em vista da proximidade da pessoa, mas da fé que manifesta em seu coração! - Deus consertará nosso coração partido! Basta que lhe levemos os pedaços! - Jesus despertou raiva em seus ouvintes! Mas não se intimidou diante deles! Seguiu adiante! - Por que falou em acolher os excluídos, foi excluído ele também! - É difícil convencer a quem tem mentalidade de privilégios e permanece voltado somente para interesses pessoais!
2658. Recordando o biblista Milton Schwantes - Na madrugada do dia 01 de março/12, faleceu Milton Schwantes, teólogo e pastor da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil. Natural de Tapera, no Rio Grande do Sul, Milton foi um dos principais nomes do método de leitura popular da Bíblia na América Latina e autor de diversos livros, alguns traduzidos em espanhol, alemão e inglês. Formado em Teologia pela Escola Superior de Teologia, em 1970, fez seu doutorado em Bíblia na Universidade de Heidelberg, na Alemanha, e era Doutor Honoris Causa pela Universidade de Marburgo, na Alemanha (2002). O título de sua tese de doutorado foi: “O direito dos pobres”.
Coordenou o projeto Bibliografia Bíblia Latino-Americana e foi editor da Revista de Interpretação Bíblica Latino-Americana. Tem no seu currículo a publicação de vários livros, entre eles “História de Israel”, “As monarquias no Antigo Israel”, “A terra não pode suportar suas palavras”, “Dignidade Humana e Paz”, “Dicionário Hebraico-Português e Aramaico-Português”, esses dois últimos junto com outros autores. Apesar dos vários títulos de Doutor Honoris Causa concedidos por diversas universidades, enquanto teve forças, continuou assessorando grupos e comunidades.
A contribuição de Milton Schwantes à Leitura Popular da Bíblia e à trajetória do Centro de Estudos Bíblicos (Cebi) foi muito grande, como lembra a atual diretora nacional da instituição, Adeodata Maria dos Anjos. "Ficamos sem mais um profeta", afirma. Segundo ela, "sua voz silenciou, mas continuará ecoando e transformando corações". Milton foi um dos primeiros na Escola Superior de Teologia a propor um Curso de Aprofundamento Teológico sobre mulheres no Primeiro Testamento. Desde agosto de 2002, depois de uma delicada cirurgia para retirada de um tumor na hipófise, Milton conviveu com sobriedade com graves limites físicos. Os últimos dois meses passou hospitalizado. Em 2005 Milton participou da Novena da Padroeira, no Santuário Nacional, dando seu testemunho de Fé.
2659. Milton Schwantes, um profeta - Luiz Silvério deixa-nos seu testemunho sobre a grande figura, o homem de Deus Mlton Schwantes, que nos deixou no dia 01 de março/12: “Convivia com o Milton Schwantes na Universidade Metodista, em São Bernardo do Campo (SP), onde ele era professor. Sempre que podia tinha uma palavrinha com ele. Sempre solícito, atencioso, simples para se lidar e com reflexões maravilhosas para a vida, inspirando-se sempre na palavra de Deus Viva. Nos últimos dois anos, em função da cirurgia, tinha muita dificuldade para andar, enxergava 25% com um dos olhos, do outro era já cego. Apesar de tudo isto, ainda dava aulas, discutia, orientava alunos, comparecia às reuniões de professores e esbanjava felicidade e vida pelo campus da Universidade Metodista. Coisa de arrepiar! Pois bem, ele se foi. Perde-se um profeta, que tinha uma sabedoria admirável, com quem aprendi a sempre dialogar em grupos para refletir a palavra de Deus. Milton soube, o tempo todo, ouvir os pequenos e pobres, conviver com os pequenos e pobres, compreender a grandeza de Deus neste espaço. Sinto muito sua perda. Seus escritos e, principalmente, seu exemplo de vida, continuam conosco”.
Pe. Geraldo Rodrigues, CSSR

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