HÁ 40 ANOS
Na página 20 da Primeira Crônica da Missão Redentorista da Bahia encontramos a seguinte anotação:
Na terra brasileira!
Na sexta-feira, dia 11 de fevereiro de 1972, às 7.00h, estávamos chegando ao porto de Santos. Quando nos encontramos com os agentes policiais brasileiros que revisavam a documentação, nos informaram que devíamos ter a tradução do atestado médico. Anotaram nos documentos que poderemos desembarcar, com a condição que providenciaremos a tradução do atestado de saúde. Conseguimos entrar em contato com uma senhora que nos fez a tradução de todos os atestados para espanhol e inglês. Finalmente, aceitaram a tradução e no passaporte carimbaram a entrada para o Brasil. Tudo isso, demorou até 10.00h.
Quando saímos do navio avistamos confrades que nos estavam esperando: o nosso conhecido Pe. Henrique Smólski e seis outros confrades de São Paulo que nos acolheram alegres e com muita cordialidade.
O calor em Santos foi insuportável, mas os padres nos consolaram que em São Paulo não fazia tanto calor. Esperamos umas quatro horas para passarem as nossas bagagens na alfândega. Os funcionários escrupulosamente mexeram em cada mala e sacola. Pelo caminho, almoçamos e, às 18.00h, chegamos à casa provincial em São Paulo, onde fomos acolhidos com muita festa e alegria. Depois do jantar, cada um de nós recebeu seu quarto e fomos para o merecido descanso.
Desta maneira, vieram para o Brasil os primeiros quatro missionários redentoristas poloneses com a finalidade de iniciar a Missão Redentorista da Bahia. Após a longa viagem de trem (Cracóvia-Viena-Roma), embarcaram em Nápoles, atravessaram o Mar Mediterrâneo, o Atlântico, de navio transatlântico italiano "Augustus" (nos dias de 27 de janeiro a 11 de fevereiro) e, naquela data, foram acolhidos com muita cordialidade e alegria pelos redentoristas da Província São Paulo: Pe. Flávio Cavalca de Castro, Pe. Pedro Ávila, Pe. Antônio da Cruz Vaz, Pe. Conrado Gagliardi, Pe. Werner Anderer e Pe. Gervásio Fabri. Da Vice-Província polonesa de Resistência (Argentina) veio dar as boas vindas aos confrades poloneses Pe. Henrique Smólski que, na época, estava no Brasil, aprendendo português para assumir, em maio daquele ano de 1972, a pastoral da Paróquia de Dionísio Cerqueira-SC, aceita pela Vice-Província da Argentina. A presença do Pe. Henrique foi oportuna, porque ajudava nas conversas dos poloneses com os brasileiros.
Os quatro poloneses vindos para o Brasil foram os seguintes: Pe. Lucas Kocik (de 40 anos de idade), Pe. Francisco Deluga (de 37 anos), Pe. Tadeu Mazurkiewicz (de 32 anos) e Pe. José Danieluk (de 30 anos). Não estava ainda no Brasil o superior da Missão da Bahia, Pe. Ceslau Stanula (de 32 anos de idade), procedente da Vice-Província de Resistência (Argentina), onde trabalhou desde o ano 1966, pois estava esperando o visto para o Brasil, durante longos meses. Pe. Ceslau chegou ao Brasil em abril do mesmo ano.
Os confrades poloneses ficaram maravilhados com a espontaneidade e cordialidade dos padres paulistas, o que o cronista expressou várias vezes nas páginas da Primeira Crônica da Missão Redentorista da Bahia.
Chegando a São Paulo, os padres poloneses encontraram uma carta muito significativa do superior Vice-Provincial da Argentina Pe. Wenceslau Pilarczyk, que teve muito ativa a participação na fundação da Missão da Bahia:
Queridos! Com toda a cordialidade, dou-vos as boas-vindas à Terra da Santa Cruz, à Terra do Cruzeiro do Sul. Estamos convencidos de que vocês assumirão corajosamente a nova missão e não vão se arrepender do sacrifício que estão fazendo. Os primeiros tempos serão difíceis para vocês. Vão precisar passar a 'morte mística'. Mas devem ser decididos, amar o povo e colocar-se a serviço dele. Vocês não vieram para fundar uma nova Polônia, para reimplantar a Igreja polonesa em terras brasileiras. A Igreja na Polônia cresceu e se formou nas próprias tradições; a Igreja do Brasil está se formando em outra realidade. Devem aceitá-la como ela é. Uma mudança deste tipo custa muito, mas vocês devem tomar-se brasileiros para os brasileiros.
O Superior Geral da Congregação, Pe. Tarcísio Ariovaldo Amaral (brasileiro), esteve sempre vivamente interessado pelos primeiros passos da Missão da Bahia, frisando a grande importância do trabalho missionário redentorista na Bahia e, sobretudo, no Santuário do Bom Jesus da Lapa. Como fundador da Missão da Bahia, deu aos novos missionários muito incentivo.
A Província de São Paulo, também desde o início, deu grande apoio aos confrades poloneses. Não havendo, naquela época, cursos da língua portuguesa para os missionários estrangeiros, os padres vindos da Polônia aprendiam a língua do país com os redentoristas nos conventos da Província de São Paulo e faziam as primeiras experiências do trabalho pastoral e missionário no Brasil.
Fonte: Site da Vice-Província
Na página 20 da Primeira Crônica da Missão Redentorista da Bahia encontramos a seguinte anotação:
Na terra brasileira!
Na sexta-feira, dia 11 de fevereiro de 1972, às 7.00h, estávamos chegando ao porto de Santos. Quando nos encontramos com os agentes policiais brasileiros que revisavam a documentação, nos informaram que devíamos ter a tradução do atestado médico. Anotaram nos documentos que poderemos desembarcar, com a condição que providenciaremos a tradução do atestado de saúde. Conseguimos entrar em contato com uma senhora que nos fez a tradução de todos os atestados para espanhol e inglês. Finalmente, aceitaram a tradução e no passaporte carimbaram a entrada para o Brasil. Tudo isso, demorou até 10.00h.
Quando saímos do navio avistamos confrades que nos estavam esperando: o nosso conhecido Pe. Henrique Smólski e seis outros confrades de São Paulo que nos acolheram alegres e com muita cordialidade.
O calor em Santos foi insuportável, mas os padres nos consolaram que em São Paulo não fazia tanto calor. Esperamos umas quatro horas para passarem as nossas bagagens na alfândega. Os funcionários escrupulosamente mexeram em cada mala e sacola. Pelo caminho, almoçamos e, às 18.00h, chegamos à casa provincial em São Paulo, onde fomos acolhidos com muita festa e alegria. Depois do jantar, cada um de nós recebeu seu quarto e fomos para o merecido descanso.
Desta maneira, vieram para o Brasil os primeiros quatro missionários redentoristas poloneses com a finalidade de iniciar a Missão Redentorista da Bahia. Após a longa viagem de trem (Cracóvia-Viena-Roma), embarcaram em Nápoles, atravessaram o Mar Mediterrâneo, o Atlântico, de navio transatlântico italiano "Augustus" (nos dias de 27 de janeiro a 11 de fevereiro) e, naquela data, foram acolhidos com muita cordialidade e alegria pelos redentoristas da Província São Paulo: Pe. Flávio Cavalca de Castro, Pe. Pedro Ávila, Pe. Antônio da Cruz Vaz, Pe. Conrado Gagliardi, Pe. Werner Anderer e Pe. Gervásio Fabri. Da Vice-Província polonesa de Resistência (Argentina) veio dar as boas vindas aos confrades poloneses Pe. Henrique Smólski que, na época, estava no Brasil, aprendendo português para assumir, em maio daquele ano de 1972, a pastoral da Paróquia de Dionísio Cerqueira-SC, aceita pela Vice-Província da Argentina. A presença do Pe. Henrique foi oportuna, porque ajudava nas conversas dos poloneses com os brasileiros.
Os quatro poloneses vindos para o Brasil foram os seguintes: Pe. Lucas Kocik (de 40 anos de idade), Pe. Francisco Deluga (de 37 anos), Pe. Tadeu Mazurkiewicz (de 32 anos) e Pe. José Danieluk (de 30 anos). Não estava ainda no Brasil o superior da Missão da Bahia, Pe. Ceslau Stanula (de 32 anos de idade), procedente da Vice-Província de Resistência (Argentina), onde trabalhou desde o ano 1966, pois estava esperando o visto para o Brasil, durante longos meses. Pe. Ceslau chegou ao Brasil em abril do mesmo ano.
Os confrades poloneses ficaram maravilhados com a espontaneidade e cordialidade dos padres paulistas, o que o cronista expressou várias vezes nas páginas da Primeira Crônica da Missão Redentorista da Bahia.
Chegando a São Paulo, os padres poloneses encontraram uma carta muito significativa do superior Vice-Provincial da Argentina Pe. Wenceslau Pilarczyk, que teve muito ativa a participação na fundação da Missão da Bahia:
Queridos! Com toda a cordialidade, dou-vos as boas-vindas à Terra da Santa Cruz, à Terra do Cruzeiro do Sul. Estamos convencidos de que vocês assumirão corajosamente a nova missão e não vão se arrepender do sacrifício que estão fazendo. Os primeiros tempos serão difíceis para vocês. Vão precisar passar a 'morte mística'. Mas devem ser decididos, amar o povo e colocar-se a serviço dele. Vocês não vieram para fundar uma nova Polônia, para reimplantar a Igreja polonesa em terras brasileiras. A Igreja na Polônia cresceu e se formou nas próprias tradições; a Igreja do Brasil está se formando em outra realidade. Devem aceitá-la como ela é. Uma mudança deste tipo custa muito, mas vocês devem tomar-se brasileiros para os brasileiros.
O Superior Geral da Congregação, Pe. Tarcísio Ariovaldo Amaral (brasileiro), esteve sempre vivamente interessado pelos primeiros passos da Missão da Bahia, frisando a grande importância do trabalho missionário redentorista na Bahia e, sobretudo, no Santuário do Bom Jesus da Lapa. Como fundador da Missão da Bahia, deu aos novos missionários muito incentivo.
A Província de São Paulo, também desde o início, deu grande apoio aos confrades poloneses. Não havendo, naquela época, cursos da língua portuguesa para os missionários estrangeiros, os padres vindos da Polônia aprendiam a língua do país com os redentoristas nos conventos da Província de São Paulo e faziam as primeiras experiências do trabalho pastoral e missionário no Brasil.
Fonte: Site da Vice-Província
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