Eis a entrevista dela em 4 de fevereiro, divulgada pela CNBB:
Entrevista com Izalene Tiene, missionária enviada à Amazônia

Izalene, fale um pouco da sua vida? Onde nasceu? Profissão?
Nasci no dia 6 de março de 1943, em Campinas-SP, mas fui registrada em Valinhos-SP, cidade onde minha família residia. Meu pai Armando Tiene, pedreiro, e minha mãe Maximila Torqueto Tiene, ceramista, faleceram. Sou solteira e tenho uma irmã, Marlene Tiene Silva e cunhado Jose Orlando Silva. Três sobrinhos e uma sobrinha, todos (a) com família constituída. Já chegaram três sobrinhas netas e um sobrinho. Estudei até a quarta série do ensino fundamental numa escola rural. Comecei a trabalhar com 12 anos, junto com minha mãe, na cerâmica de fabricação de telhas. Aos 15 anos trabalhei de balconista e aos 19 anos voltei a estudar (ginásio) e comecei a trabalhar como secretária na Paróquia São Sebastião de Valinhos. Cursei magistério, trabalhei como professora e fiz faculdade de Serviço Social, com especialização em Saúde Pública. Trabalhei 22 anos na Prefeitura de Valinhos. No ano 1996 entrei no mestrado em Serviço Social na PUCSP. Minha pesquisa foi junto às mulheres moradoras na rua, em Campinas. Trabalhei também durante 12 anos como professora na Faculdade de Serviço Social – UNISAL – em Americana – SP e me aposentei em 2009.
A senhora tem uma atuação bem significativa nos movimentos populares. Como foi isso?
Desde os treze anos fiz curso de líder rural e toda minha vida sempre participei na Igreja Católica, iniciada por minha mãe, priorizando as Comunidades Eclesiais de Base – CEBs. Tenho atuação nos movimentos populares e no Partido dos Trabalhadores, com prioridade na formação e organização das mulheres. Fui eleita vice-prefeita com o Prefeito Antonio da Costa Santos, de Campinas, em 2000. Assumimos em 1º de janeiro de 2001. Em 10 de setembro do mesmo ano; o Prefeito foi barbaramente assassinado e eu assumi como sucessora, até 31 de dezembro de 2004.
E sua vida pastoral?
Na Pastoral atuei sempre na Arquidiocese de Campinas, como catequista, na equipe de liturgia e organização de comunidades. Desde a Paróquia São Sebastião em Valinhos, Paróquia Cura d’Ars, Paróquia Santa Luzia e atualmente, na Paróquia Divino Salvador, todas em Campinas. Faço parte da equipe de formação da Comissão Arquidiocesana das CEBs.
Quando e como surgiu a ideia de ser missionária?
Em 2009, participei como delegada no 12º. Intereclesial das CEBs em Porto Velho, Rondônia. Fiquei muito encantada com o profetismo presente na Igreja da Amazônia. Foi a motivação para eu começar a buscar caminhos de inserção nessa Igreja já que coincidentemente eu estava aposentando. Desde a minha juventude tinha um desejo de ser missionária.
Quais são suas principais expectativas diante da sua nova missão?
Viver no meio do povo. Conhecer a realidade onde vou estar. Buscar na inculturação e na vida do dia a dia descobrir no que posso ajudar. Antes de tudo quero aprender.
O seu destino será Tabatinga (AM), na Diocese de Alto Solimões. Quando parte o que você vai fazer lá?
O seu destino será Tabatinga (AM), na Diocese de Alto Solimões. Quando parte o que você vai fazer lá?
Embarco no dia 2 de fevereiro. Dom Alcimar Caldas Magalhães, bispo de lá, convidou-me para colaborar nos projetos sociais que a Diocese desenvolve. Vou chegar e conhecer quais são os projetos e ver no que posso ajudar. Eu não conheço a Região do Solimões.
Qual sua palavra de incentivo aos cristãos leigos interessados pela Vida Missionária?
Respondo a essa questão com um pensamento extraído da 5ª. Semana Social Brasileira. “Empenhar-se no sentido de que todas as comunidades de seguidores e seguidoras de Jesus assumam a sua missão de anunciadoras do Reino de Deus através de sua vivência do amor libertador, presente na vida comunitária e no serviço aos pobres. Serviço que se expressa especialmente na luta por políticas públicas que garantam os direitos de todas as pessoas, o que só acontece com um Estado efetivamente democrático”.
Fonte: www.cnbbsul1.org.br
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