São Gregório Palamas
Nasceu em Constantinopla em 1296 e faleceu em Salonika em 1359 foi canonizado pela Igreja Ortodoxa em 1368.
Gregório Palamas é um dos maiores expoentes da Doutrina ascética e mística e sua pratica e técnica provocou grande controvérsia na Igreja durante o século 14.
É chamada Hesychasm ou as vezes de Palamismo (por causa de Gregório).
Junto com os monges do monte Athos ele acreditava que com uma perfeita quietude da mente e do corpo o cristão poderia chegar a ter uma visão da Luz de Deus. Seria um presente de Deus trazendo a pureza espiritual e a profunda visão interior.
Em 1333 seus ensinamentos o envolveram em uma controvérsia que durou 10 anos com um monge grego de nome Barlaan.
Barlaan e outros membros da Igreja Oriental acreditava que Gregório estava errado. Barlaan dizia que esta luz (não criada) que rodeava Jesus em sua transfiguração era parte da essência de Jesus, de sua unidade e de sua transcendência e que nenhum homem poderia experimenta-la.
O Hesychasm teria sido condenado no Concílio de Constantinopla em 1341 se não fosse a vigorosa defesa de Gregório Palamas. Ele tinha o poderoso suporte dos monges Athonitas mas seus escritos foram condenados e ele foi excomungado.
Gregório Palamas insistiu em uma mediação de um mentor Cristão e que não se poderia se esquecer da Eucaristia e da conversão da hóstia em carne e sangue de Jesus.
Não obstante, dois Sínodos condenaram seus pontos de vista embora os monges de Monte Athos nunca cessaram de apoia-lo.
Depois de certo tempo Gregório recebeu de volta os sacramentos e foi indicado Bispo de Thessalônica em 1347 talvez porque os monges de Athos influenciavam imensamente o povo da região.
Mas apesar disto, sua indicação reabriu a controvérsia.
Finalmente depois de muitos estudos a tese de Gregório triunfou e seus ensinamentos foram declarados ortodoxos pela Igreja de Constantinopla em 1351, mas ele já estava cansado e sua saúde seriamente abalada. Veio a falecer logo depois. Em 1368 , oito anos após a sua morte um Sínodo o declarou “Pai e Doutor da Igreja” .
São Gregório, antes de ser um teólogo especulativo de imensa importância e de notável sabedoria era um devotado pastor e professor.
Nos anos recentes tem havido uma grande e novo interesse no Hesychasm e tem sido muito estudado pelos teólogos e luminares da Igreja, tanto no Leste quanto no Ocidente
São Serapião
Procedente de família cristã da nobreza inglesa, Serapião nasceu em Londres no ano 1179. Seu pai era Rotlando Scoth, capitão da esquadra do rei Henrique III. Muito jovem, já estava atuando ao lado do pai na cruzada comandada pelo lendário Ricardo Coração de Leão. Porém, no retorno, o navio naufragou próximo de Veneza e a viagem continuou por terra. Nesse percurso, acabaram prisioneiros do duque da Áustria, Leopoldo, "o Glorioso", que libertou o rei e seu pai. Mas Serapião e os demais tiveram de ficar. Logo o duque percebeu que o jovem militar, além de bom militar, era bom cristão, muito bondoso e caridoso. Por isso o manteve na Corte. Mais tarde, quando recebeu a notícia da morte dos pais, Serapião decidiu ficar na Áustria. Com os soldados do duque, seguiu para a Espanha, para auxiliar o exército cristão do rei Afonso III, que lutava contra os invasores muçulmanos. Quando chegaram, eles já tinham sido expulsos.
Serapião decidiu ficar e servir ao exército do rei Afonso III, para continuar defendendo os cristãos. Participou de algumas cruzadas bem sucedidas, até que, em 1214, o rei Afonso III morreu em combate. Serapião, então, voltou para a Áustria e alistou-se na quinta cruzada do duque Leopoldo, que partiu em 1217 com destino a Jerusalém e depois ao Egito.
O vai-e-vem da vida militar em defesa dos cristãos levou, novamente, Serapião para a Corte espanhola, em 1220. Dessa feita, acompanhando Beatriz da Suécia, que ia casar-se com Fernando, rei de Castela. Foi quando conheceu o sacerdote Pedro Nolasco, santo fundador da Ordem de Nossa Senhora das Mercês, os chamados frades mercedários, os quais se dedicavam em defesa da mesma fé, mas não guerreando contra os muçulmanos, e sim buscando libertar do seu poder os cristãos cativos, mesmo que para isso tivessem de empenhar suas próprias vidas.
Serapião ingressou na Ordem e recebeu o hábito mercedário em 1222. Junto com Pedro Nolasco e Raimundo Nonato, santo co-fundador, realizou várias redenções. Na última, que ocorreu em Argel, na África, teve de ficar refém para libertar os cristãos que estavam quase renegando a fé, enquanto o outro padre mercedário viajou rapidamente para Barcelona para buscar o dinheiro. Mas o superior, Pedro Nolasco, estava na França. Quando foi informado, escreveu uma carta ao seu substituto na direção para arrecadar esmolas em todos os conventos da Ordem e enviar o dinheiro para libertar Serapião o mais rápido possível.
Como o resgate não chegou na data marcada, os muçulmanos disseram a Serapião que poderia ser libertado se renegasse a fé cristã. Ele recusou. Enlouquecidos, deram-lhe uma morte terrível. Colocado numa cruz em forma de X, como o apóstolo André, teve todas as juntas dos seus ossos quebradas, e assim foi deixado até morrer. Tudo aconteceu no dia 14 de novembro de 1240, em Argel, atual capital da Argélia.
O culto que sempre foi atribuído a são Serapião, protetor contra as dores de artrose, foi confirmado em 1625 pelo papa Urbano VIII. A festa religiosa ao santo mártir mercedário ocorre no dia de sua morte.

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