Vamos falar de um santo que não foi ainda beatificado e canonizado. É um servo de Deus. Servo de Deus é uma pessoa da qual se iniciou o processo de beatificação. A Igreja não faz o santo. Ela declara que sua vida correspondeu ao evangelho de Jesus e ele viveu de maneira muito boa todas as virtudes. Não são pessoas que não tiveram defeitos ou pecados. São pessoas normais e, às vezes, até inferiores à gente. Mas como se sabe como viveu? Faz-se o chamado processo de beatificação e se reconhecem sua vida e virtudes. Quem conviveu com ele vai dar o testemunho sobre ele. Depois se exige um milagre para a beatificação e um para a canonização. Este milagre significa uma coisa que não tem explicação humana, por exemplo a cura repentina de uma doença.
Pe Vitor Coelho, redentorista, é um servo de Deus. Originário de Sacramento-MG, que é uma bela cidade, pequena, mas de grandes homens e mulheres. Nasceu dia 22 de setembro de 1899. Cedo ficou órfão de mãe. Moleque e difícil de ser educado. Em 1911 entrou para o Seminário Santo Afonso em Aparecida. Uma vez foi mandado embora do seminário, mas se recusou a ir. Fez os votos na Congregação Redentorista dia 2.8.18. Estudou filosofia e teologia na Alemanha onde se ordenou sacerdote em 1923.Trabalhou em diversos lugares. De 1930-1941 pregou missões. Levou muitos meninos para o seminário. Em 1941, a tuberculose levou-o para Campos do Jordão, onde exerce profundo apostolado entre os doentes como ele. A partir d 1948 trabalha na Rádio Aparecida pregando e instruindo o povo até o dia de sua morte que se dá dia 21 de julho de 1987, trabalhando ainda.
Pe Vitor era um homem original. Sabia falar a língua do povo que o entendia muito bem. Sabia explicar a Palavra de Deus e os ensinamentos da Igreja. Explicou para o povo todos os documentos do Concílio Vaticano II. Sua pregação não era só espiritual. Ensinava a viver com saúde. Ele foi o introdutor do culto rural, celebrações dominicais nas capelas de roça. Seus programas “Os Ponteiros apontam para o infinito” e “Consagração a Nossa Senhora” eram sua marca registrada. Impressionava-me ver como gostava de explicar o mistério da Santíssima Trindade. Amava demais Nossa Senhora e falava com prazer de sua querida Imagem de N.S.Aparecida, tendo mesmo feito uma música para ela “Salve Santa Imagem”. Amava a natureza. Tinha uma coleção de orquídeas que são ainda o testemunho de sua vida em flor diante de Deus.Uma vez entrando na capela da comunidade do convento, vi o Padre Vitor rezando. Era seu lugar preferido, rezar diante do Santíssimo. Era um homem piedoso, homem de pureza linda de coração. Sabia pedir perdão a quem ofendia. Gostava de contar histórias, relembrar fatos. Amava muito sua Sacramento, com as águas do ribeirão Borá. Uma vez em uma celebração no Seminário de Sacramento (agora fechado), falava da Santíssima Trindade. Ele estava aprofundando-se no mistério e se perdeu, não nas palavras, mas no mistério que ele tanto amava. Esperamos que seu processo vá em frente logo e possa, por seus milagres vir a ser um santo nosso. Conheça e reze ao Padre Vitor Coelho.
Pe. Luiz Carlos de Oliveira, CSsR
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar. Sua participação é muito importante para nós. Deixe seu e-mail para podermos lhe contatar.