O jornal "O LÁBARO" da Diocese de Taubaté - SP - edição nº 2107, publicou uma reportagem sobre a comemoração dos 25 anos de Ordenação Diaconal de nosso colega Adilson José Cunha que auxilia o Cônego Geraldo Carlos da Silva na Paróquia São Vicente de Paulo em Moreira César.
Tivemos acesso ao depoimento feito pelo Adilson que aproveitamos, com sua licença, publicar a seguir, para conhecimento de todos:
Agradecimentos
“Todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus” (Rom.8,28).
Ocupo esta tribuna para fazer agradecimentos, correndo o risco em deixar muitas pessoas à margem. Gostaria de ser pleno.
Dois termos são redundantes: ação de graças e eucaristia. Por isso, a melhor forma de agradecer a Deus é a Celebração Eucarística.
Quatro de junho de 1949 foi o dia do meu batismo. Adquiri vida nova em Cristo. Tornei-me casa de Deus, que é Pai, que é Filho, que é Espírito Santo.
A crisma que é o Sacramento do Espírito Santo, se deu aos quatro anos.
Mas 1965 foi o ponto marcante. Estava no último ano ginasial. Vejam como são as coisas: nesse ano, Pe. Alcides Luvizotto, de saudosa memória, passou pela escola e ministrou algumas aulas. Convidou alguns dos alunos para ajudá-lo na liturgia dominical. Afinal, estava terminando o Concílio Vaticano II. Para lá fui e não mais retornei. Estou até hoje.
1968 a 1970, fui aluno da escola diaconal na Diocese de Sorocaba, concomitantemente com a Escola Normal, para formação de professores primários, no Colégio das Irmãs Vicentinas.
Foram dos desígnios de Deus que eu passasse pelo Seminário Redentorista Santo Afonso por quatro anos, quando cursei Estudos Sociais e Filosofia.
À Congregação do Santíssimo Redentor, mais especificamente à Província de São Paulo, sou imensamente grato, na pessoa do Pe. Desidério que aqui se faz presente. Leve o nosso agradecimento ao governo provincial e ao Pe. Carlos da Silva, que nos acompanhou naqueles anos. Muito dos meus saberes devo aos Redentoristas.
Depois de casado, deixei de freqüentar a Igreja por um longo período. Nesta terra dos anzóis, qual me acolheu a partir de 1978, fui certa vez argüido pela esposa, dessa forma: ...”as crianças estão crescendo e você, na situação de ateu, não freqüenta mais nada...Precisa dar um jeito na vida.”
Atrás de um bem sucedido tem sempre uma grande mulher.
E o que fiz?
Fui até à Basílica de Nossa Senhora e me encontrando com o Pe. Coutinho, sentado naquelas escadarias, me pus a confessar.
No final ele me disse: ...”A quem muito foi dado, muito será cobrado. Vá até o seu pároco em Pindamonhangaba e coloque-se à disposição e depois volte aqui e lhe darei a absolvição.”
E aí comecei a vida “intra eclesial”, rumo ao diaconato.
1985 estive participando da escola diaconal da Diocese de São José dos Campos.
Devo os meus agradecimentos ao Monsenhor José Maria Guimarães Alves, oautor da música do Hino do Congresso Eucarístico de Aparecida, pois, confiando em mim, pediu a Dom Antônio Afonso de Miranda, que me ordenasse, e com a permissão da esposa, recebi a ordem sacra em 04/10/1986, dia de São Francisco.
Ah! Sim. Como não existe clérigo vago, fui incardinado nesta Diocese de Taubaté, não há como não agradecer a Dom Carmo João Rodhen, a quem estou ligado diretamente. E hoje, recebi do Monsenhor Irineu, via internet, felicitações pela celebração das bodas, me lembrando que o homem é ordenado, não só para si, mas para todo o povo. Ele que era o Cura da Catedral na época de nossa ordenação. De público, agradeço-o.
Se devo elevar as minhas preces ao Pe. Alcides Luvizotto, que me iniciou nas primeiras letras litúrgicas e teológicas, devo também rezar na intenção dos outros dois padres: o Pe. Libardi, redentorista, falecido recentemente, que me acompanhou nos tempos de juventude e me encaminhou para o Seminário e ao Monsenhor José Maria que não mediu esforços para que eu fosse ordenado diácono.
Por quatro anos exerci as funções diaconais na Paróquia Nossa Senhora da Assunção.
1990: fui transferido para esta paróquia de São Vicente de Paulo e assim posso afirmar que sou eternamente grato ao Cônego Geraldo Carlos da Silva, que me acolheu nestes vinte e um anos, ondepude, galhardamente, exercer meu ministério.
Uma palavra à esposa, que soube dividir o marido com a Igreja: Deus recompensa-la-á por este gesto de amor. Aos filhos que souberam entender a entrega do pai às coisas do alto. À minha mãe e irmãos que entenderam o gesto de separação desde o tempo que sai de casa e não mais voltei, lá nos idos de 1971.
Aos colegas da Uneser pela amizade que me dedicam. Aos irmãos no diaconato, pelo incentivo e pela benemerência. Aos colegas de escola pelo testemunho de uma profícua missão. Aos paroquianos, peço perdão das vezes que não exerci o múnus diaconal a exemplo de Jesus Cristo Servidor.
Enfim, a todos aqueles que no dia a dia me rodeiam, esperando um bom testemunho ou uma boa palavra e não correspondi.
Mais uma vez quero realçar a bondade do Pe. Geraldo em me aceitar nesta paróquia, que juntos, por um bom tempo, enquanto a paróquia era uma só abrangendo todo o Distrito, servimos o Povo de Deus, e agora mais recentemente, aos demais diáconos e ao Pe. Valtenes, Deus lhes pague.
Diácono Adilson José Cunha
02/10/2011
PARABÉNS ADILSON !!!
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