
PE. LOURENÇO GAHR CSsR
24 de SETEMBRO 1905+
Foi o primeiro Superior e Vigário redentorista de Aparecida.
Nascido a 25 de março de 1829, teve ótima educação, distinguindo-se desde criança pela sua seriedade e amor aos estudos. Em 1840 foi admitido num Colégio Beneditino em Metten (Alemanha) onde estudou alguns anos, como um dos melhores alunos.
A 15 de outubro de 1856 professou na C.Ss.R. terminando seus estudos de Teologia no ano seguinte. E a 6 de maio de 1860 foi ordenado sacerdote.
De 1871 a 1873 foi Superior da casa de Helldenstein. Mas sobreveio, por esse tempo, a supressão de todas as casas redentoristas na Alemanha, devido à perseguição religiosa. E, até 1894, Pe. Lourenço teve que sofrer muito, já pela situação político-religiosa, já pelo seu estado de saúde bastante abalado.
Mesmo assim ofereceu-se para vir com a primeira turma para o Brasil. Já estava com 64 anos, quando aqui chegou, ficando adscrito à primeira fundação, em Aparecida, como Superior e primeiro Vigário, sendo também Consultor do primeiro Vice-Provincial, Pe. Gebardo, que fora iniciar a segunda fundação, em Campinas, Goiás. No ano seguinte, porém, a sede da Vice-Província foi transferida para Aparecida, onde Pe. Gebardo, assumiu a direção da Casa e da Paróquia, indo Pe. Lourenço para Campinas, então chamada “Campininhas”.
Com a idade avançada, quase cego por uma oftalmite que o martirizava, tornando-o impaciente e desconfiado, Pe. Lourenço viu-se bastante provado, fazendo sofrer também seus confrades e seus paroquianos.
Em 1898 voltou para Aparecida, devido à situação e a sua cegueira.
Passou então a rezar diariamente a Missa de Nossa Senhora, pouco podendo trabalhar na igreja. Foi, porém, um apoio seguro para o Vice-Provincial, como Consultor esclarecido e prudente.
Agravando-se cada vez mais a sua cegueira, Pe. Lourenço começou a retirar-se de tudo e de todos, passando quase o dia todo na Capela. O Terço não lhe saia das mãos, chegando a rezá-lo quinze a vinte vezes ao dia. Fazia questão de tomar parte de todos os exercícios comuns, mesmo a custa de grandes sacrifícios.
Provado interiormente, começou a julgar-se abandonado de todos, e mesmo de Deus, como um homem inútil, indigno da salvação eterna. Somente recobrou a paz e a confiança nos últimos meses de vida. Poucos dias antes de sua morte, arrastando-se foi ainda ao quarto do Superior, e lhe pediu bênção “Benedicite” para fazer a sua viagem para a eternidade. Faleceu a 24 desetembro de 1905. E se não pôde dar à Vice-Província grandes realizações, deu-lhe certamente a bênção dos seus longos anos de sofrimento.
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