Santo Afonso: oração e missão26/07/2011

No dia 1º de agosto, comemorou-se o dia de Santo Afonso Maria de Ligório, bispo, doutor da Igreja e fundador da Congregação do Santíssimo Redentor. Este santo iniciou suas atividades missionárias entre as camadas inferiores da sociedade napolitana. Eram pessoas pobres que se dedicavam aos vícios e ações criminosas. Primeiramente, ensinou-as a orar e depois incentivou-as a mudar a maneira de viver. Os grupos se multiplicavam no final da tarde para rezar e meditar sobre a palavra de Deus, sob a orientação de um catequista do próprio grupo, formado por Afonso. Houve uma verdadeira mudança social. Em consequência, os pobres começaram a se ajudar e pôr fim aos roubos, prostituições e assassinatos. Santo Afonso não parou. Deixou a capital e foi ao encontro dos agricultores e pastores do interior. Ficou abismado com o desconhecimento da religião e do estado de abandono em que se encontravam. Ele e os seus missionários chegaram até as aldeias mais distantes. Pregavam a conversão e a perseverança na vida cristã, sobretudo através da oração. Ele mesmo escreveu: “Deus não nega a ninguém a graça da oração, com a qual se obtém a ajuda para vencer toda concupiscência e toda tentação. E digo, replico e replicarei sempre, durante toda a minha vida, que toda a nossa salvação está em rezar”. E o santo nos deixou um recado precioso: “Quem reza se salva”.

 

Entre as formas de oração, recomendadas por Afonso, destaca-se a visita ao Santíssimo Sacramento, hoje denominada de adoração. Ele escreveu: “Certamente, entre todas as devoções, esta de adorar Jesus sacramentado é precisamente, depois dos sacramentos, a mais querida por Deus e a mais útil para nós (...). Oh! Que belo é estar na frente de um altar com fé (...), apresentando nossas necessidades, como faz um amigo a outro, em quem confia totalmente”. A espiritualidade afonsiana é de fato cristológica, centrada em Jesus Cristo e seu Evangelho. E a Redenção é oferecida a todos copiosamente. Não se pode admitir uma Igreja ou comunidade leiga ou religiosa sem a Adoração ao Santíssimo Sacramento. Aí está a fonte das graças para sustentar a caminhada, porque é o centro da espiritualidade cristã. A piedade afonsiana, por ser justamente cristológica, também é mariana. Santo Afonso, grande devoto de Maria Santíssima, ressalta o papel dela na história da salvação. No plano da Redenção, ela é mediadora da graça, advogada, rainha e Mãe de Misericórdia. Ele afirma: o verdadeiro devoto de Maria não se perde e ela nos confortará no momento de nossa morte. Para nós fica a lição de Santo Afonso: não existe MISSÃO sem ORAÇÃO.

 

José Adriano Gonçalves

MLR Unidade Santo Afonso

Rio de Janeiro, RJ