A MÃE DE SANTO AGOSTINHO
Chamava-se Mônica (331-387). Era de família nobre, mas modesta. Casou-se com Patrício, agressivo e infiel no matrimonio. Conseguiu trazê-lo para a igreja.
Dos três filhos, quem mais lhe deu dor de cabeça, foi Agostinho. Rezava e chorava pela sua conversão. Um bispo, Santo Atanásio, lhe disse que “um filho de tantas lágrimas não podia se perder”. Mais tarde cônverteu-se e se transformou no grande Santo Agostinho.
Após a conversão do filho achou que havia cumprido sua missão. De fato, morreu poucos meses depois. Estas foram suas últimas palavras: “Só lhes peço que vos lembreis de mim no altar do Senhor”.
PORTA-VOZ DOS FRACOS E EXCLUÍDOS
Comemora-se hoje mais um aniversário da morte de Dom Hélder. Nasceu no Nordeste em 1909. Foi o duodécimo filho de um casal engajado na vida de Igreja. Tinha pendor para música, poesia e pintura. Ocupou a sede episcopal do Rio e depois Olinda/Recife.
- Conquistou fama mundial como defensor e porta-voz dos fracos e excluídos. Por isso mesmo foi atacado e combatido. - Os amigos de Dom Hélder Câmara (1909-) diziam que era um bom ouvinte; os adversários, um tagarela; e os inimigos, um agitador do povo. E um conhecido observador do Concílio Vaticano II: “Dom Hélder foi, talvez, o bispo mais influente no Concílio”.
- Os extremistas da direita picharam sua casa (aliás um anexo da sacristia) com as palavras “Morte para ele”. Seu secretário morreu assassinado. Ele mesmo teria sido preso diversas vezes não fosse a popularidade de que gozava. Mas viveu em constante perigo de seqüestro e morte porque nunca silenciou sua voz contra a violência física e moral.
- Após uma audiência com Paulo VI ele disse aos jornalistas: “Nosso diálogo transcorreu num clima de amizade fraterna. O Papa animou-me a continuar a luta contra a injustiça e a formar a consciência social dos cristãos”.
Não é possível mencionar nesta coluna os muitos cargos que ocupou nos setores da Governo (Educação) e da Igreja (CNBB, CELAM); nem sua participação como membro de Comissões e Organizações nacionais e internacionais; ou como representante em Congressos; ou como fundador de obras sociais (Banco da Providência), etc. - Foi bispo auxiliar (1952-1955) e arcebispo coadjutor (1955-1964) do Rio de Janeiro, de Olinda e Recife (1964-1986.
- Recebeu diversos títulos de cidadão honorário, 11 títulos de “doctor honoris causa”, 12 prêmios da paz.
- Escreveu cerca de dez livros, sendo alguns traduzidos. Sua voz ressoou firme e livre em muitos países, sempre na defesa dos direitos divinos e da paz. - Seu nome jamais se apagará nas páginas da História e no coração do povo.
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
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