PADRE LUIZ CARLOS DE OLIVEIRA CSsR |
676. Nossos mestres
Como é belo abrir as Escrituras e encontrar nelas os patriarcas, profetas, juizes, reis, apóstolos, homens e mulheres, santos de Deus! Estão na longa estrada que Deus usou para demonstrar sua bondade. O Filho de Deus se fez homem e, da raça de Abraão, como lemos nas genealogias escritas por Lucas (Lc 3,23-38) e por Mateus (Mt 1,1-17). Faz parte da humanidade e da história do povo de Deus que se faz História da Salvação. Esses homens e mulheres que são nossos mestres e nos ensinam a conhecer e amar a Deus, continuam vivos em nossa fé. A História da Salvação não termina em Jesus. Continua penetrando o coração das pessoas e as estradas da história. Nós fazemos parte dela. Tantos construíram caminhos para Deus chegar aos corações. Deus continua educando seu povo, como no Antigo Testamento, através de homens e mulheres que chamamos de santos; alguns vivos e outros já na glória. O prefácio da festa dos santos proclama: “Na assembléia dos santos vós sois glorificado e, coroando seus méritos, exaltais vossos próprios dons. Nos vossos santos e santas ofereceis um exemplo para a nossa vida, a comunhão que nos une e a intercessão que nos ajuda. Assistidos por tão grandes testemunhas, possamos correr no certame que nos é proposto e receber com eles a coroa imperecível”. São exemplo, comunhão e intercessores. O primeiro aspecto que alimenta nossa espiritualidade e devoção é a comunhão. Estamos unidos a eles em Cristo. São nossos mestres na união a Cristo. Rezamos na missa “unidos aos Anjos e Santos nós vos aclamamos...”. A consciência da união leva-nos a tê-los como mestres no conhecimento e seguimento de Cristo. Somos um corpo com Cristo e com os que nele crêem. Há uma comunhão de vida. A mesma vida divina circula em nós e em nossos santos. Há uma união que nos fortalece. Podemos ter a devoção aos santos. Sua santidade é a mesma que construímos e eles vivem em plenitude.
677. Intercessores
Invocar é manifestar que cremos na força comum da oração. Eles rezam por nós. Nós rezamos a eles em Cristo, mesmo que não seja explicito. Mesmo que eu não os conheça, não os aceite, estou sempre recebendo deles a comunhão de vida em Cristo. Cristo é o fundamento. Orar a um santo é orar a Cristo. Não desligamos Cristo quando rezamos ao santo e não descartamos os santos quando rezamos a Cristo. O mesmo que se diz do santo, se diz de modo maior a Maria que tem um papel superior no Corpo Místico de Cristo, pois ela O gerou e gerou todos os que nele creram. Ela gera todo o Corpo. Cristo é o único mediador. Isso não elimina que nós sejamos rezemos uns pelos outros a Deus. Tudo o que vai a Deus, vai em Cristo, pelo Espírito. É o único caminho. Por isso pedimos que os santos orem por nos, como sempre o fazem.
678. Estímulo no caminho
Os santos são estímulos à santidade. Nós, em nossa veneração aos santos, não devemos ser só pedintes. Precisamos conhecer suas vidas e imitá-la. Não imitamos como viveram, mas imitamos o empenho que colocaram em sua vida por Cristo. É muito pouco rezar ao santo de nossa devoção. É preciso procurar a santidade que ele procurou e o fez grande em Deus. O culto dos santos tem que ser colocado no caminho de Cristo. A Igreja sempre insiste na evangelização da devoção. Não certo negar a devoção, é preciso compreender que somos irmãos e estamos diante de Deus uns pelos outros, com eles.
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