Santa Quitéria, virgem, mártir, séc. II
Segundo a tradição, Quitéria foi uma das nove filhas nascidas de parto único de Cálsia Lúcia, mulher de Lúcio Caio Otílio, governador de Portugal e Galiza sob o Império Romano, no séc. II da nossa era. Quitéria nasceu no ano de 120, em Braga, na região do Minho, por ocasião em que seu pai acompanhava o imperador romano Adriano em viagem pela Península Ibérica.
Naquela época predominavam as superstições, e Cálsia, com medo de represálias do marido, homem de procedimento muito rígido, instruiu a parteira de nome Cília que matasse as nove crianças. Mas, movida pelos sentimentos cristãos de piedade e amor ao próximo, Cília desobedeceu à patroa entregando as meninas ao arcebispo de Braga, Santo Ovídio, que as baptizou e encomendou o seu cuidado e educação a diversas famílias cristãs, tudo a suas expensas.
Anos mais tarde, tomando conhecimento da existência das suas filhas e estando comprometido com um cortesão de nome Germano, desejou que a filha Quitéria com ele se casasse. Ante a recusa da filha, Otílio condenou-a à morte, cuja execução foi perpetrada pelo próprio Germano no dia 22 de Maio de 135. Quitéria estava com 15 anos de idade.
Conta-se que os soldados que a prenderam ficaram cegos. Diz ainda a tradição que após ter a cabeça decepada, Quitéria tomou em suas mãos e caminhou até a cidade vizinha onde caiu e foi sepultada.
Beato João Baptista Machado, presbítero, mártir, +1617
Aos 17 anos entrou na Companhia de Jesus, em Coimbra, com a intenção de ser missionário no Oriente, mais concretamente no Japão, onde os padres jesuítas exerciam intenso apostolado, bem como na Índia, Malaca, Macau e nas terras da Tailândia e Vietname.
Em 1601, embarcou com outros 15 companheiros para a Índia. Estudou Filosofia em Goa e Teologia em Macau. Em 1609, entrou no Japão e estudou a língua japonesa no Colégio Jesuíta de Arima.
Depois de uma intensa vida missionária, rebentou uma perseguição contra os missionários e católicos japoneses. O padre João Baptista Machado ficou disfarçado no Japão para acudir às necessidades espirituais dos cristãos.
Mas, em Abril de 1617, foi descoberto e preso. A 22 de Maio, Domingo da Santíssima Trindade, sofreu o martírio. Frei Pedro da Assunção foi seu companheiro de martírio.
Tinha então entre 35 a 37 anos de idade, havia 20 anos que entrara na Companhia de Jesus, 16 anos que saíra de Portugal e oito anos que estava no Japão.
Tão sincera foi a sua alegria de se saber condenado ao martírio por amor a Jesus Cristo que o Governador encarregado de transmitir a ordem do Imperador veio a converter-se também à religião cristã e, mais tarde, também foi mártir da fé.
Dois nobres japoneses foram destacados para executar a sentença. De um só golpe, foi cortada a cabeça de Frei Pedro. Chegando, porém, a vez de João Baptista Machado, o executor de tal modo se perturbou que, ao primeiro golpe, caiu por terra com o mártir. Levantaram-se os dois e novo golpe de catana foi vibrado, mas só ao terceiro golpe é que se consumou o martírio.
O padre João Baptista Machado foi beatificado pelo Papa Pio IX, em 07 de Maio de 1867, juntamente com outros 205 mártires


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