NOTA DE FALECIMENTO

+ CONGREGAÇÃO DO SANTÍSSIMO REDENTOR

PROVINCIA DE PORTO ALEGRE

+ PE GUILHERME WENDLING – CSSR

Walachai 09.11.1926 – Porto Alegre 03.04.2011

PE Guilherme Wendling nasceu em Walachai, município de Dois Irmãos (RS), a 09.11.1926. Recebeu o batismo dois dias depois em Dois Irmãos, onde também foi crismado em 1927. Feitos os estudos primários em Walachai, foi para o Seminário Menino Jesus, em Pinheiro Marcado (RS), onde de 1939 a 1942 fez o então ginasial. Não se sentindo em condições de continuar os estudos em Aparecida SP (como era costume para os alunos gaúchos) para continuar sua formação religiosa, voltou para a casa paterna. Em 1948 regressou à Congregação do Santíssimo Redentor, agora como candidato a Irmão Leigo; fez o postulantado de 1948 e 1949. Recebido o hábito redentorista a 01.02.1950, começou o noviciado em Pindamonhangaba SP, cidade em que professou na Congregação a 02.02.1951. Emitiu a profissão perpétua em 1957.

Era o 3º filho de Nicolau Wendling Filho e Dª Guilhermina Büttenbender. Sua Irmã Marta é religiosa Carmelita no mosteiro de Rio Grande. Tem diversos parentes sacerdotes ou religiosas.

Após a profissão como Irmão leigo, a partir de 1951 trabalhou na Paróquia da Penha, na capital Paulista; em Tietê (SP), Cachoeira do Sul (RS), Aparecida (SP), Araraquara (SP), Campinas (GO), Lages SC. Nesta última cidade foi dirigente do Grêmio Vocacional, de onde certamente lhe voltou o desejo antigo de ser padre.

Para ser ordenado sacerdote, em 1970, já diácono, foi a Rio Grande (RS) como estudante de teologia e em 1972 (8.12.) foi ordenado sacerdote pelo bispo diocesano Dom Frederico Didonet. Seu primeiro ano sacerdotal o viveu em Cachoeira do Sul, como vigário paroquial de Santo Antonio. Foi, depois, designado capelão da Santa Casa de Rio Grande, lá atuando de 1983. Seu próximo campo de trabalho foi a paróquia Nossa Senhora do Rosário, em Lages, de 1983 a 1984. Em 1985 voltou a Rio Grande, na paróquia São José Operário. No ano seguinte o encontramos em Cachoeira do Sul (RS) como membro da Equipe de Missões Populares, às quais se dedicou até 1997 também em Lages, para onde se mudara a Equipe Missionária.

A partir de 1999, foi capelão do Hospital de S. Sebastião do Caí (RS), depois de ter exercido o mesmo cargo em Ivoti em 1998. A partir de 2000 residiu em Porto Alegre, no Juniorado da Congregação, ajudando nos finais de semana na paróquia Mãe do Perpétuo Socorro, na Vila Ceffer 2.

No dia 25.03.2011, já com 85 anos, caiu de uma cadeira, fraturou o colo do fêmur, sendo internado no Hospital S. Lucas, da PUCRS em Porto Alegre. No dia 27 foi paciente de uma intervenção cirúrgica do quadril. Na manhã de 03.04.2011 sentiu-se mal e em poucos minutos veio a falecer.

Como Irmão Leigo professo escolheu o nome Jerônimo, em homenagem ao santo biblista. Retornou ao nome batismal após a ordenação sacerdotal.

Como Irmão Jerônimo era serviçal, exercendo, com alegria, os cargos de uma casa religiosa: sacristão, porteiro, hortelão, alfaiate, cozinheiro, hospedeiro, ecônomo, etc. Conduta exemplar: dado à oração, caridoso, firme na fé, disponível para as necessidades urgentes e difíceis da Província.

Como sacerdote, nos hospitais onde trabalhou, era incansável no atendimento aos doentes, afável com os familiares deles, estimado pelo corpo médico e hospitalar, fiel aos compromissos de atender os que se despediam desta vida.

Como missionário gostava de trabalhar entre os pobres, especialmente os de origem alemã, com cuja língua falava, brincava, rezava, atendia confissões e até pregava nas missas.

Nas paróquias, apesar de suas limitações, enfrentava dificuldades de ir a pé a capelas, realizava reuniões, celebrava a liturgia e pregava com simplicidade “franciscana”, mas exigente nas rubricas.

Seus achaques de idade avançada eram para ele até motivos de brincadeiras. Nunca deixou de celebrar a missa. Como homem de oração, aproveitava o tempo para “ter o direito e o dever de uma hora de oração pessoal, além da liturgia diária do ofício divino”.

Faleceu com 85 anos de idade, 60 de vida religiosa, 39 de vida sacerdotal na alegria de ser redentorista. Esteja na paz do Senhor.

Secretaria Provincial, 3.4.ll.

Colaboração do Padre Luiz Carlos de Oliveira CSsR - SãoPaulo