PADRE WALMIR GARCIA DOS SANTOS CSsR
Letícia: Estou infeliz no meu casamento. Já fiz de tudo para salvá-lo e não consegui, devo desistir?
O que você deve perguntar para você e seu marido é: Existe amor entre nós? Se existe amor entre vocês dois sempre existirá possibilidade de viver a felicidade, agora se não existe amor nada poderá mudar, pois a única coisa que sustenta uma vida a dois é o amor entre o casal. Procure rever isso na vida de vocês dois. Cultivar o amor na vida do casal é um desafio que exige paciência, mansidão, renúncia e disposição para enfrentar as contrariedades.
Marta: Sou separada do pai de meu filho. Agora ele está doente e quer que eu cuide dele. Tenho mágoa, mas também tenho dó. O que devo fazer? Gostaria de uma orientação.
Cuidar de uma pessoa é sempre uma atitude de misericórdia e compaixão, seja ele quem for, mas nunca tenha dó de uma pessoa, tenha compaixão, esse sentimento é mais cristão. Sobre o que deve fazer em relação ao seu marido, veja o que será melhor ambos. É difícil aconselhar neste sentido, mas eu apresento aqui uma consideração, não guarde mágoa, perdoe, pois isso fará bem para você. A mágoa, o ressentimento que sentimos de alguém é um veneno que tomamos para fazer mal para o outro. Jogue a mágoa fora, perdoe e, se for possível cuide dele.
Lílian: Com qual objetivo, antes de morrer, Jesus falou a João: “Eis aí a sua mãe” e à Maria: “Eis aí o seu filho”?
Jesus na hora de sua morte deixou seu testamento, a única riqueza que ele tinha era a sua mãe e, como ela ficaria sozinha, pois não teve mais filhos, ele a entregou à João, que era seu primo, ou seja, sobrinho de Maria e o texto completa dizendo que daquela hora João “levou Maria para sua casa”. A Igreja também interpreta este gesto de Jesus como uma entrega de Maria para ser a mãe de todos nós (representados ali por João) e, consequentemente mãe da Igreja.
Aparecida Alves: Tenho sete filhas casadas e, todas são evangélicas. Agora uma veio com um recado para mim dizendo que se eu não passar para a igreja protestante vou perder uma das minhas filhas. Isso é possível? Não quero mudar de Igreja.
Não se sinta coagida a mudar de Igreja por causa disso. A sua filha deveria ter vergonha de fazer uma coação assim para a com a senhora. Isso é uma falta de respeito e consideração à mãe. Se não quer mudar de Igreja não mude, não se sinta obrigada a isso, o que ela falou é uma grande besteira e ninguém precisa mudar de Igreja para ser fiel a Deus. Continue firme minha irmã, na sua fé e na sua Igreja.
Divina: Conheço uma pessoa que fica ruim da cabeça nessa época de final de ano. A família a levou em Centro Espírita e falaram que era macumba. Padre, qual a sua opinião? Como posso ajudá-la? Posso levá-la para conversar?
Você pode ajudá-la mostrando o caminho de Deus para ela, como também mostrando o caminho de um tratamento sério, se ela fica perturbada é preciso ver a causa disso, macumba é uma grande besteira, o que ela precisa é de um Psicólogo ou um Psiquiatra para tratá-la como deve ser feito. Conversar com um padre pode ajudar sim e ele mesmo poderá indicar um tratamento.
Irany: Por que Jesus desconfiou da nossa fé, quando a viúva insistiu com o juiz para fazer justiça para com ela?
Esta passagem está em Lc 18, 1-8. A finalidade desta parábola que Jesus contou está no primeiro versículo do capítulo 18, onde Jesus fala da necessidade de rezar sempre, sem desanimar, sem esmorecer. Ele nos ensina sobre a necessidade de sermos insistentes e perseverantes. Ele não duvidou de nossa fé, essa não é uma interpretação correta.
Helena: Minha filha não é casada no religioso, nem no civil, mas mora com o pai do filho dela. O que ela tem que fazer para batizar o filho deles?
Em primeiro lugar ela deveria procurar regularizar a situação do casamento dela, pois como pode valorizar um sacramento e não outro? A Igreja pede que os pais, quando possível sejam casados exatamente por isso, deve-se valorizar os sacramentos e não um só.
Manoel Cunha: Em Mt 13, 55 está escrito que Jesus teve mais irmãos. Por que a Igreja nega os irmãos de Jesus?
Em primeiro lugar a Igreja não negaria os irmãos de Jesus, se ele os tivesse. Este texto que você citou não está dizendo que são filhos de Maria, e sim irmãos e irmãs de Jesus. Em segundo lugar a palavra irmão, no tempo de Jesus designava os parentes próximos, como primo, como também a palavra pai, designava os ancestrais, por exemplo, avôs, bisavôs. Estas palavras não existiam na época. Fala-se muito que Jesus era filho de Davi, como assim se o pai dele se chamava José? São modos de expressar de cada época e de cada cultura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar. Sua participação é muito importante para nós. Deixe seu e-mail para podermos lhe contatar.