Ativo e trabalhador, ele teve uma alma de apóstolo. Nasceu em Hollerdau(Alemanha) a 15 de março de1844. Feitos os estudos primários, aosdoze anos passou a trabalhar na lavouracom seu pai. Com muito sacrifício,devido a distância, pode cursar o ginásio, e em 1869 conseguiu realizar o seu sonho de ingressar na C.Ss.R.
Mas depois de nove meses no noviciado, teve de professar para não ser chamado à guerra de 1870. Estudou Teologia até os fins de 1872, sendo ordenado em 29 de junho desse mesmo ano. Logo depois começou,na Alemanha, a perseguição religiosa que fechou todos os conventos redentoristas no país. Pe. José teve de ira para a Holanda,onde apenas podia celebrar, por não conhecer a língua. À custa de muito estudo conseguiu aprender o Holandês e arriscou pedir uso de ordens, para ser capelão de um convento de religiosas.
Estas, na ocasião, iam começar um retiro de oito dias. A resposta do Arcebispo foi desanimadora: Jurisdição por nove dias, para atender somente às religiosas durante o retiro. É que,naqueles anos, os bispos holandeses, extremamente rigorosos,não viam com bons olhos os padres alemães, tidos como relaxados.
Pe. José conta que, na ocasião, chegou a chorar de tristeza, mas conformou-se. Impaciente por não poder trabalhar, pediu ao Geral que o mandasse para a América do Norte. A resposta foi negativa porque o Provincial se opôs. Mais uma vez — diz ele— precisei rezar: Ita, Pater.
Terminada a perseguição, Pe. José pôde voltar para a Alemanha, sendo logo enviado para a Áustria, onde trabalhou sete anos como professor no Seminário da C.Ss.R.
Finalmente, em 1894, conseguiu ser mandado para o Brasil,com a primeira turma. Em outubro desse ano chegou a Aparecida, sendo designado para a missão de Campininhas (Goiás) onde viveu anos de intenso apostolado, de acordo com seu zelo que não conhecia sacrifícios nem dificuldades. Pouco parava em casa, pois os Redentoristas tinham a seus cuidados nada menos que...sete paróquias. Pe. José as visitava quatro ou cinco vezes ao ano, permanecendo oito, dez ou quinze dias em cada uma, pregando e administrando os Sacramentos. O cansaço, os sacrifícios e as privações dessas viagens pelo sertão, em lombo de mula...só Deus ficou sabendo.
A 13 de junho de 1915, ao voltar de uma de suas excursões missionárias, já perto de casa, o cavalo que montava caiu de uma ponte, atirando Pe. José a uma distancia de dois metros.
Ferido no ombro, foi logo levado ao convento pelo seu ajudante.
Mas, para tratar-se melhor, e descansar um pouco, veio para São Paulo. Meses depois, tendo que ser operado, sua idade avançada não resistiu, e Pe. José faleceu a 26 de janeiro de 1916, longe daquele seu Goiás que tanto amava, e onde tanto havia sofrido pelas almas abandonadas.
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