Pe. Inácio (Alberto) Fenstra, CSsR
Falecido em Campos-RJ - 31-12-1989
(78 anos)
O Pe. Inácio Fenstra nasceu em 4 de dezembro de 1911; fez sua Profissão Religiosa em 8 de setembro de 1930 e foi ordenado Sacerdote no dia, 25 de setembro de 1935. Chegou ao Brasil (Vice-Província do Rio de Janeiro) em 1936.
O Pe. Inácio Fenstra trabalhou na Vice-Província do Rio de Janeiro de 1936 até 1947. Durante dez anos foi professor do Juvenato em Congonhas-MG. Quando em 1947 chegou no Nordeste e sempre me dizia que gostara muito de Congonhas e de ter podido cooperar para a formação dos nossos estudantes.
Pregou Missões no Rio de Janeiro acompanhando o célebre missionário Pe. Gabriel van Wijk (Tio-padre do nosso Pe. Gabriel Hofestede). Em fins do ano 1947 acompanhou o Pe. Joaquim na viagem para o Nordeste a fim de iniciar a fundação de Garanhuns-PE. Ele seria o Superior das Missões, sendo os seus súditos nas Missões os Padres Miguel e Adriano que, naquele tempo, se encontravam em Salvador.
Sob a direção do Pe. Mestre Inácio foram pregadas sete Missões no Recife a pedido do Arcebispo Dom Miguel Valverde (Baiano). O nosso Mestre Inácio era um rigoroso defensor do sistema de Santo Afonso, assim chamado pelos padres da Província Holandesa. O lema da Santa Missão era: “Salva a tua alma”. De acordo com o espírito de penitência e de sobriedade, havia poucas procissões e toda a atenção concentrada na conversão individual, sendo a confissão dos pecados o ponto culminante da participação.
O Superior da Santa Missão tinha toda autoridade para agir, organizar e pedia ao Vigário para não se intrometer nos assuntos e na organização da Santa Missão.
Em Garanhuns, Pe. Inácio logo teve que enfrentar certos problemas com Dom Juvêncio de Britto por causa das Visitas Pastorais que o Bispo chamava de Santas Missões. Logo realizou-se um corte na duração da Missão, bem como uma significativa mudança no estilo da Missão por causa da administração do Sacramento da Crisma e não se tocava mais o sino dos pecadores, às nove horas da noite, para a cidade toda cair de joelhos rezando 5 Pai Nosso e 5 Ave Maria pela conversão dos pecadores.
O Pe. Inácio, porém, fez tudo para salvar o estilo da Missão Redentorista e mostrava um zelo apostólico extraordinário para conseguir um grande número de conversões para os seus dois colegas era muito delicado no seu trato e acessível para o diálogo.
Os trabalhos excessivos, principalmente no agreste Pernambucano, com suas filas e mais filas de gente para confessar e também, a desarmonia dentro de casa com o Superior, Pe. Joaquim acabaram com os nervos de Pe. Inácio. Ele sentia saudades da boa convivência na Província do Rio de Janeiro.
A certa altura começou a “explodir” nas Missões, sem que houvesse motivo para isso. As mãos tremiam tanto que não conseguia mais escrever. Não houve jeito para ele adaptar-se à situação do Nordeste.
Assim no mês de abril de 1940, voltou definitivamente para o Rio de Janeiro. Passou uns meses na Holanda para recuperar-se e depois retornou para o seu querido Juvenato, em Congonhas-MG. De 1949 até à morte, em 1989, prestou na Província do Rio de Janeiro muitos serviços: como professor, como Reitor de comunidades, serviços paroquiais e movimentos religiosos. Era muito estimado, principalmente em Campos-RJ, no meio dos confrades e do povo daquela região.
No dia 31 de dezembro de 1989 teve uma morte repentina, em Campos.
Que Deus o recompense com a vida eterna! Pois:
“bom passar do mundo para Deus, para n’Ele renascer”.
Sto. Inácio de Antioquia
Moro em Vitória ES, sou campista e lembro-me bem do Padre Inácio, no Santuário Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
ResponderExcluirOutro sim:
Pretendo recordar a passagem brilhante do Padre Gabriel van Vijk. Ele viveu por muitos anos em Campos Rj, onde faleceu em 07 de novembro de 1965. se possível com uma foto em Campos. Tive uma e perdi.
Padre Inácio Fenstra no período em que esteve no Santuário Nossa Senhora o Perpétuo Socorro, fundou o primeiro grupo da Legião de Maria na Cidade de Campos dos Goytacazes, e hoje já se passaram mais de 50 anos e os grupos se multiplicaram e permanecem se reunindo, rezando o terço, realizando visitas nos lares, hospitais e asilos,levando Jesus Eucarístico e o evangelho aos enfermos. Na Festa de Acies a foto dele é colocada na Igreja, próximo a imagem de Nossa Senhora. Ele nos deixou essa árdua missão, que é dar continuidade a esse trabalho de evangelização.
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