Pe Luiz Carlos de Oliveira CSsR
“Fizestes crescer a alegria!”.
Feliz Natal! “Quando o silêncio profundo envolvia todas as coisas e a noite ia pelo meio de seu rápido percurso, tua palavra onipotente precipitou-se do trono real dos céus para o meio de uma terra de extermínio!” (Sab 18,14-15). Os grandes acontecimentos da Salvação se dão no meio da noite. A Ressurreição foi como um sol que nasce da escuridão, a Encarnação foi como o orvalho que umedece a terra e o Nascimento como a estrela que brilha na noite profunda. Assim o Verbo de Deus, Jesus, iluminou a noite do mundo com uma luz nova. A oração da missa diz: “Ó Deus que fizestes resplandecer esta noite santa com a claridade da verdadeira luz”. O mundo ilumina-se com o nascimento de Jesus.
Luz tem sabor de alegria. Isaias, na primeira leitura, anuncia uma alegria de libertação. Ele proclama: O povo que habitava nas trevas viu uma grande luz...Fizestes crescer a alegria e aumentastes a felicidade porque nasceu-nos um menino, um filho nos foi dado. Este Menino estabelece um reino da paz sem fim. Os anjos anunciam: “Hoje nasceu para vós um Salvador”. Por isso exulte a terra, canta o salmo 95. Paulo a Tito exclama: “A graça de Deus se manifestou trazendo salvação para todos os homens”. Um mundo de alegria e de graça é o coroamento da salvação.
Não podemos imaginar o nascimento de Cristo como uma historinha bonita. É um fato histórico. Não é uma lenda bonita. Não é um ensinamento. É um fato. Aconteceu num dia concreto. Por isso o evangelho coloca o nascimento do Cristo bem enquadrado dentro de fatos históricos: O imperador era César Augusto. Foi durante o recenseamento, quando José foi a Belém se alistar com Maria, sua esposa, que estava grávida. Ali ela deu à luz seu primogênito. Enrolou-o em faixas, colocou numa manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospedaria. Fato simples que aconteceu. O mundo criado com esplendor recebe a presença do Criador entre panos e palhas. É Ele que nasceu, o Filho do Pai Eterno e de Maria. Recebeu nossa vida para dar vida. Deus se fez contemplar para que pudéssemos, vendo este mistério, um dia contempla-lo no céu (oração).
Seu nascimento traz uma alegria sem limites. Anjos e pastores unem-se no mesmo entusiasmo por verem o Menino envolvido em faixas e deitado numa manjedoura. Este é o anúncio da totalidade do mistério do Deus Conosco. Deus se abre em amor e atrai ao amor. Porque fez deste modo Ele estabelece conosco esta troca de dons,como diz a oração sobre as oferendas, assim participamos da divindade daquele que uniu a Deus nossa humanidade. Passamos a viver a grande dimensão divina que nos leva a viver neste mundo com equilíbrio, justiça e piedade.
Leituras: Isaías 9,1-6; Tito 2,11-14; Lucas 2,1-14.
DEZEMBRO-2001
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