Pe. Luiz Carlos de Oliveira CSsR
“Fraqueza ou força da oração”
Não sabemos rezar ou rezamos mal
Refletimos muitas coisas bonitas sobre a oração. Isso nos anima. Mas... quando olhamos nossa oração ficamos até desanimados e dizemos: nunca chego lá. Isso não é para mim. Ficamos incomodados pelo modo como rezamos. Certo! Uma coisa é a oração, outra é o que fazemos. Pensemos, contudo que nem sempre conhecemos nossa oração. Eu seu que eu não sei rezar nem sei rezar bem. Isso não destrói a força da oração. Há pessoas que desenvolvem muito sua oração. Outros são mais simples. Tudo depende de nosso modo pessoal de ser, nosso temperamento e até mesmo da educação que recebemos em casa ou na Igreja. Contudo, o que fazemos na oração não é nada perdido. O que nos falta é rezar e saber aproveitar as ocasiões para a oração. Na realidade não rezamos ou rezamos muito pouco. Por isso, não temos nem costume nem uma estrutura pessoal de oração. Digo isso por mim mesmo. Como aprender a rezar? Rezando. A própria oração educa à oração. O que é preciso é rezar e aprender a rezar a partir de nosso modo de ser. Tenho que descobrir quem sou eu, como sou para rezar do jeito que sou. Cada um é diferente. Os métodos de oração servem para todos, mas o melhor é o método que me serve. A roupa pode ser bonita, mas não me entra, que fazer? Não se preocupe tanto, comece rezando. Quem sabe você já reza muito bem, só que não se deu conta. Quanto mais e melhor rezarmos, percebemos que estamos ainda longe. É uma estrada divina. O fato de sentirmos que não rezamos bem e precisamos rezar mais é que já está em excelente estrada. Coragem!
110. Distrações
As distrações na oração! Um velho sacerdote disse-me que achava que conseguimos ficar fixos na oração somente um minuto e meio. Achei exagerado. Penso que é muito tempo. Realmente é o maior drama da oração. Mesmo com o Espírito Santo e tudo que há de belo, a distração é uma constante em toda oração. Certamente há gente que tem um dom especial de se concentrar. Deus seja louvado! Nós, pobres pecadores, estamos longe. Consolemo-nos. As distrações são fruto de nossa contínua agitação. Temos culpa de não nos exercitarmos no silêncio interior. São tantas as solicitações e informações que recebemos continuamente que temos a mente agitada. Corremos tanto em nosso dia a dia que, quando paramos, a mente não para. Por isso é necessário saber se concentrar e exercitar-se em manter o pensamento fixo no que se faz, silenciando as outras coisas. Para isso é bom repetir pequenas orações que nos mantenham mais ligados a Deus. Na oração distraída, nunca volte atrás para retomar. Vai em frente, pois, do contrário vira escrúpulo.
111.Oração fraca
Achamos que temos uma oração muito fraca. Creio que não existe oração fraca. Nós somos fracos e a oração da fragilidade é muito consistente, pois mesmo não sendo bons, sendo pecadores, sem formação, ainda temos a força de elevar a mente a Deus, implorando ou agradecendo. Em nosso “lodo” brotam sempre belas flores. E Deus as ama assim mesmo e por isso. Deus tem cuidado com seus filhos enfraquecidos pelas doenças físicas e espirituais. Ele é o bom pastor que vai atrás da ovelha perdida. Coloca-a nos ombros e cheio de alegria volta para casa. Não desanime. Continue buscando o encontro com Deus. Mantenha a preocupação com a oração, mas primeiro ocupe-se rezando.
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