PADRE FLÁVIO CAVALCA DE CASTRO CSsR
Os jornais fraceses Le Figaro e le Quotidien du Médicin (de 25 de abril de 2008) falam preocupados da “objeção de consciência” sempre mais freqüente entre os médicos italianos. Amparados na lei, eles se recusam, por motivos de consciência (nisso consiste a “objeção de consciência”) a realizar abortos permitidos pela legislação italiana. Setenta por cento dos ginecologistas e cinqüenta por cento dos anestesistas, conforme o ministério da saúde.
Foi em 1978 que o aborto foi descriminalizado na Itália. Nos primeiros anos, foram praticados 235 mil abortos por ano; atualmente não passam de 127 mil. Haveria uma explicação para isso, apesar de todo o alarde que se faz pelo mundo inteiro em defesa da liberdade de abortar?
Dr. Enzo Boni, ginecologista do Hospital Umberto Iº, tem uma explicação: É muito natural que aumente entre os médicos a recusa, por motivos de consciência, à pratica do aborto. Os progressos da ecografia estão levando a compreender que o embrião é um ser vivente desde a concepção. Muito rapidamente se pode perceber o cérebro, a coluna vertebral, as mãos. As mães, que podem ver no monitor os movimentos do novo ser, os médicos e enfermeiros, cujo missão é ajudar a vida, mostram-se cada vez mais sensíveis à realidade da interrupção de uma vida. Temos ainda os apelos da Igreja contra o aborto, as campanhas em favor da vida, e o declínio de certo feminismo militante. (Veja: http://genethique.org/)
Talvez isso ajude a compreender os protestos escandalizados de militantes abortistas contra tudo quando possa colocar as mães, principalmente, diante de imagens “chocantes” da vida no útero. É mais fácil convencer da normalidade da supressão de um monte de tecidos, do que da normalidade da interrupção do movimento de pequenas mãos que se estendem para a vida.
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