Nº 0090 28/09/2010
0407. Evangelho de terça-feira (28-09-2010) - 1ª leit Jó 3, 1-3. 11-17. 20-23; Sl 87; Lc 9, 51-56 - Estava chegando o tempo de Jesus ser levado para o céu. Então ele tomou a firme decisão de partir para Jerusalém e enviou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram num povoado de samaritanos, a fim de preparar hospedagem para Jesus. Mas os samaritanos não o receberam, pois Jesus dava a impressão de que ia a Jerusalém. Vendo isso, os discípulos Tiago e João disseram: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para destruí-los?” Jesus, porém, voltou-se e repreendeu-os. E partiram para outro povoado.
Recadinho: Só entrará no Reino de Deus quem viver o amor sem restrições. Nada de fogo do céu, como queriam os discípulos! A não ser que venha o fogo da caridade! Este, sim, deve arder em nossos corações!
0408. O triunfo do Papa Bento XVI - Considerado um tímido, uma matéria publicada recentemente, na Itália e várias na Inglaterra, enaltecem a figura deste papa que já apresentou um sucesso de cinco anos de público, surpreendendo os críticos. Este homem, de poucos gestos e muitas palavras, está sendo considerado um enigma. Karol Wojtyla triunfou carismaticamente. Joseph Ratzinger se apresentou com um pudor monástico. Dois estilos diferentes, revelando dois modos de ser bem diferentes. Dois estilos que revelam um único resultado: o entusiasmo das multidões!
Em João Paulo II o povo aplaudia os gestos, as frases de efeito, o elan teatral, que deixava em segundo plano a argumentação. De Bento XVI o povo segue as homilias, abre os ouvidos para seus discursos, escuta suas palavras com atenção, deixando os críticos analistas de boca aberta! Foi assim na Escócia e na Inglaterra, em sua recente viagem. “Ratzinger se impôs como homem doce, humilde, que fala de modo gentil”, testemunhou o vaticanista da revista Times Richard Owen. “Apresentou reflexões profundas, propostas em voz baixa!”
0409. Papa 02 - Viagem ao Reino Unido - Mais que em outros lugares, o estilo de Bento XVI teve seu ponto alto no Reino Unido! Antes da viagem, muitos tinham classificado esta como a mais difícil de todas para o Papa! No entanto... viu-se diante de cem mil pessoas no Hyde Park, coração da Cidade. Foi um silêncio total durante uma hora e meia, todos atentos à Liturgia sacra.
- Qual é o segredo de Joseph Ratzinger? - Qual sua estratégia de comunicação? Uma só: não ter estratégia! É o que ele mesmo disse na viagem para Edinburgo. Na ocasião, P. Federico Lombardi perguntou ao Papa: “Como podem fazer os católicos para tornar a Igreja mais atrativa?” E Bento XVI: “uma Igreja que procurasse ser atrativa estaria numa estrada errada, pois a Igreja não trabalha para si, não trabalha para aumentar os próprios números e o poder. A Igreja está a serviço de um Outro: serve não para si, para ser um corpo forte, mas serve para tornar acessível o anúncio de Jesus Cristo, as grandes verdades e as grandes forças do Amor, da reconciliação, que surgem sempre a partir da presença de Jesus!” Este é Ratzinger que, para muitos, era “Cardeal Panzer”, para outros, “Rotweiler de Deus”. Manifesta querer dar um passo atrás, colocando no centro de tudo um Outro, Jesus Cristo!
0410. Papa 03 - Comparando - Bento XVI é um Papa sóbrio, que faz de cada encontro público uma liturgia. Disse quando assumiu esta árdua Missão, em 7 de maio/2005: “O Papa não deve proclamar as idéias próprias, mas seguir a palavra de Deus!” Coloca no centro de tudo não sua pessoa, mas aquele que é essencial: Jesus Cristo presente nos sacramentos da Igreja.
Com Bento XVI, a presença popular nas audiências dobraram seus números! O Vaticano divulgou:
De maio a setembro de 2004, estiveram nas audiências públicas, com João Paulo II, 194 mil pessoas. No mesmo período, em 2005, estiveram, com Bento XVI, 410 mil pessoas!
Nos mesmos meses, para a mensagem papal do ‘Angelus’, João Paulo II atraiu 262 mil pessoas; Bento XVI atraiu 600 mil pessoas!
Recadinho: Está surpreendendo tanto este Papa alemão, que surpreendeu também a nós, daqui do ‘Vivências”. Voltaremos a falar dele! Damian Thompson escreveu no “Telegraph”: Os ingleses viram “as coisas como são!” “Viram” o Papa! “Ouviram-no falar” e... deixaram-se conquistar por ele!
PADRE GERALDO RODRIGUES CSsR
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