PADRE FLÁVIO CAVALCA DE CASTRO CSsR
Jornais de 26 de junho de 2007, trazem manifestação do ministro da Saúde, José Gomes Temporão. Defende uma vez mais a permissão para o aborto até a 12ª semana de gestação. Razão que apresenta: “Até ali, em torno da 12.ª semana, não há (no feto) consciência, sofrimento, dor. Vários especialistas dizem isso, e é essa a posição que eu defendo”. Suponho que sua excelência aceite a rigidez da lógica.
Se sua argumentação é lógica, está a afirmar que: 1) não há mal nenhum em tirar a vida a um ser inconsciente e que não sofre; 2) um ser inconsciente e que não sofre ainda não é ou deixou de ser humano, portanto não tem direito à vida. Consequentemente, não há mal nenhum em tirar a vida a um ser inconsciente e que não sofre, porque ainda não é ou deixou de ser humano. Portanto: do mesmo modo que não há mal em tirar a vida de um feto humano, porque ainda inconsciente e incapaz de sofrer, não há mal nenhum em tirar a vida de qualquer ser humano desde que privado de consciência, por qualquer motivo, e incapaz de sofrer. Portanto: não há nenhum mal em tirar a vida de quem por qualquer motivo esteja inconsciente, ou não possa sentir dor.
Senhor ministro, seja lógico, tire as conseqüências. Aliás, tire mais uma conseqüência: se até a 12ª semana de gestação o feto não pode ser considerado protegido pelos direitos da pessoa, e ainda não é ser humano, então até a 12ª semana a mulher não pode saber se é mãe de um ser humano. Não pode saber o que haverá de dar à luz. De acordo, senhor ministro?
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