São Luís IX, Rei da França e Confessor (+ Tunísia, 1270)
Para ler a história completa deste admirável santo:
Embora o calendário litúrgico registre considerável número de monarcas santos, talvez nenhum deles tenha realizado de modo tão completo a imagem ideal de Rei cristão quanto São Luís IX. Herdou a coroa com 12 anos, assumindo a regência sua mãe D. Branca de Castela, dama de excepcionais virtudes. Dizia ela ao filho que preferia mil vezes vê-lo morto a vê-lo manchado por um pecado mortal. Fiel aos ensinamentos maternos, São Luís foi sempre homem de muita oração e piedade. Era modelo de governante, de guerreiro e de legislador. Considerava um dos principais deveres do monarca fazer justiça aos súditos, e por isso costumava sentar-se todos os dias à sombra de um carvalho, e ali atendia a todos os queixosos que se apresentassem, qualquer que fosse a condição social deles. Realizou duas Cruzadas para libertar a Terra Santa da opressão maometana, e morreu durante a segunda delas, vitimado pela peste. Tão grande era seu prestígio moral que, tendo caído prisioneiro dos maometanos, estes o tomavam como juiz para resolver pendências que tinham entre si. Mandou construir em Paris a "Sainte Chapelle", um dos mais belos monumentos da arquitetura medieval, para guardar a Coroa de espinhos de Nosso Senhor. Foi casado com Margarida da Provença, da qual teve onze filhos. Em 1864, o Príncipe Gastão de Orléans, Conde d'Eu, que trazia em suas veias o sangue de seu antepassado São Luís, casou com a Princesa Isabel, filha do Imperador D. Pedro II e herdeira do trono do Brasil. Em conseqüência desse casamento, a Família Imperial do Brasil tem a glória de descender, por linha direta, varonil e legítima, do grande rei cruzado.
Beato Miguel de Carvalho, presbítero, mártir, +1624
Miguel de Carvalho nasceu em Braga, em 1577, de família nobre e rica.
Com 20 anos pediu para ser admitido na Companhia de Jesus. Cinco anos depois, partia com um grupo de missionários para o Oriente.
Em Goa, termina o curso de teologia e aí fica alguns anos como professor. Mas o seu desejo era partir missionário para o Japão e, apesar das grandes dificuldades que os cristãos por lá viviam, consegue integrar-se num grupo de viajantes, disfarçado de soldado.
Durante alguns anos conseguiu iludir as autoridades, pregando o Evangelho nos mais diversos lugares, até que um dia o descobriram e o condenaram a morrer pelo fogo.
Pio IX beatificou-o em 1867.
cf. Pe. José Leite, s.j., Santos de Cada Dia
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