Pe.Luiz Carlos de Oliveira CSsR
São José, o homem justo.
Um desconhecido, por que?
Celebramos no dia 19 de março a festa de São José, esposo da Virgem Maria. A vida deste homem no evangelho se parece com um raio que ilumina e desaparece, mas o barulho do trovão vai longe. Somente Mateus e Lucas dizem de sua presença na infância de Jesus e quando apresentam Jesus como filho de José (Lc 4,22), filho do carpinteiro (Mt 13,55). Os evangelhos falam das coisas que esclarecem a fé. José não era uma questão para a comunidade, por isso não havia necessidade de falar dele. Qual era a ligação de Jesus com ele: de filho para pai. Era chamado o filho de José, filho do carpinteiro. Era muito conhecido. Quando terá morrido? Era um velho? Os evangelhos apócrifos falam que era um velho. Mas creio que José e Maria eram um casal como os outros, jovens, na beleza da flor da idade juvenil. Homem capaz de assumir uma família com suas responsabilidades de chefe e trabalhador, como tantos de nossos jovens, mesmo, talvez, você. Vemos como assume seu lugar quando deve ir para Belém. É a ele que o Anjo se dirige para dar as ordens de Deus: “O anjo do Senhor lhe apareceu em sonho e lhe disse: José, filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo” (Mt 1,20). O mesmo faz quando deve fugir para o Egito, voltar para Israel e ir morar em Nazaré.
Homem, símbolo do Cristão.
A Igreja, para compreender este homem do evangelho, liga-o aos patriarcas, salientando sua continuidade com Davi. Como o faz na primeira leitura da festa (2 Samuel 74-16). Samuel dissera a Davi que Deus lhe construiria uma casa. A aliança feita com Davi se conclui em José e assim em Jesus. Paulo, na carta aos Romanos 4,13-22, fundamenta esta compreensão salientando a fé de Abraão. Pela fé ele teve uma descendência. O Evangelho de Mateus chama de José de o homem justo: “José, sendo um homem justo...” (Mt 1,19), Está relacionando este moço ajuizado, com os patriarcas, de modo particular a Abraão. José não é pai de Jesus, mas teve uma posteridade. Podemos dizer que temos em relação a Ele a mesma relação que tinha Jesus. Tinha-o como o Pai. Ele é imagem do verdadeiro cristão que soube acolher Jesus na sua vida, assumiu com responsabilidade a missão de educá-lo e fazê-lo crescer. A nós, a quem é dada a graça de receber Jesus em nós, podemos ser devotos de S. José, quando temos as mesmas atitudes que teve para com Jesus. E não deve ter sido fácil. A fé de José foi provada duramente na visão do homem, Filho de Deus, vivendo em tudo a condição humana. Somente na fé poderia ele compreender a gravidez de sua esposa E compreender sua pessoa humana que e Deus. Consagrou-se ao serviço de Jesus.
Homem bom!
Jesus devia gostar muito de seu pai. Ele era um homem bom. O meu também se chama José. Um dia ouvi um senhor dizer: seu pai é um homem bom. Fiquei feliz. Agora ele completa 90 anos, dia 19.03, em belíssima saúde física e mental. A gente se sente feliz demais por poder participar com todos os amigos este momento de felicidade para nós. Ele é um homem bom e tem um humor de primeira. Foi capaz de reiniciar a vida tantas vezes, sem jamais se desestabilizar. É um homem bom. Agradeçam conosco.
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