Pe. Luiz Carlos de Oliveira CSsR
“Banquete da vida”
Males do orgulho
É a quinta vez que Jesus entra numa casa para um jantar festivo. Ele, entrando na festa, começa a observar o que não era bom. Podemos dizer, o que lhe estragava o apetite. A disputa pelos bons lugares na mesa é uma ponta do orgulho que há no coração humano. O orgulho é fonte de tanto pecado. Aliás, é o pecado que é descrito na cena do pecado dos primeiros pais: “Deus sabe que, no dia em que comerdes a fruta, vossos olhos se abrirão e vós sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal” (Gn 3,5). A sede do homem é decidir o que é bem e o que é mal. O orgulho nos faz deuses e senhores, acima de todos. Deste mal nascem os outros. Mas a humildade de Deus não é aprendida. O livro do Eclesiástico comenta: “Para o mal do orgulhoso não existe remédio, pois uma planta de pecado está enraizada nele e ele não compreende” (Eclo 3,30). O orgulho cega a mente e o coração. Conhecemos a parábola do fariseu e o publicano na qual o homem só vê a si. A humildade do publicano o santifica. (Lc 18,10). Jesus comenta: “Quem se eleva, será humilhado e quem se humilha será elevado” (Lc 14,11). Maria reconhece em seu cântico: Depôs os poderosos de seu trono e exaltou os humildes (Lc 1,52). Jesus é o exemplo da humildade e tem o resultado na Ressurreição: “Humilhou-se e foi obediente até à morte e morte de cruz. Por isso Deus o sobre-exaltou” (Fl 2,8-9). O orgulho mata a raiz do amor serviço. Este cura o mal do orgulho.
Boas maneiras de Jesus
Jesus dá-nos uma aula de boas maneiras classificando a humildade como o meio melhor para viver com os outros. Humildade é o verdadeiro conceito de si mesmo. O orgulho está na busca dos primeiros lugares e na lista dos convidados para o banquete. Jesus dá o exemplo como dar um banquete: Convidar os que Ele convidou para o banquete do Reino. A parábola de Jesus quer anunciar como Deus age para com todos os povos, em continuação à abertura do banquete da fé a todos os povos. Deus dá proteção a esses pobres, como reza o salmo: “Dos órfãos Ele é Pai, e das viúvas protetor; É o Senhor quem dá abrigo, dá um lar aos deserdados, quem liberta os prisioneiros e os sacia com fartura” (Sl 67.6-7). O Eclesiástico faz uma recomendação para a humildade: “Na medida em que fores grande, deverás praticar a humildade, e assim encontrarás graça diante do Senhor” (Eclo 3,20). O texto se refere a mais do que uma refeição, e sim em abrir o banquete da vida a todos os pobres e necessitados (Lc 13,12-14) como fez Jesus.
Humildade
No banquete, Jesus ensina que se parte sempre da humildade. A busca por aparecer e tirar vantagem em tudo não é um bom caminho. Deus é o modelo de aceitação dos humildes como ensina Jesus: “Quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os cochos, os cegos. Então tu serás feliz porque eles não te podem retribuir. Tu receberás a recompensa na ressurreição dos justos” (Lc 14,13-14). Muitos são altaneiros e ilustres, mas é aos humildes que ele revela seus mistérios (Eclo 3,21). A humildade é o melhor caminho para ter a sintonia com Deus, pois Deus é humilde. Tantos projetos de economia podem se basear na humildade. Assim teríamos uma economia de participação. Jesus, na ceia dá o exemplo de quem é o maior: o que serve (Jo 13,1-17). Jesus não quer a exterioridade, mas que busquemos o que é fundamental. Por-se a serviço das pessoas é o caminho da humildade que eleva.
Leituras: Eclesiástico 3,19-21.30-31;Sl 67; Hebreus 12,18-19.22-24ª; Lucas 14,1.7-14
1. Jesus observa, num banquete, observa como as pessoas disputam lugares. Esta disputa é a ponta do orgulho que é fonte de todo o pecado. A cena do pecado no Paraíso é a fonte do orgulho: “Sereis iguais a Deus”. O orgulho nos faz deuses e senhores. Deste mal nascem os outros e cega a mente e o coração. Jesus comenta que a humildade é nossa exaltação. Jesus dá este exemplo de humildade. O orgulho mata a raiz do amor serviço. Este cura o mal do orgulho.
2. Jesus dá uma aula de boas maneiras, classificando a humildade como o meio melhor para viver com os outros. Humildade é o verdadeiro conceito de si. Jesus ensina como dar o banquete da vida; convidar os excluídos, como ele o fez, abrindo o banquete do Reino a todos os povos. Deus dá proteção aos pobres. Ser grande é praticar a humildade. A parábola ensina abrir o banquete da vida e do Reino a todos.
3. Jesus ensina que se parte da humildade. A busca por aparecer e tirar vantagem em tudo não é um bom caminho. A busca dos humildes é para se assemelhar a Jesus que vai à Ressurreição. Humildade nos põe em sintonia com Deus que é humilde que lhes revela seu mistério. Servir é a prática da humildade.
Doença sem remédio
“Para o mal do orgulhoso, não existe remédio, pois a planta do pecado está enraizada nele, e ele não compreende”(Eclo 3,30). Orgulho tem muito a ver com burrice, pois não se vê, nem vê os outros. Jesus apresenta o remédio: saber a hora de fazer o bem.
Vivemos numa sociedade na qual se disputam não lugares em banquetes domésticos, mas disputam tomar lugar dos outros no banquete da vida. E achando que isso é algo que vale. A felicidade é passageira.
Jesus indica a solução que vai resolver esse problema do orgulho: trabalhar para os humildes. Ele faz a comparação da inclusão dos pobres no banquete da vida. Não vamos receber uma recompensa agora, mas no banquete da vida futura. Mas já agora, a alegria de dedicar-se é maior do que a alegria que se recebe no orgulho e da vaidade.
Esse é o exemplo de Jesus que se humilhou e se fez pobre para nos enriquecer com sua pobreza (2Cor 8,9).
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