DIOCESE DE ROMA PROTESTA CONTRA SACERDOTES DE “VIDA DUPLA”
Diante das afirmações de um jornal sobre supostos atos homossexuais
ROMA, segunda-feira, 26 de julho de 2010 (ZENIT.org) – A diocese de Roma pediu aos sacerdotes de “vida dupla” – em relação à homossexualidade – que abandonem o exercício de seu ministério.
O forte comunicado do vicariato da diocese, cujo bispo vigário é Agostino Vallini, foi publicado para esclarecer o longo artigo publicado pelo semanário italiano Panorama, a 23 de julho, intitulado “As noites loucas dos padres homossexuais”.
O jornalista garante que por 20 dias, com uma câmera escondida, ajudado por um “cúmplice homossexual”, infiltrou-se no ambiente noturno de três sacerdotes, dos quais preserva o nome.
O comunicado da diocese de Roma condenou duramente estes atos, caso sejam verdadeiros. Ao mesmo tempo, afirma que “a finalidade do artigo é evidente: criar escândalo, difamar todos os sacerdotes, em virtude da declaração de um dos entrevistados, segundo o qual “98% dos sacerdotes que ele conhece são homossexuais”. O artigo visa a desacreditar a Igreja e, por outro lado, fazer pressão contra essa parte da Igreja definida de “intransigente, que não quer dar reconhecimento à realidade dos sacerdotes homossexuais”.
Segundo a diocese de Roma, “os fatos narrados suscitam dor e desconformidade na comunidade eclesial de Roma, que conhece de perto seus sacerdotes que não levam uma “vida dupla”, mas "uma só vida”, feliz e boa, coerente com sua vocação, entregue a Deus e ao serviço das pessoas, comprometida na vivência e no testemunho do Evangelho, e que é modelo de vida moral para todos”.
"Aquele que conhece a Igreja de Roma não se reconhece no comportamento dos sacerdotes que levam uma 'vida dupla'".
“Sabemos que ninguém os obriga a permanecer como sacerdotes, aproveitando só os benefícios. Não queremos o mal para eles, mas não podemos aceitar que devido a seus comportamentos sujem o nome de todos os outros”.
Por último, a diocese de Roma afirma que está comprometida “a agir com rigor, segundo as normas da Igreja, contra todo comportamento indigno da vida sacerdotal”.
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