
Pe. Adriano (Gerardus) Backx, CSsR
Falecido no Nebo em Nijmegen - 19-06-1997
(79 anos)
Pe. Adriano nasceu no dia 26 de julho de 1917, em Steenbergen, Holanda. Fez os seus votos religiosos em S’Hertogenbosch no dia 8 de setembro de 1940 e foi ordenado sacerdote no dia 24 de abril de 1946 em Wittem. Faleceu no dia 19 de junho de 1997 no Nebo em Nijmegen onde está sepultado.
Vindo da Vice-Província do Rio de Janeiro chegou a Garanhuns-PE no dia 22 de dezembro de 1947. O Brasil foi tudo para ele. Trabalhou aqui mais de 40 anos com dedicação e fidelidade, de modo especial com os pobres e doentes. A estes pertencia o seu coração. Morou nas seguintes comunidades: Garanhuns, Juazeiro da Bahia, Campina Grande, Arcoverde, Natal e Recife.
Desenvolveu sua ação pastoral no campo das missões, das atividades paroquiais, na coordenação da Pastoral da Saúde da Arquidiocese de Olinda e Recife e da CRB NE II, como capelão hospitalar e escritor.
Falar de Pe. Adriano é falar da Pastoral da Saúde. O trabalho com os doentes estava na sua alma. Sua preocupação era de organizar uma pastoral humana de escuta e não simplesmente de sacramentalização. Procurava a individualidade da pessoa e para isso, em uma tarde, atendia apenas de 3 a 4 doentes, para poder ter contato de amizade, afetividade, para tornar-se próximo. Assim, Pe. Adriano olhava a pessoa inteira, não só a alma.
Para os doentes e idosos escreveu vários trabalhos. De 1977 a 1989 escreveu bimestralmente o folheto “Carta aos Doentes” animando os doentes e a todos que trabalhavam na Pastoral da Saúde.
Com o seu dom para escrever, elaborou com o Pe. Geraldo Pennock, o único material organizado que temos da história da Vice-Província: “A Presença dos Missionários Redentoristas no Nordeste”. Traduziu do holandês para o português, o livro do Pe. Manders CSsR: O Amor na Espiritualidade de Santo Afonso.
Sem dizer nada Pe. Adriano observava tudo ao seu redor. Possuía o dom de caracterizar em poucas palavras, com humor suave, mas certeiro, pessoas e situações. Ainda hoje são lembrados muitos dos seus ditados, apelidos e comparações.
De volta para a Holanda encontrou seu lugar na comunidade de Nebo. Como já acontecia no Brasil, sua atenção para os doentes era muito pessoal e benéfica. Este cuidado se tornou tarefa diária, pelo menos durante o tempo em que isto lhe era possível. E ainda continuou trabalhando para o Brasil. Entre outras coisas fez a tradução de centenas de documentos do arquivo para o português. Como um dos membros da 1ª Comunidade que iniciou a “Missão de Garanhuns”, era projeto seu escrever a história dos primeiros anos da comunidade fundadora de 1947. Estava ansioso para ver o In Memoriam publicado. No dia em que terminamos a digitação do último texto deste seu livro, recebemos a notícia de seu falecimento.
Sem dúvida, nosso confrade soube duplicar os talentos que lhe foram confiados. Por isso rezamos, que participe da alegria do Senhor como um servo bom e fiel.
No ano de 1997 quando celebramos os 50 anos de presença redentorista no Nordeste ele foi homenageado com o nome de uma rua no bairro da Liberdade em Garanhuns. Ainda hoje alguns de seus livros continuam sendo publicados. Em 2003 quando a Igreja no Brasil celebrou a Campanha da Fraternidade sobre os idosos outro livro seu ganhou uma nova e bonita edição.
“A saúde é como a vida, portanto não é um bem eterno, mas algo passageiro. Por isso, a doença não é apenas um prenúncio da morte, mas também da vida eterna que Deus nos dará.”
Do livro: Uma Mensagem para o Doente: A Esperança não Decepciona - Pag. 20.
Pe. Adriano Backx.
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