Bento XVI assegura que diálogo inter-religioso é necessário para pazNo encontro com a comunidade católica de Chipre em uma escola maronita
NICÓSIA, domingo, 6 de junho de 2010 (ZENIT.org).- Bento XVI explicou ontem à pequena comunidade católica de Chipre (3,15% de seus 800.000 habitantes) que o diálogo inter-religioso é necessário para alcançar uma paz duradoura.
"No que diz respeito ao diálogo inter-religioso, ainda há muito a ser feito em todo o mundo", afirmou, perante um público que não só coabita com 81,5% de cipriotas de religião ortodoxa, mas também com 18% de muçulmanos.
"Somente através do trabalho paciente pode-se construir a confiança mútua, superar o peso da história; e que as diferenças políticas e culturais entre os povos sejam uma razão para trabalhar em uma compreensão maior", disse-lhes o Pontífice, discursando no Campo de Esportes da escola de São Maron de Nicósia, dirigido pela Igreja de rito maronita.
Por isso, convidou os católicos a "criar essa confiança mútua entre cristãos e não-cristãos como base para a consolidação da paz duradoura e da harmonia entre os povos de diferentes religiões, regiões políticas e bagagens culturais".
O bispo de Roma encorajou os católicos cipriotas a buscarem "uma maior unidade na caridade com os demais cristãos e o diálogo com aqueles que não são cristãos".
"Especialmente desde o Concílio Vaticano II, a Igreja comprometeu-se a avançar pelo caminho de um melhor entendimento com nossos irmãos cristãos, com o propósito de unir cada vez mais fortemente no amor e na amizade a todos os batizados", recordou.
Neste sentido, assegurou, os católicos cipriotas poderão oferecer uma "contribuição pessoal" ao objetivo da unidade entre os cristãos.
"Somente através do trabalho paciente pode-se construir a confiança mútua, superar o peso da história; e que as diferenças políticas e culturais entre os povos sejam uma razão para trabalhar em uma compreensão maior", disse-lhes o Pontífice, discursando no Campo de Esportes da escola de São Maron de Nicósia, dirigido pela Igreja de rito maronita.
Por isso, convidou os católicos a "criar essa confiança mútua entre cristãos e não-cristãos como base para a consolidação da paz duradoura e da harmonia entre os povos de diferentes religiões, regiões políticas e bagagens culturais".
O bispo de Roma encorajou os católicos cipriotas a buscarem "uma maior unidade na caridade com os demais cristãos e o diálogo com aqueles que não são cristãos".
"Especialmente desde o Concílio Vaticano II, a Igreja comprometeu-se a avançar pelo caminho de um melhor entendimento com nossos irmãos cristãos, com o propósito de unir cada vez mais fortemente no amor e na amizade a todos os batizados", recordou.
Neste sentido, assegurou, os católicos cipriotas poderão oferecer uma "contribuição pessoal" ao objetivo da unidade entre os cristãos.
Papa propõe verdade e reconciliação para alcançar unidade de Chipre
Ao se despedir da ilha, ratifica o compromisso ecumênico e de diálogo com o IslãLARNACA, domingo, 6 de junho de 2010 (ZENIT.org). - Ao se despedir de Chipre, Bento XVI apresentou, na tarde deste domingo, a verdade e a reconciliação como as duas chaves que permitirão um futuro de unidade para Chipre.
Na cerimônia de despedida, que aconteceu no Aeroporto Internacional de Larnaca, na presença do presidente de Chipre, Demetris Christofias, o Papa confirmou o compromisso da Igreja Católica na busca da unidade plena com as Igrejas Ortodoxas e o diálogo com os crentes do Islã.
Ao concluir a primeira visita de um bispo de Roma a esta ilha, que havia começado em 4 de junho, o Papa falou da separação que Chipre vive com o norte da ilha, ocupado pela Turquia desde 1974.
O próprio Pontífice foi testemunha desta divisão, pois nestes dias se hospedou na nunciatura apostólica, que se encontra na "linha verde" ou área de separação entre as duas partes da ilha, sob controle das Nações Unidas.
"Pude ver pessoalmente algo da triste divisão da ilha, assim como perceber uma parte significativa de uma herança cultural que pertence a toda a humanidade.", reconheceu.
"Pude também escutar os cipriotas do norte que queriam retornar em paz às suas casas e aos seus lugares de culto, e fiquei profundamente impressionado por seus pedidos", destacou.
Para o Papa, "a verdade e a reconciliação, junto ao respeito mútuo, são o fundamento mais sólido para um futuro de unidade e de paz para esta ilha e para a estabilidade e prosperidade de todos os seus habitantes".
O Bispo de Roma reconheceu que, "nos anos passados, alcançamos algo muito positivo por meio de um diálogo concreto; porém, resta ainda muito por fazer para superar as divisões", encorajando os participantes a "trabalhar com paciência e consistência com vossos vizinhos para construir um futuro melhor e mais seguro para vossos filhos".
Diálogo ecumênico com o Islã
Agradecendo o acolhimento feito por Crisóstomos II, arcebispo ortodoxo de Chipre, confissão à qual pertence 81,5% da população, o sucessor de Pedro confiou em que sua visita possa dar um passo "maior no caminho que foi aberto com o abraço em Jerusalém", em 1964, entre o então patriarca ecumênico de Constantinopla, Atenágoras, e o Papa Paulo VI.
A partir desse encontro, foi definida, em 1965, a revogação dos decretos de excomunhão mútua lançados em 1054 e que levaria à separação das Igrejas Ortodoxas de Roma.
"Recebemos um convite divino a ser irmãos, a caminhar um ao lado do outro na fé, com humildade, diante de Deus onipotente, e com inseparáveis laços de afeto mútuo", afirmou.
Assim, garantiu que "a Igreja Católica, com a graça de Deus, se comprometerá para alcançar o objetivo da perfeita unidade na caridade, por meio de uma estima profunda pelo mais querido para católicos e ortodoxos".
Por último, expressou sua esperança de que juntos, "cristãos e muçulmanos, se convertam em agentes de paz e reconciliação entre os cipriotas, o que se transformará em exemplo para os demais países".
A cerimônia de despedida concluiu assim como começou a visita, com a bênção de uma árvore de oliva, símbolo de paz.
Depois do ato, o Papa entrou no avião, modelo A320 da Cyprus Airways, que o levou de volta a Roma.
Na cerimônia de despedida, que aconteceu no Aeroporto Internacional de Larnaca, na presença do presidente de Chipre, Demetris Christofias, o Papa confirmou o compromisso da Igreja Católica na busca da unidade plena com as Igrejas Ortodoxas e o diálogo com os crentes do Islã.
Ao concluir a primeira visita de um bispo de Roma a esta ilha, que havia começado em 4 de junho, o Papa falou da separação que Chipre vive com o norte da ilha, ocupado pela Turquia desde 1974.
O próprio Pontífice foi testemunha desta divisão, pois nestes dias se hospedou na nunciatura apostólica, que se encontra na "linha verde" ou área de separação entre as duas partes da ilha, sob controle das Nações Unidas.
"Pude ver pessoalmente algo da triste divisão da ilha, assim como perceber uma parte significativa de uma herança cultural que pertence a toda a humanidade.", reconheceu.
"Pude também escutar os cipriotas do norte que queriam retornar em paz às suas casas e aos seus lugares de culto, e fiquei profundamente impressionado por seus pedidos", destacou.
Para o Papa, "a verdade e a reconciliação, junto ao respeito mútuo, são o fundamento mais sólido para um futuro de unidade e de paz para esta ilha e para a estabilidade e prosperidade de todos os seus habitantes".
O Bispo de Roma reconheceu que, "nos anos passados, alcançamos algo muito positivo por meio de um diálogo concreto; porém, resta ainda muito por fazer para superar as divisões", encorajando os participantes a "trabalhar com paciência e consistência com vossos vizinhos para construir um futuro melhor e mais seguro para vossos filhos".
Diálogo ecumênico com o Islã
Agradecendo o acolhimento feito por Crisóstomos II, arcebispo ortodoxo de Chipre, confissão à qual pertence 81,5% da população, o sucessor de Pedro confiou em que sua visita possa dar um passo "maior no caminho que foi aberto com o abraço em Jerusalém", em 1964, entre o então patriarca ecumênico de Constantinopla, Atenágoras, e o Papa Paulo VI.
A partir desse encontro, foi definida, em 1965, a revogação dos decretos de excomunhão mútua lançados em 1054 e que levaria à separação das Igrejas Ortodoxas de Roma.
"Recebemos um convite divino a ser irmãos, a caminhar um ao lado do outro na fé, com humildade, diante de Deus onipotente, e com inseparáveis laços de afeto mútuo", afirmou.
Assim, garantiu que "a Igreja Católica, com a graça de Deus, se comprometerá para alcançar o objetivo da perfeita unidade na caridade, por meio de uma estima profunda pelo mais querido para católicos e ortodoxos".
Por último, expressou sua esperança de que juntos, "cristãos e muçulmanos, se convertam em agentes de paz e reconciliação entre os cipriotas, o que se transformará em exemplo para os demais países".
A cerimônia de despedida concluiu assim como começou a visita, com a bênção de uma árvore de oliva, símbolo de paz.
Depois do ato, o Papa entrou no avião, modelo A320 da Cyprus Airways, que o levou de volta a Roma.
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