Beata Teresa, viúva, religiosa, +1250

A infanta Teresa de Portugal, filha de D. Sancho I, nasceu em 1177 e foi rainha de Leão, tendo tido três filhos antes da declaração da nulidade do seu casamento com Afonso IX, por consanguinidade. Voltando ao nosso país, recolheu ao mosteiro de Lorvão, onde se fez cisterciense. Restaurou o velho convento e ali se refugiou durante a guerra que seu marido moveu contra o rei português para fazer valer os direitos que alegava deter pelo seu matrimónio então desfeito. Ficou conhecida pela sua caridade para com os humildes e desprotegidos.
Teve papel importante na procura de uma solução para as contendas entre seus sobrinho Sancho II e Afonso III .
Beata Mafalda, virgem, +1256

Apesar de ter casado com o rei Henrique I de Castela, esta filha de D. Sancho I não chegou a consumar o matrimónio uma vez que o marido morreu, ainda de menor idade. A infanta D. Mafalda preferiu então recolher-se ao mosteiro cisterciense de Arouca, tendo consagrado a Deus o resto da sua vida. Distribuiu todos os seus bens por mosteiros e conventos, ordens religiosas e igrejas catedrais. Morreu com mais de 60 anos e deixou, por toda a parte, uma memória de grande generosidade e desprendimento, sendo abençoada pela devoção dos fiéis.
Foi beatificada, juntamente com as suas irmãs, em 1705.
Beata Sancha, virgem, +1229

Nascida em Coimbra, em 1180, filha de D. Sancho I e da rainha D. Dulce, a infanta D. Sancha foi educada na piedade e austeridade. Quando herdou de seu pai a vila de Alenquer e o seu termo, ali fundou dois conventos, confiando um aos dominicanos e o outro aos franciscanos. Para si mesmo, fundou o convento de Celas, em Coimbra, onde toma o hábito de cisterciense e ficou a residir até à sua morte.
Beato Francisco Pacheco, presbítero e mártir, +1626

Nasceu em Ponte de Lima em 1565. Sobrinho de um mártir do Japão, ficou de tal forma entusiasmado com a história do tio que fez voto de ser também mártir, tendo apenas 10 anos. No entanto, já tinha vinte anos quando entrou para a Companhia de Jesus, tendo sido ordenado sacerdote em Goa. Em 1604 já estava no Japão, donde teve de fugir duas vezes devido ao clima de perseguição que aí se vivia. Acabou por ser feito prisioneiro e levado para Nagasaqui, onde foi queimado vivo em 1626. Com ele, morreram mais dois padres jesuítas, alguns catequistas, três famílias acusadas de o terem acolhido e ainda um menino chamado Luís.
Numa das suas últimas cartas escrevia: “Estamos todos já muito cansados e cortados, dos trabalhos desta perseguição; porém, as esperanças de nos caber alguma boa sorte de martírio nos animam e fazem continuar e fazer da fraqueza forças, esperando nessa hora em que nos caiba a ditosa sorte”.
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