PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR
Gostar de imagens é falta de cultura ou coisa boa?
Todo o exagero faz mal. Sempre encontramos pessoas que extrapolam ou agem sem saber o alcance e o significado do que fazem. É o caso do uso de imagens e o culto aos santos.
Imagem é um tipo de linguagem universal, mais segura e menos frágil que a palavra. A fácil compreensão da imagem fez com que a humanidade expressasse sua cultura através de figuras, desenhos. Assim nos passaram suas crenças, histórias e cultura.
E não foi sem sentido que a Igreja usou esse meio de linguagem para repassar sua catequese e sua doutrina, quer substituindo figuras do culto pagão, quer expressando momentos significativos de fé na vida de algumas pessoas ou cenas bíblicas.
A intenção foi sempre boa, porque visava sensibilizar as pessoas para a realidade da fé. O caminho do povo com seus santos e devoções sempre teve e tem seus exageros, nascidos exatamente da falta de cultura e do desejo e necessidade de proteção cravados no coração das pessoas. Mas há alguns elementos básicos que devemos fixar:
1. Imagem de santo não é ídolo (a menos que a pessoa o faça). Ídolo diz respeito à concepção da pessoa e à ideologia que está por trás disso. Nenhuma expressão é transformada em Deus.
2. Imagem é uma expressão cultural de nossa crença. Nossos santos são pessoas que viveram o Evangelho dia a dia e enfrentaram, por causa da fé, as injustiças do mundo, mostrando um caminho, uma saída para os problemas e dificuldades de cada época.
3. Como expressão cultural de uma crença, a imagem lembra-nos a comunhão dos santos de que falamos na profissão de fé, que chamamos “Creio em Deus Pai”.
4. Ninguém é obrigado a cultuar os santos e nem a ter imagens consigo. E até é bom que nos restrinjamos um pouco nessa questão de ter imagens, porque há verdadeiros exageros. Imagem não tem poder, é uma evocação, uma lembrança, uma fotografia.
Nós somos uma comunidade de salvação: os vivos e os mortos. Eles que já gozam da ressurreição podem interceder por nós. Tudo o que fazemos de bom serve também para os outros, santificando a vida da comunidade.
A televisão oferece-nos continuamente uma boa quantidade de heróis, verdadeiros ídolos com pés de barro, durando pouco na memória do povo. Eles pouco ajudam na construção de uma vida digna e de uma sociedade mais fraterna e humana. Por que não podemos exaltar a memória daqueles que nos abrem caminho e nos ensinam como viver solidários e a construir uma sociedade mais justa e fraterna?
Imagem dos santos é expressão gostosa de nossa piedade e devoção popular; expressão de uma cultura que para nós tem muita importância.
DO LIVRO:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUME 6
EDITORA SANTUÁRIO
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br
Gostar de imagens é falta de cultura ou coisa boa?
Todo o exagero faz mal. Sempre encontramos pessoas que extrapolam ou agem sem saber o alcance e o significado do que fazem. É o caso do uso de imagens e o culto aos santos.
Imagem é um tipo de linguagem universal, mais segura e menos frágil que a palavra. A fácil compreensão da imagem fez com que a humanidade expressasse sua cultura através de figuras, desenhos. Assim nos passaram suas crenças, histórias e cultura.
E não foi sem sentido que a Igreja usou esse meio de linguagem para repassar sua catequese e sua doutrina, quer substituindo figuras do culto pagão, quer expressando momentos significativos de fé na vida de algumas pessoas ou cenas bíblicas.
A intenção foi sempre boa, porque visava sensibilizar as pessoas para a realidade da fé. O caminho do povo com seus santos e devoções sempre teve e tem seus exageros, nascidos exatamente da falta de cultura e do desejo e necessidade de proteção cravados no coração das pessoas. Mas há alguns elementos básicos que devemos fixar:
1. Imagem de santo não é ídolo (a menos que a pessoa o faça). Ídolo diz respeito à concepção da pessoa e à ideologia que está por trás disso. Nenhuma expressão é transformada em Deus.
2. Imagem é uma expressão cultural de nossa crença. Nossos santos são pessoas que viveram o Evangelho dia a dia e enfrentaram, por causa da fé, as injustiças do mundo, mostrando um caminho, uma saída para os problemas e dificuldades de cada época.
3. Como expressão cultural de uma crença, a imagem lembra-nos a comunhão dos santos de que falamos na profissão de fé, que chamamos “Creio em Deus Pai”.
4. Ninguém é obrigado a cultuar os santos e nem a ter imagens consigo. E até é bom que nos restrinjamos um pouco nessa questão de ter imagens, porque há verdadeiros exageros. Imagem não tem poder, é uma evocação, uma lembrança, uma fotografia.
Nós somos uma comunidade de salvação: os vivos e os mortos. Eles que já gozam da ressurreição podem interceder por nós. Tudo o que fazemos de bom serve também para os outros, santificando a vida da comunidade.
A televisão oferece-nos continuamente uma boa quantidade de heróis, verdadeiros ídolos com pés de barro, durando pouco na memória do povo. Eles pouco ajudam na construção de uma vida digna e de uma sociedade mais fraterna e humana. Por que não podemos exaltar a memória daqueles que nos abrem caminho e nos ensinam como viver solidários e a construir uma sociedade mais justa e fraterna?
Imagem dos santos é expressão gostosa de nossa piedade e devoção popular; expressão de uma cultura que para nós tem muita importância.
DO LIVRO:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUME 6
EDITORA SANTUÁRIO
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar. Sua participação é muito importante para nós. Deixe seu e-mail para podermos lhe contatar.