Pe. Luiz Carlos de Oliveira CSsR
“Um fogo que se acende”
Luz que sai da pedra
Na tradição mais antiga da liturgia da Vigília Pascal, no Sábado Santo, era costume acender o fogo com a pederneira, isto é, tirar o fogo da pedra por um pedacinho de ferro. Muitos usavam esse método primitivo. Na liturgia, a cerimônia do fogo novo tirado da pedra simbolizava a luz de Cristo, saído da pedra do sepulcro. Complicado, mas simbólico. Com aquele fogo se acendia a fogueira e, desta, o círio pascal. Cristo é a Luz que sai da pedra do sepulcro para iluminar o mundo. Rezamos na bênção do fogo novo “...Concedei, que a festa da Páscoa acenda em nós tal desejo do céu, e possamos chegar purificados à festa da luz eterna”. A luz de Cristo ressuscitado purifica para a vida eterna. Na celebração acendemos nossas velas na luz do Círio para lembrar a participação na mesma Luz e Vida. A redenção é uma iluminação interior para que possamos ver as coisas de Deus. A noite do mal, onde estávamos mergulhados antes da redenção, é iluminada por Cristo que é a Luz que vem de Deus, como disse Jesus: “Eu, a Luz, vim ao mundo para que aquele que crê em mim não permaneça nas trevas” (Jo 12,46); E também: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12); A simbologia da luz está ligada à visão. A cura dos cegos indicava o ato de fé: crer é ver a Luz. O cego que foi curado no caminho de Jericó, começou a ver e seguiu Jesus: “Disse-lhe Jesus: ‘Vai, a tua fé te salvou’. E imediatamente recuperou a vista, e O foi seguindo pelo caminho” (Mc 10,52). Ver com a luz de Jesus é vencer o mal: “Quem age segundo a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas obras são feitas em Deus” (Jo 12,21).
Corações de pedra
Há uma luta entre as trevas e a luz. Jesus disse: “O julgamento é este: A luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas que a luz, porque as suas obras eram más” (Jo 3,19). Ele recebeu a recusa dos corações endurecidos na maldade. Jesus falava em parábolas e citou Isaias para mostrar o mistério da recusa: “Porque veem sem ver, e ouvem sem ouvir nem entender. É neles que se cumpre a profecia de Isaías que diz: “Haveis de ouvir e jamais entendereis, haveis de enxergar, e jamais vereis. Porque o coração deste povo se tornou insensível. E eles ouviram de má vontade e fecharam os olhos para não acontecer que vejam com os olhos e ouçam com os ouvidos e entendam com o coração e se convertam e assim eu os cure”’ (Mt 13,15 – Is 6,9-10). É o mistério do endurecimento do coração como diz Paulo: “Nosso evangelho está velado para os que se perdem, os incrédulos, para os quais, o deus deste mundo obscureceu a inteligência, para que não vejam brilhar a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que - é a imagem de Deus” (2Cor 4,4).Por isso Jesus diz: “Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus (Jo 3,3).
Jorrando da pedra
Nós retomamos em nossa vida a vida de Jesus. Como Ele iluminou, somos aptos a iluminar e fornecer a luz que jorra de dentro de nós, como aconteceu a João Batista que deu testemunho da luz: “João não era a luz, mas veio para testemunhar a Luz, a Luz verdadeira que vindo ao mundo, ilumina todos homens” (Jo 1,9). Mudamos, “pois outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz pois o fruto da luz está em toda a bondade, e justiça e verdade” (Ef 5,8-9). “Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há ocasião de queda” (1Jo 2,10). Jorrar é viver o Evangelho. Nesse tempo pascal aprofundamos nosso relacionamento com Jesus e o anunciamos porque somos luz na Luz.
MAIO - 2010
“Um fogo que se acende”
Luz que sai da pedra
Na tradição mais antiga da liturgia da Vigília Pascal, no Sábado Santo, era costume acender o fogo com a pederneira, isto é, tirar o fogo da pedra por um pedacinho de ferro. Muitos usavam esse método primitivo. Na liturgia, a cerimônia do fogo novo tirado da pedra simbolizava a luz de Cristo, saído da pedra do sepulcro. Complicado, mas simbólico. Com aquele fogo se acendia a fogueira e, desta, o círio pascal. Cristo é a Luz que sai da pedra do sepulcro para iluminar o mundo. Rezamos na bênção do fogo novo “...Concedei, que a festa da Páscoa acenda em nós tal desejo do céu, e possamos chegar purificados à festa da luz eterna”. A luz de Cristo ressuscitado purifica para a vida eterna. Na celebração acendemos nossas velas na luz do Círio para lembrar a participação na mesma Luz e Vida. A redenção é uma iluminação interior para que possamos ver as coisas de Deus. A noite do mal, onde estávamos mergulhados antes da redenção, é iluminada por Cristo que é a Luz que vem de Deus, como disse Jesus: “Eu, a Luz, vim ao mundo para que aquele que crê em mim não permaneça nas trevas” (Jo 12,46); E também: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12); A simbologia da luz está ligada à visão. A cura dos cegos indicava o ato de fé: crer é ver a Luz. O cego que foi curado no caminho de Jericó, começou a ver e seguiu Jesus: “Disse-lhe Jesus: ‘Vai, a tua fé te salvou’. E imediatamente recuperou a vista, e O foi seguindo pelo caminho” (Mc 10,52). Ver com a luz de Jesus é vencer o mal: “Quem age segundo a verdade aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas obras são feitas em Deus” (Jo 12,21).
Corações de pedra
Há uma luta entre as trevas e a luz. Jesus disse: “O julgamento é este: A luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas que a luz, porque as suas obras eram más” (Jo 3,19). Ele recebeu a recusa dos corações endurecidos na maldade. Jesus falava em parábolas e citou Isaias para mostrar o mistério da recusa: “Porque veem sem ver, e ouvem sem ouvir nem entender. É neles que se cumpre a profecia de Isaías que diz: “Haveis de ouvir e jamais entendereis, haveis de enxergar, e jamais vereis. Porque o coração deste povo se tornou insensível. E eles ouviram de má vontade e fecharam os olhos para não acontecer que vejam com os olhos e ouçam com os ouvidos e entendam com o coração e se convertam e assim eu os cure”’ (Mt 13,15 – Is 6,9-10). É o mistério do endurecimento do coração como diz Paulo: “Nosso evangelho está velado para os que se perdem, os incrédulos, para os quais, o deus deste mundo obscureceu a inteligência, para que não vejam brilhar a luz do Evangelho da Glória de Cristo, que - é a imagem de Deus” (2Cor 4,4).Por isso Jesus diz: “Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus (Jo 3,3).
Jorrando da pedra
Nós retomamos em nossa vida a vida de Jesus. Como Ele iluminou, somos aptos a iluminar e fornecer a luz que jorra de dentro de nós, como aconteceu a João Batista que deu testemunho da luz: “João não era a luz, mas veio para testemunhar a Luz, a Luz verdadeira que vindo ao mundo, ilumina todos homens” (Jo 1,9). Mudamos, “pois outrora éreis trevas, mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz pois o fruto da luz está em toda a bondade, e justiça e verdade” (Ef 5,8-9). “Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há ocasião de queda” (1Jo 2,10). Jorrar é viver o Evangelho. Nesse tempo pascal aprofundamos nosso relacionamento com Jesus e o anunciamos porque somos luz na Luz.
MAIO - 2010
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