PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR
Não fiz minha Primeira Comunhão. Que faço agora?
Quantas pessoas já com certa idade chegam para tirar suas dúvidas e uma delas é a de não terem feito sua Primeira Comunhão. Para quem está desavisado, o problema se resolve fazendo um curso na catequese, confessando e comungando. Mas se fizermos a pergunta: “Você já comungou alguma vez?”, ou “Já tomou a hóstia alguma vez?”, na resposta vamos perceber onde está a dificuldade, porque a pessoa já comungou uma ou várias vezes. Ela não fez a Primeira Comunhão festiva, com velas, enfeites, festas de uma Primeira Comunhão em grupo feita com crianças.
A comunidade tem o costume de preparar as crianças na catequese. Como será a primeira vez que a criança vai comungar, há certos ritos e comemorações que dão importância a esse momento da sua vida: vestido, velas, enfeites, diplomas, ensaios, cerimônias etc., que às vezes distraem as crianças em vez de conscientizar. Que terror a andança de fotógrafos por todos os lados durante a celebração. Que horror a conversa das “tias e comadres” mais preocupadas com os enfeites da criança do que com a comunhão que vai receber.
Quando há grupos de adultos que se preparam, também acontecem situações semelhantes, visando uma celebração participada da própria comunidade. Porém alguns adultos são preparados em particular ou procuram um sacerdote que lhes dá uma formação bem resumida explicando o essencial. E eles fazem sua Primeira Comunhão no meio do povo, sem chamar atenção de ninguém, porque já não interessa chamar atenção, porque já provocaria certo mal-estar na pessoa.
Acontece também que, por falta de orientação dos pais, falta de catequese, mudança para lugares sem recurso, alguns entram na fila e comungam sem muita informação ou sem nenhuma preparação. O que dizer? Bem ou mal, já fizeram sua Primeira Comunhão.
Deveriam ter sempre uma boa preparação para uma comunhão consciente e proveitosa, mas infelizmente já fizeram sua Primeira Comunhão. Resta agora procurar uma catequese ou alguém que lhes dê uma instrução religiosa ou peguem um catecismo e conheçam o que estão fazendo, conheçam as verdades da fé. Agora não cabe mais a preocupação; o que foi feito, está feito.
Acredito que as comunidades deveriam rever sua prática de preparação para a Primeira Comunhão, o que se ensina nas aulas de catecismo, sem abolir ritos e celebrações que deixam marcas agradáveis nas crianças. Muitas exigências dificultam a participação dos mais pobres e simples. Os tempos de longa duração dessa catequese acabam provocando a fuga daqueles que mais precisariam dela. A desculpa de aproveitar a oportunidade faz não perceber que a longa preparação transforma a catequese em um castigo e por isso mesmo, uma vez que tiraram o diploma, eles não voltam mais.
DO LIVRO:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUME 3
EDITORA SANTUÁRIO
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br
Não fiz minha Primeira Comunhão. Que faço agora?
Quantas pessoas já com certa idade chegam para tirar suas dúvidas e uma delas é a de não terem feito sua Primeira Comunhão. Para quem está desavisado, o problema se resolve fazendo um curso na catequese, confessando e comungando. Mas se fizermos a pergunta: “Você já comungou alguma vez?”, ou “Já tomou a hóstia alguma vez?”, na resposta vamos perceber onde está a dificuldade, porque a pessoa já comungou uma ou várias vezes. Ela não fez a Primeira Comunhão festiva, com velas, enfeites, festas de uma Primeira Comunhão em grupo feita com crianças.
A comunidade tem o costume de preparar as crianças na catequese. Como será a primeira vez que a criança vai comungar, há certos ritos e comemorações que dão importância a esse momento da sua vida: vestido, velas, enfeites, diplomas, ensaios, cerimônias etc., que às vezes distraem as crianças em vez de conscientizar. Que terror a andança de fotógrafos por todos os lados durante a celebração. Que horror a conversa das “tias e comadres” mais preocupadas com os enfeites da criança do que com a comunhão que vai receber.
Quando há grupos de adultos que se preparam, também acontecem situações semelhantes, visando uma celebração participada da própria comunidade. Porém alguns adultos são preparados em particular ou procuram um sacerdote que lhes dá uma formação bem resumida explicando o essencial. E eles fazem sua Primeira Comunhão no meio do povo, sem chamar atenção de ninguém, porque já não interessa chamar atenção, porque já provocaria certo mal-estar na pessoa.
Acontece também que, por falta de orientação dos pais, falta de catequese, mudança para lugares sem recurso, alguns entram na fila e comungam sem muita informação ou sem nenhuma preparação. O que dizer? Bem ou mal, já fizeram sua Primeira Comunhão.
Deveriam ter sempre uma boa preparação para uma comunhão consciente e proveitosa, mas infelizmente já fizeram sua Primeira Comunhão. Resta agora procurar uma catequese ou alguém que lhes dê uma instrução religiosa ou peguem um catecismo e conheçam o que estão fazendo, conheçam as verdades da fé. Agora não cabe mais a preocupação; o que foi feito, está feito.
Acredito que as comunidades deveriam rever sua prática de preparação para a Primeira Comunhão, o que se ensina nas aulas de catecismo, sem abolir ritos e celebrações que deixam marcas agradáveis nas crianças. Muitas exigências dificultam a participação dos mais pobres e simples. Os tempos de longa duração dessa catequese acabam provocando a fuga daqueles que mais precisariam dela. A desculpa de aproveitar a oportunidade faz não perceber que a longa preparação transforma a catequese em um castigo e por isso mesmo, uma vez que tiraram o diploma, eles não voltam mais.
DO LIVRO:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUME 3
EDITORA SANTUÁRIO
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br
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