
PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR
Devemos ter medo de mau olhado ou malefício?
As pessoas impressionam-se tanto com certas coisas e acabam sofrendo as conseqüências. Como não sabem a explicação, logo concluem que o acontecido seja fruto de malefício ou mau olhado. Acrescente a isso o medo que surge quando, desabafando com alguém, vê confirmada a sua suspeita. O povo tem prevenção e vive sempre sob ameaça e sob o medo, vê sempre pessoas desejando o mal.
Tem-se a impressão que isso tudo provem de uma cultura muito primitiva e elementar, cultura do mítico, do medo. É mais fácil ficar com alguma explicação que procurar saber bem o que se passa, o que acontece.
A psicologia mostra-nos que a mente humana controla nosso ser e o modo de vivermos. Um pensamento firme, uma mente equilibrada não permitem que os acontecimentos ou outras pessoas exerçam influência sobre a pessoa. Quando agimos normalmente através de emoções, facilmente tudo o que acontece nos envolve de tal modo que nos deixamos levar por elas.
Por outro lado sabemos que a pessoa humana não é só raciocínio puro; é também emoção, sentimento. Dessa forma fica difícil agir apenas pela razão.
Assim como um olhar carinhoso nos envolve e nos leva numa direção conduzindo nosso dia, nosso humor no trabalho, uma palavra de consolo nos afeta de modo positivo, também um olhar de ódio, de rancor, pode-nos influenciar. É preciso ter a capacidade de reagir ao negativo que nos toca. O hipnotismo é uma prova disso e acontece quando nós permitimos que alguém nos domine e conduza nosso pensamento.
A questão está no aceitar ou não aceitar. É certo que as pessoas não possuem um poder sobrenatural para nos fazer mal. Elas podem ter força da mente, a força do ódio, enquanto nós temos a força para reagir diante de tudo isso.
Uma boa formação cristã ajudaria muito a essas pessoas negativas ou facilmente influenciáveis. Deus é Pai que nos acompanha, o pastor que nos conduz (Salmo 23), Ele pode-nos dar a paz. A certeza de estarmos com Deus é também a certeza de que nenhum mal nos poderá tocar. O bem, o amor, a oração são respostas que podemos dar a tudo o que percebemos de mau nas pessoas.
Quando nossas forças são poucas e nos encontramos fracos, vamos buscar na oração pessoal e comunitária a força que nos falta, adquirindo confiança (Ef 6,16-18).
Ao lado de tantas coisas tristes, aprendamos a perceber coisas boas que nos rodeiam, verdadeiros presentes de Deus mostrando sua presença e seu amor por nós. Tenham confiança.
DO LIVRO:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUME 6
EDITORA SANTUÁRIO
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br
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