PADRE RUBEM LEME GALVÃO CSsR"OI, PADRE!"
Assim como Jesus, o missionário não tem parada. E, sempre lembrando, nas suas andanças ele tem de se acomodar às situações mais diversas. Ora é hospedado com maior conforto, ora tem de aceitar o que os mais pobres podem oferecer, e o fazem sempre com muito carinho e amor.
Há por esses brasis, lugares aonde ainda não chegou a eletricidade, não há geladeira, chuveiro elétrico etc...A iluminação é à base de lampiões de gás ou ainda de lamparinas a querosene.
E lá estava o missionário, o padre José Costa, numa situação dessas.
Chegou o momento em que o banho fazia-se indispensável. Mas como não havia nenhum rio perto de casa ou, em casa, aquele "balde regador" que, uma vez cheio, se ergue até à altura necessária para fazer as vezes do chuveiro...
O padre fala com a dona da casa que, solícita, aquece uma chaleira de água e a tempera em uma grande bacia colocada no quarto do missionário.
Acontece, porém, que o quarto não tinha porta, somente uma "cortina" daquelas de tirinhas de plástico!
Mas, como estavam no momento só a dona da casa e sua filhinha, o padre confia na discrição da mulher e, um tanto receoso, tira a roupa.
De frente para a frágil proteção das tirinhas, senta-se na bacia e começa a lavar-se.
Já estava mais seguro de si e usufruindo da gostosa água morna, quando vê as tirinhas se afastarem e, pela fresta aberta, aparecer a cabeça da garotinha que, agitando as mãozinhas, lhe diz:-"Oi, padre!"
Nada mais restou ao assustado missionário, senão proteger com uma das mãos o que mais interessava...e, agitando a outra, respondeu com um soriso meio forçado:-"Oi!"
REVISTA DE APARECIDA
Abril - 2010
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