PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR
Perdão e amizade: serão sempre possíveis?
Ao lado de tantas pessoas que não se preocupam em amar os outros e nada fazem para viver a fraternidade até entre irmãos de sangue, há tantas outras preocupadas por não conseguirem manter a amizade mesmo com gente da própria família.
É uma situação que nasce de certos desencontros, brigas, fofocas, heranças, e tantos outros. Esses desencontros levam pessoas a se manterem distantes umas das outras.
O perdão sempre tem de ser dado em qualquer situação, e o fato de ter perdoado pode levar a um reatamento da amizade. Mas às vezes a inimizade continua. E nem sempre o perdão exige que se volte à amizade.
Precisa-se fazer um discernimento. Afinal vivemos num mundo muito custoso onde nem sempre as pessoas se comportam como equilibradas; outras são mal-informadas, quando não são mesmo educadas. Mal-educados para viverem em fraternidade, incapazes de um raciocínio ou doentes. Elas não são capazes de receber as pessoas. Nesses casos precisa ter prudência e não procurá-las criando mais problemas ainda.
Também não somos obrigados a sentir simpatia por todos; há pessoas que, por seu gênio, atitudes, modo de se colocar diante dos outros, são antipáticas. Erro quando me deixo levar por simpatia ou antipatias e evito ajudar as pessoas. Acima de tudo está a caridade.
Voltamos a dizer que é preciso perdoar. Contudo, se já tentamos uma aproximação que resultou em mais problemas e intrigas, seguramente podemos ficar em nosso lugar, quietos em nosso canto sem nos preocuparmos em ter amizade com essas pessoas.
Faça sempre o que é possível para ser amigo, ser fraterno. E se isso for impossível, você já fez a sua parte. Continue sua vida tranqüilo e feliz. Se algum dia aparecer um sinal de que a situação se modificou, então tente mais uma vez uma aproximação.
Reze por essas pessoas, porque nem sempre são maldosas; elas são malformadas e não foram educadas para uma vida em comunidade e nem mesmo para viverem em sociedade.
Nada disso vai impedir minha participação na missa, porque minha consciência me diz quando sou sincero para com esses irmãos e como gostaria que tudo fosse tão diferente.
É lamentável que em um mundo feito por Deus para ser um céu já aqui as pessoas consigam agredir-se, amesquinhar-se, a ponto de não se considerarem filhos de um mesmo Pai que é Deus, criando a violência, as divisões e as exclusões de irmãos.
DO LIVRO:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUME 3
EDITORA SANTUÁRIO
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br
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