Pe. João A. Mac Dowell S.J.
Na aula de biologia aprendi que a morte do homem, como de todos os animais, é um fenômeno natural. Como é que a Igreja ensina que a morte existe por causa do pecado de Adão e Eva?
De fato, o ser humano, por seu corpo, faz parte da natureza. A Bíblia reconhece isso, quando diz na sua linguagem figurada que Adão foi plasmado com o pó da terra e em pó se converterá. Como nas outras espécies animais, a vida orgânica de cada indivíduo do gênero humano tem uma duração limitada. Depois de um período de crescimento e de maturidade, ela começa a declinar até a morte. Neste sentido a morte do homem é um fenômeno biológico que acontece naturalmente, independentemente de qualquer pecado que tenha cometido.
Mas a Bíblia ensina que, ao criar os primeiros seres humanos, Deus fez com eles uma aliança. Adotou-os como filhos, oferecendo-lhes uma vida acima de suas possibilidades naturais. Conforme este plano de Deus, o ser humano seria imortal. Não podemos imaginar exatamente o que aconteceria, mas sabemos pela fé que, nesta situação, depois de viver algum tempo neste mundo a pessoa passaria para a vida definitiva na companhia de Deus, sem envelhecer nem sofrer a morte.
Mas a Bíblia também ensina que o homem e a mulher desde o princípio romperam a aliança com Deus: não observaram as condições que ele tinha posto para que fossem livres da morte e destinados à vida eterna. Com sua recusa o ser humano perdeu desde o princípio o dom da imortalidade, permanecendo sujeito à morte como os outros animais. É o significado profundo da história de Adão e Eva.
Uma comparação bastante banal poderá esclarecer melhor esta verdade. Uma fruta madura apodrece depois de algum tempo. Mas, o processo natural de decomposição é sustado, se ela é conservada num ambiente refrigerado. Assim também Deus pretendia introduzir o ser humano num ambiente especial, onde ele não sofreria a decomposição da morte. Mas tendo recusado este dom, ele ficou sujeito à morte, de acordo com sua natureza animal.
Portanto, não há contradição entre o que diz a Bíblia e o que ensina a ciência. Falam de coisas diferentes. A ciência não pode dizer nada nem a favor nem contra as afirmações de nossa fé. A morte é um fenômeno natural, porque o nosso organismo por sua própria constituição tende a dissolver-se. Mas é, ao mesmo tempo, conseqüência do pecado, porque Deus tinha oferecido ao ser humano a possibilidade de não morrer. Por sua culpa, ele destruíu o plano de Deus, perdendo o dom gratuito da imortalidade. Por isso permanecemos em nossa condição natural de seres mortais, como atesta a ciência.
DO LIVRO:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUMES 1 E 2
EDITORA SANTUÁRIO
João A. Mac Dowell S.J.
http://www.redemptor.com.br
Na aula de biologia aprendi que a morte do homem, como de todos os animais, é um fenômeno natural. Como é que a Igreja ensina que a morte existe por causa do pecado de Adão e Eva?
De fato, o ser humano, por seu corpo, faz parte da natureza. A Bíblia reconhece isso, quando diz na sua linguagem figurada que Adão foi plasmado com o pó da terra e em pó se converterá. Como nas outras espécies animais, a vida orgânica de cada indivíduo do gênero humano tem uma duração limitada. Depois de um período de crescimento e de maturidade, ela começa a declinar até a morte. Neste sentido a morte do homem é um fenômeno biológico que acontece naturalmente, independentemente de qualquer pecado que tenha cometido.
Mas a Bíblia ensina que, ao criar os primeiros seres humanos, Deus fez com eles uma aliança. Adotou-os como filhos, oferecendo-lhes uma vida acima de suas possibilidades naturais. Conforme este plano de Deus, o ser humano seria imortal. Não podemos imaginar exatamente o que aconteceria, mas sabemos pela fé que, nesta situação, depois de viver algum tempo neste mundo a pessoa passaria para a vida definitiva na companhia de Deus, sem envelhecer nem sofrer a morte.
Mas a Bíblia também ensina que o homem e a mulher desde o princípio romperam a aliança com Deus: não observaram as condições que ele tinha posto para que fossem livres da morte e destinados à vida eterna. Com sua recusa o ser humano perdeu desde o princípio o dom da imortalidade, permanecendo sujeito à morte como os outros animais. É o significado profundo da história de Adão e Eva.
Uma comparação bastante banal poderá esclarecer melhor esta verdade. Uma fruta madura apodrece depois de algum tempo. Mas, o processo natural de decomposição é sustado, se ela é conservada num ambiente refrigerado. Assim também Deus pretendia introduzir o ser humano num ambiente especial, onde ele não sofreria a decomposição da morte. Mas tendo recusado este dom, ele ficou sujeito à morte, de acordo com sua natureza animal.
Portanto, não há contradição entre o que diz a Bíblia e o que ensina a ciência. Falam de coisas diferentes. A ciência não pode dizer nada nem a favor nem contra as afirmações de nossa fé. A morte é um fenômeno natural, porque o nosso organismo por sua própria constituição tende a dissolver-se. Mas é, ao mesmo tempo, conseqüência do pecado, porque Deus tinha oferecido ao ser humano a possibilidade de não morrer. Por sua culpa, ele destruíu o plano de Deus, perdendo o dom gratuito da imortalidade. Por isso permanecemos em nossa condição natural de seres mortais, como atesta a ciência.
DO LIVRO:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUMES 1 E 2
EDITORA SANTUÁRIO
João A. Mac Dowell S.J.
http://www.redemptor.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por comentar. Sua participação é muito importante para nós. Deixe seu e-mail para podermos lhe contatar.