Pe. João A. Mac Dowell S.J.
Para que confessar, se voltamos a cometer os mesmos pecados? A facilidade de receber o perdão na confissão não tira a seriedade do pecado e da conversão?
A Igreja recebeu de Jesus a missão de anunciar a Boa Nova do amor e perdão de Deus. Ela procura tratar os irmãos e irmãs pecadores com a mesma compaixão e confiança que Jesus mostrou para com aqueles que se aproximavam dele. Quando Pedro perguntou: "Quantas vezes terei que perdoar o meu irmão, se pecar contra mim? Até sete vezes?", Jesus respondeu: "Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete" (Mt 18,21s). Se nós devemos estar prontos a perdoar sempre, quanto mais generoso será o coração do próprio Deus?
Portanto, da parte de Deus e da Igreja o perdão não tem limites. Basta que o pecador se arrependa sinceramente do mal que cometeu. Mas esta conversão é uma condição indispensável para receber o perdão. Sem ela, a confissão não tem valor. Não se trata duma exigência arbitrária, para humilhar e castigar quem errou. O arrependimento é necessário porque perdoar significa acolher de novo o filho ingrato na casa do Pai. Se ele não quer voltar, não sente ter sido ingrato e ter perdido a companhia do Pai, não pode receber o seu perdão. Para sair do erro, é preciso reconhecê-lo, detestá-lo e querer corrigi-lo.
O nosso arrependimento é motivado às vezes pela consciência das conseqüências do pecado. Ele prejudica a minha saúde, o meu sucesso, a minha imagem. Outros temem o castigo de Deus nesta vida ou depois da morte. Podemos também ficar aborrecidos com nossas faltas, porque ferem o nosso orgulho, revelando a nossa fraqueza. Estes tipos de arrependimento podem ser um primeiro passo. Mas não são suficientes para uma verdadeira conversão. O verdadeiro arrependimento é motivado pela fé e pelo amor. Trata-se da dor de ter ofendido com minhas atitudes aquele que é meu amigo, que me deu tudo, que permanece fiel e está disposto a perdoar-me. Quem sente ter magoado o coração de Deus, porque ele é bom, procura não voltar a fazer isso. Só assim a confissão tem sentido e nos reconcilia com Deus e com os irmãos.
Mas, apesar de nosso propósito de não mais pecar, voltamos a cair. Deus conhece a nossa fraqueza e nos perdoa de novo, sempre que encontra em nós boa vontade. Quem se aproveitasse desta bondade de Deus, para não levar a sério o pecado, não se teria arrependido de verdade. Suas confissões são superficiais. Mas quem recebe o perdão de Deus, como uma prova de amor sem limites, fica profundamente agradecido e deseja firmemente não voltar a ofendê-lo. Não confia nas próprias forças. Mas com a graça de Deus sua vida vai se transformando. Suas próprias faltas o tornam mais humilde, mais pronto a perdoar e ajudar,como Jesus.E é isso que Deus quer de nós.
Do Livro:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUMES 1 E 2
EDITORA SANTUÁRIO
João A. Mac Dowell S.J.
http://www.redemptor.com.br
Para que confessar, se voltamos a cometer os mesmos pecados? A facilidade de receber o perdão na confissão não tira a seriedade do pecado e da conversão?
A Igreja recebeu de Jesus a missão de anunciar a Boa Nova do amor e perdão de Deus. Ela procura tratar os irmãos e irmãs pecadores com a mesma compaixão e confiança que Jesus mostrou para com aqueles que se aproximavam dele. Quando Pedro perguntou: "Quantas vezes terei que perdoar o meu irmão, se pecar contra mim? Até sete vezes?", Jesus respondeu: "Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete" (Mt 18,21s). Se nós devemos estar prontos a perdoar sempre, quanto mais generoso será o coração do próprio Deus?
Portanto, da parte de Deus e da Igreja o perdão não tem limites. Basta que o pecador se arrependa sinceramente do mal que cometeu. Mas esta conversão é uma condição indispensável para receber o perdão. Sem ela, a confissão não tem valor. Não se trata duma exigência arbitrária, para humilhar e castigar quem errou. O arrependimento é necessário porque perdoar significa acolher de novo o filho ingrato na casa do Pai. Se ele não quer voltar, não sente ter sido ingrato e ter perdido a companhia do Pai, não pode receber o seu perdão. Para sair do erro, é preciso reconhecê-lo, detestá-lo e querer corrigi-lo.
O nosso arrependimento é motivado às vezes pela consciência das conseqüências do pecado. Ele prejudica a minha saúde, o meu sucesso, a minha imagem. Outros temem o castigo de Deus nesta vida ou depois da morte. Podemos também ficar aborrecidos com nossas faltas, porque ferem o nosso orgulho, revelando a nossa fraqueza. Estes tipos de arrependimento podem ser um primeiro passo. Mas não são suficientes para uma verdadeira conversão. O verdadeiro arrependimento é motivado pela fé e pelo amor. Trata-se da dor de ter ofendido com minhas atitudes aquele que é meu amigo, que me deu tudo, que permanece fiel e está disposto a perdoar-me. Quem sente ter magoado o coração de Deus, porque ele é bom, procura não voltar a fazer isso. Só assim a confissão tem sentido e nos reconcilia com Deus e com os irmãos.
Mas, apesar de nosso propósito de não mais pecar, voltamos a cair. Deus conhece a nossa fraqueza e nos perdoa de novo, sempre que encontra em nós boa vontade. Quem se aproveitasse desta bondade de Deus, para não levar a sério o pecado, não se teria arrependido de verdade. Suas confissões são superficiais. Mas quem recebe o perdão de Deus, como uma prova de amor sem limites, fica profundamente agradecido e deseja firmemente não voltar a ofendê-lo. Não confia nas próprias forças. Mas com a graça de Deus sua vida vai se transformando. Suas próprias faltas o tornam mais humilde, mais pronto a perdoar e ajudar,como Jesus.E é isso que Deus quer de nós.
Do Livro:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE-VOLUMES 1 E 2
EDITORA SANTUÁRIO
João A. Mac Dowell S.J.
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