O Concílio de Calcedônia não conseguiu por termo às controvérsias cristológicas. Em 527 subiu ao trono imperial de Bizâncio Justiniano I, que muito se interessava por assuntos teológicos, em consequência, julgou que serviria à causa da verdade e da Igreja se condenasse três autores do século V tidos como nestorianos: Teodoro de Mopsuéstia, Teodoro de Ciro e Ibas de Edessa. Originou-se assim a controvérsia dos Três Capítulos, visto que os bispos orientais assumiram atitudes diversas diante da posição de Justiniano. Este constrangeu o Papa Vigílio a ir de Roma a Constantinopla para apoiar o Imperador. Finalmente Justiniano resolveu convocar um Concílio Ecumênico para dirimir a controvérsia. Este, reunido em Constantinopla de 5/05 a 2/06/553, condenou os Três Capítulos. O Papa Vigílio aprovou tal condenação depois de proclamada pelo Concílio, dando assim foros de legitimidade tanto ao Concílio de Constantinopla II quanto ao seu decreto condenatório.
O Papa S. Gregório I, em 591, confirmou o mencionado Concílio, que foi fortemente agitado por causa da indevida ingerência do Imperador.
Dom Estêvão Bettencourt O.S.B.
+ 14/04/2008
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