PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR
É pecado ser rico?
No mundo onde vivemos, observamos que há pessoas ricas e pessoas muito ricas. Por outro lado, percebemos que a pobreza desce até a miséria. O mais triste de se ver é que muitos ficam ricos à custa dos pobres.
Não somos contra os ricos, mas também não aceitamos a teologia da prosperidade que ensina que a riqueza é uma bênção de Deus; em contraponto à pobreza, que seria a falta dessa bênção.
Parece que Jesus, em diversos textos, está contra os ricos e os ameaça com a exclusão do Reino. Não podemos falar assim fazendo uma leitura não exata dos textos bíblicos. Temos de contextualizar. A análise da situação no tempo de Jesus permite ver bem o que ele queria dizer, e a lição serve para nós em nossos tempos. No tempo de Jesus, havia a exploração dos pobres, o acúmulo de riqueza nas mãos de alguns, e diziam que o que possuíam era por bênção e proteção de Deus.
Deus criou tudo e viu que tudo era bom. Lembro-me de uma frase bem catequética, escrita num muro: “Deus criou o mundo e o diabo inventou a cerca”. O dinheiro é um meio para se alcançar o desenvolvimento, o bem-estar para todos e não só para alguns privilegiados. O mal está em nossa atitude face ao dinheiro.
Porque temos ou conseguimos o dinheiro, acreditamos que podemos usá-lo como bem entendemos. Porque temos dinheiro, temos também o direito ao luxo, ao supérfluo, esquecendo-nos que a sobra não nos pertence, pois pertence aos pobres.
Um dinheiro que favoreça o luxo e o desperdício é o que Jesus condena. E mais ainda: condena a idolatria do dinheiro e do poder. Também é condenado o meio usado para conseguir o dinheiro. Porque alguns que ajudaram a adquirir o dinheiro não têm parte naquilo que ajudaram a conquistar? É ruim a desculpa que muitos usam para se justificar: eu trabalhei... Há pessoas que trabalham a vida inteira e não conseguem ganhar o que muitos desperdiçam em um ano. Quantos meios ilícitos e desonestos são usados para alcançar a riqueza. Temos também de condenar o materialismo em que muitos vivem, a ambição que cega muita gente.
É abençoado o dinheiro que gera emprego digno, que cai em suas mãos como fruto do trabalho. Não é pecado ser rico, desde que se entenda que o resultado de seu trabalho tem uma destinação social e o supérfluo não lhe pertence e tem de chegar a quem de direito, que são os pobres.
Não podemos aceitar uma sociedade que exclui os pobres do bem-estar e dos direitos fundamentais de toda pessoa humana. Aqui fica bem lembrar o comentário de Jesus sobre a precariedade da vida: O que adianta ganhar o mundo inteiro?
Do Livro:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE - VOLUME 3
EDITORA SANTUÁRIO
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br
É pecado ser rico?
No mundo onde vivemos, observamos que há pessoas ricas e pessoas muito ricas. Por outro lado, percebemos que a pobreza desce até a miséria. O mais triste de se ver é que muitos ficam ricos à custa dos pobres.
Não somos contra os ricos, mas também não aceitamos a teologia da prosperidade que ensina que a riqueza é uma bênção de Deus; em contraponto à pobreza, que seria a falta dessa bênção.
Parece que Jesus, em diversos textos, está contra os ricos e os ameaça com a exclusão do Reino. Não podemos falar assim fazendo uma leitura não exata dos textos bíblicos. Temos de contextualizar. A análise da situação no tempo de Jesus permite ver bem o que ele queria dizer, e a lição serve para nós em nossos tempos. No tempo de Jesus, havia a exploração dos pobres, o acúmulo de riqueza nas mãos de alguns, e diziam que o que possuíam era por bênção e proteção de Deus.
Deus criou tudo e viu que tudo era bom. Lembro-me de uma frase bem catequética, escrita num muro: “Deus criou o mundo e o diabo inventou a cerca”. O dinheiro é um meio para se alcançar o desenvolvimento, o bem-estar para todos e não só para alguns privilegiados. O mal está em nossa atitude face ao dinheiro.
Porque temos ou conseguimos o dinheiro, acreditamos que podemos usá-lo como bem entendemos. Porque temos dinheiro, temos também o direito ao luxo, ao supérfluo, esquecendo-nos que a sobra não nos pertence, pois pertence aos pobres.
Um dinheiro que favoreça o luxo e o desperdício é o que Jesus condena. E mais ainda: condena a idolatria do dinheiro e do poder. Também é condenado o meio usado para conseguir o dinheiro. Porque alguns que ajudaram a adquirir o dinheiro não têm parte naquilo que ajudaram a conquistar? É ruim a desculpa que muitos usam para se justificar: eu trabalhei... Há pessoas que trabalham a vida inteira e não conseguem ganhar o que muitos desperdiçam em um ano. Quantos meios ilícitos e desonestos são usados para alcançar a riqueza. Temos também de condenar o materialismo em que muitos vivem, a ambição que cega muita gente.
É abençoado o dinheiro que gera emprego digno, que cai em suas mãos como fruto do trabalho. Não é pecado ser rico, desde que se entenda que o resultado de seu trabalho tem uma destinação social e o supérfluo não lhe pertence e tem de chegar a quem de direito, que são os pobres.
Não podemos aceitar uma sociedade que exclui os pobres do bem-estar e dos direitos fundamentais de toda pessoa humana. Aqui fica bem lembrar o comentário de Jesus sobre a precariedade da vida: O que adianta ganhar o mundo inteiro?
Do Livro:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE - VOLUME 3
EDITORA SANTUÁRIO
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br
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