PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR
É preferível uma obediência cega ou um caminhar consciente?
Ainda é muito comum colhermos o resultado de tantos anos de catequese não libertadora: “Padre, isso é pecado?” ou “O que é pecado grave?” E o que dizer dos piedosos livros de orações que traziam listas inteiras de pecados com suas conseqüentes graduações?
Está na hora de trabalharmos a consciência das pessoas, dando princípios e valores evangélicos e fazendo perceber a escolha que devem fazer, uma opção livre e total. Uma opção por determinados atos faz cair na velha preocupação de salvar só sua alma, quando hoje devemos optar uma solidariedade salvífica. Além de que, devemos respeitar as circunstâncias e a capacidade de discernimento e de liberdade das pessoas.
Isso exige uma nova concepção e corajosa decisão por uma ética da responsabilidade própria para um cristão de maior idade. Exige uma nova postura face à obediência. A decisão e discernimento responsáveis purificam a obediência e fazem mais dócil e honesta a escuta da Palavra de Deus e a percepção dos sinais dos tempos. Isso faz a diferença entre obediência cega e obediência responsável.
Como continuar obrigando a participação nas missas dominicais, sem discernir e perceber os impedimentos naturais e possíveis a que estão sujeitas as pessoas na sociedade moderna?
Antes de qualquer lei, Deus já gravou sua lei natural no coração da pessoa humana e por mais que se definam os pecados, somente a pessoa, no sagrado de sua consciência, é que vai dizer o que lhe é realmente bom ou mal e qual foi sua definitiva opção.
Podemos balizar a estrada, mas não podemos fazer o caminho para ninguém. Sabemos como é muito mais fácil determinar os pecados ou dizer que é pecado ou não é pecado, do que fazer um trabalho lento para mostrar como se poderia realmente ter pecado ou ter evitado o mesmo. Se tivéssemos certeza de que tudo isso que falamos em nome de Deus, realmente Deus tivesse falado, seria bem mais seguro orientar as pessoas. Mas quantas coisas, pelo estudo, vamos vendo que não passa de pura especulação ou armação.
Devíamos ter o temor de Deus e reler o Deuteronômio para perceber que não devemos tomar o nome de Deus em vão. São dois os respeitos que devemos ter: respeito a Deus e respeito à dignidade da pessoa humana.
A obediência de Jesus não foi obediência a uma imposição do Pai, mas uma amorosa opção pelo plano misericordioso do Pai. Ao deixarmos a comunhão com o plano do Pai, certamente optamos pela destruição.
A estrada pode ser mais longa, mas é mais segura a chegada.
Do Livro:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE - VOLUME 6
EDITORA SANTUÁRIO
É preferível uma obediência cega ou um caminhar consciente?
Ainda é muito comum colhermos o resultado de tantos anos de catequese não libertadora: “Padre, isso é pecado?” ou “O que é pecado grave?” E o que dizer dos piedosos livros de orações que traziam listas inteiras de pecados com suas conseqüentes graduações?
Está na hora de trabalharmos a consciência das pessoas, dando princípios e valores evangélicos e fazendo perceber a escolha que devem fazer, uma opção livre e total. Uma opção por determinados atos faz cair na velha preocupação de salvar só sua alma, quando hoje devemos optar uma solidariedade salvífica. Além de que, devemos respeitar as circunstâncias e a capacidade de discernimento e de liberdade das pessoas.
Isso exige uma nova concepção e corajosa decisão por uma ética da responsabilidade própria para um cristão de maior idade. Exige uma nova postura face à obediência. A decisão e discernimento responsáveis purificam a obediência e fazem mais dócil e honesta a escuta da Palavra de Deus e a percepção dos sinais dos tempos. Isso faz a diferença entre obediência cega e obediência responsável.
Como continuar obrigando a participação nas missas dominicais, sem discernir e perceber os impedimentos naturais e possíveis a que estão sujeitas as pessoas na sociedade moderna?
Antes de qualquer lei, Deus já gravou sua lei natural no coração da pessoa humana e por mais que se definam os pecados, somente a pessoa, no sagrado de sua consciência, é que vai dizer o que lhe é realmente bom ou mal e qual foi sua definitiva opção.
Podemos balizar a estrada, mas não podemos fazer o caminho para ninguém. Sabemos como é muito mais fácil determinar os pecados ou dizer que é pecado ou não é pecado, do que fazer um trabalho lento para mostrar como se poderia realmente ter pecado ou ter evitado o mesmo. Se tivéssemos certeza de que tudo isso que falamos em nome de Deus, realmente Deus tivesse falado, seria bem mais seguro orientar as pessoas. Mas quantas coisas, pelo estudo, vamos vendo que não passa de pura especulação ou armação.
Devíamos ter o temor de Deus e reler o Deuteronômio para perceber que não devemos tomar o nome de Deus em vão. São dois os respeitos que devemos ter: respeito a Deus e respeito à dignidade da pessoa humana.
A obediência de Jesus não foi obediência a uma imposição do Pai, mas uma amorosa opção pelo plano misericordioso do Pai. Ao deixarmos a comunhão com o plano do Pai, certamente optamos pela destruição.
A estrada pode ser mais longa, mas é mais segura a chegada.
Do Livro:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE - VOLUME 6
EDITORA SANTUÁRIO
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br
http://www.redemptor.com.br
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