PADRE HÉLIO DE PESSATO LIBÁRDI CSsR
Que fazer com os maus pensamentos?
Diante dessa pergunta, às vezes tenho vontade de mandar a pessoa comprar duas asas de anjo e sair por aí. Uma das coisas importantes é a percepção de sua própria realidade, ter conhecimento de si mesmo e entender-se física e psicologicamente.
Quanto aos pensamentos, não vamos parar de pensar estando acordados. Os pensamentos fluem em nossa mente querendo nós ou não. Assim como se podem também gerar pensamentos, temos de entender que há pensamentos que, embora não os queiramos, eles povoam nossa mente.
Esses pensamentos são despertados pela percepção de nossos sentidos, induzidos pela realidade. Não há como deixar de pensar. O que se pode fazer é tomar cuidado e não provocar nem alimentar esses pensamentos. Mesmo assim alguns continuam insistindo o dia inteiro, tirando nosso sossego e nossa paz.
Os pensamentos que aparecem em nós, por si, não são pecados, eles se tornam maus quando os aceitamos, produzimos intencionalmente ou cultivamos.
Pensamentos maus não são só pensamentos de sexo. Os pensamentos de violência, de vingança também são maus e quem os cultiva está destruindo seus bons sentimentos.
Não adianta não querer pensar ou ficar se castigando por causa dos pensamentos.
Quando Jesus falou que olhando uma mulher, a pessoa já pecara em seu coração, certamente se referia à maldade e queria dizer que o pecado não estava fora, mas dentro da pessoa. A maldade faz o pecado existir e é a razão do pecado.
Hoje, quando se fala em liberdade, facilmente se é levado a crer que tudo seja permitido. E não podemos nos admirar que a maldade se instale em nós, quando permitimos tudo. Podemos ver tudo, po¬demos ter prazer, satisfação, mas não podemos nos esquecer de ser cuidadosos. A falta de virtude e de auto-controle destroem a sensibilidade necessária para a percepção das coisas de Deus.
É vendo filmes, cartazes desrespeitosos da dignidade da pessoa humana, é vendo programas de TV que induzem para a libertinagem, que criamos a sensação de que viver a vida é fazer tudo e o que importa é ser feliz. Resta perguntar se essas atitudes realmente fazem alguém feliz, ou se podemos chamar isso de felicidade.
O grande dom que temos é o de poder cultivar em nós e nos outros os bons sentimentos, transmitir valores que ajudam a construir a vida, sentir o sentido da vida na mútua ajuda. Por outro lado, que sensação terrível a daquele que, depois de velho, só tem lembranças do mal que fez. Sejamos limpos.
Do Livro:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE - VOLUME 10
EDITORA SANTUÁRIO
Pe. Hélio Libardi, C.Ss.R.
http://www.redemptor.com.br
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