17 DE FEVEREIRO DE 2010 QUARTA FEIRA DE CINZAS
Mt 6,1-6.16-18– E o teu Pai, que vê o que está ...
Mt 6,1-6.16-18– E o teu Pai, que vê o que está ...
Hoje é Quarta-feira de Cinzas, dia em que iniciamos a nossa caminhada para a Páscoa, que será daqui a quarenta dias. Por isso chamamos este tempo de quaresma.
No Evangelho, Jesus nos alerta: “Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles”. A palavra justiça é tomada aqui no sentido bíblico, que é a fidelidade a Deus, da qual emana todo o nosso comportamento. Se praticarmos a nossa justiça diante dos homens, só para sermos vistos por eles, não receberemos a recompensa de Deus Pai. E Jesus exemplifica com as três principais penitências da quaresma: a esmola, a oração e o jejum.
Esmola é desde a esmola no sentido convencional, que é dar dinheiro ou um prato de comida, até o seu sentido mais amplo, que é descobrir o que o outro necessita e ajudá-lo. Há pessoas que necessitam mais de afeto, amor e carinho, do que ajuda material.
Oração é o nosso diálogo com Deus, unido com a nossa disposição em fazer a nossa parte naquilo que pedimos. Oração é total disponibilidade a Deus, como dizia o profeta Samuel: “Fala, Senhor, que o teu servo ouve” (1Sm 3,10). No diálogo, nós falamos, e escutamos Deus nos falar. Isso acontece principalmente quando rezamos com a Bíblia na mão.
Jejum é o domínio do nosso apetite. Isso nos ajuda a fazer o verdadeiro jejum, que é descrito pelo profeta Isaías: “O jejum que eu quero é este: acabar com as prisões injustas, desfazer as correntes do jugo e por em liberdade os oprimidos. Repartir a comida com quem passa fome, hospedar em sua casa o pobre sem abrigo e vestir aquele que se encontra nu. Se fizeres isso, a tua luz brilhará como a aurora, e a tua saúde será rapidamente recuperada” (Is 58,6ss). O jejum nos ajuda na saúde física, mental e espiritual. Com o jejum tradicional, nós aprendemos a comer não aquilo de que gostamos e na hora que sentimos vontade, mas aquilo de que precisamos e na hora que precisamos para a nossa saúde.
A cinza que o padre coloca na nossa cabeça é um apelo à nossa conversão. “Convertei-vos e crede no Evangelho”, diz o padre ou ministro. Ou então: “Lembra-te que és pó e em pó te hás de tornar”.
A cinza é o que sobra, depois que o fogo passa. Precisamos queimar tudo o que não presta em nós. A cinza é a fase final do processo de decomposição da natureza. Tudo o que é material se decompõe e acabará em cinza, inclusive o nosso corpo. Quanta gente exagera nos cuidados com o próprio corpo, e se esquece que ele passa! Já a alma não passa, portanto é nela que devemos investir mais.
A Campanha da Fraternidade irá nos ajudando neste longo processo de conversão. Este ano, ela tem como tema: Economia e vida. E o lema: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24). Trata-se de algo que está muito ligado à nossa vida, que é o uso do dinheiro.
Certa vez, uma mãe perguntou ao seu filho adolescente, qual é a parte mais importante do corpo. O menino respondeu: “Acho que é a orelha”. A mãe lembrou-lhe que muitas pessoas são surdas e no entanto vivem normalmente.
“Então são os olhos”, disse o filho. “Ainda não acertou” – respondeu a mãe – “porque há muitas pessoas cegas que são felizes”. O menino pensou... mas não conseguiu responder corretamente. Um dia, o avô do adolescente morreu. Os pais choraram, e se consolaram mutuamente. O menino também chorou e o pai o abraçou. A mãe então lhe disse: “Está vendo, filho, qual a parte mais importante do corpo? É o ombro. Não porque ele sustenta a nossa cabeça, mas porque ele pode apoiar a cabeça do próximo que chora e sofre.
Muitos têm o que comer, mas precisam de um ombro amigo para chorar e desabafar. Todos precisamos de um ombro para expressar os nossos sentimentos. Jesus sempre foi um ombro amigo para os que viviam ao seu lado. Também esse é um importante jejum que somos chamados a fazer na quaresma.
Enviado por: Carlos Roberto
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
http://www.boletimpadrepelagio.org
MEMENTO HOMO, QUIA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS
No Evangelho, Jesus nos alerta: “Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles”. A palavra justiça é tomada aqui no sentido bíblico, que é a fidelidade a Deus, da qual emana todo o nosso comportamento. Se praticarmos a nossa justiça diante dos homens, só para sermos vistos por eles, não receberemos a recompensa de Deus Pai. E Jesus exemplifica com as três principais penitências da quaresma: a esmola, a oração e o jejum.
Esmola é desde a esmola no sentido convencional, que é dar dinheiro ou um prato de comida, até o seu sentido mais amplo, que é descobrir o que o outro necessita e ajudá-lo. Há pessoas que necessitam mais de afeto, amor e carinho, do que ajuda material.
Oração é o nosso diálogo com Deus, unido com a nossa disposição em fazer a nossa parte naquilo que pedimos. Oração é total disponibilidade a Deus, como dizia o profeta Samuel: “Fala, Senhor, que o teu servo ouve” (1Sm 3,10). No diálogo, nós falamos, e escutamos Deus nos falar. Isso acontece principalmente quando rezamos com a Bíblia na mão.
Jejum é o domínio do nosso apetite. Isso nos ajuda a fazer o verdadeiro jejum, que é descrito pelo profeta Isaías: “O jejum que eu quero é este: acabar com as prisões injustas, desfazer as correntes do jugo e por em liberdade os oprimidos. Repartir a comida com quem passa fome, hospedar em sua casa o pobre sem abrigo e vestir aquele que se encontra nu. Se fizeres isso, a tua luz brilhará como a aurora, e a tua saúde será rapidamente recuperada” (Is 58,6ss). O jejum nos ajuda na saúde física, mental e espiritual. Com o jejum tradicional, nós aprendemos a comer não aquilo de que gostamos e na hora que sentimos vontade, mas aquilo de que precisamos e na hora que precisamos para a nossa saúde.
A cinza que o padre coloca na nossa cabeça é um apelo à nossa conversão. “Convertei-vos e crede no Evangelho”, diz o padre ou ministro. Ou então: “Lembra-te que és pó e em pó te hás de tornar”.
A cinza é o que sobra, depois que o fogo passa. Precisamos queimar tudo o que não presta em nós. A cinza é a fase final do processo de decomposição da natureza. Tudo o que é material se decompõe e acabará em cinza, inclusive o nosso corpo. Quanta gente exagera nos cuidados com o próprio corpo, e se esquece que ele passa! Já a alma não passa, portanto é nela que devemos investir mais.
A Campanha da Fraternidade irá nos ajudando neste longo processo de conversão. Este ano, ela tem como tema: Economia e vida. E o lema: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24). Trata-se de algo que está muito ligado à nossa vida, que é o uso do dinheiro.
Certa vez, uma mãe perguntou ao seu filho adolescente, qual é a parte mais importante do corpo. O menino respondeu: “Acho que é a orelha”. A mãe lembrou-lhe que muitas pessoas são surdas e no entanto vivem normalmente.
“Então são os olhos”, disse o filho. “Ainda não acertou” – respondeu a mãe – “porque há muitas pessoas cegas que são felizes”. O menino pensou... mas não conseguiu responder corretamente. Um dia, o avô do adolescente morreu. Os pais choraram, e se consolaram mutuamente. O menino também chorou e o pai o abraçou. A mãe então lhe disse: “Está vendo, filho, qual a parte mais importante do corpo? É o ombro. Não porque ele sustenta a nossa cabeça, mas porque ele pode apoiar a cabeça do próximo que chora e sofre.
Muitos têm o que comer, mas precisam de um ombro amigo para chorar e desabafar. Todos precisamos de um ombro para expressar os nossos sentimentos. Jesus sempre foi um ombro amigo para os que viviam ao seu lado. Também esse é um importante jejum que somos chamados a fazer na quaresma.
Enviado por: Carlos Roberto
PADRE CLÓVIS DE JESUS BOVO CSsR
http://www.boletimpadrepelagio.org
MEMENTO HOMO, QUIA PULVIS ES ET IN PULVEREM REVERTERIS
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