Pe. João A. Mac Dowell S.J.
Qual é a diferença entre magia e milagre?
Quando fala de magia, creio que Você não se refere aos truques usados pelos mágicos para divertir o seu auditório. Essas mágicas dos prestidigitadores são inofensivas. A magia, propriamente dita, consiste em práticas e ritos em que se faz apelo a forças ocultas para produzir efeitos extraordinários, como, por exemplo, o emprego de feitiços, o mau-olhado e o uso de amuletos. Essas práticas mágicas são utilizadas tanto para obter o que se deseja para si ou para outros como para defender-se de influxos maléficos. Elas têm um caráter religioso, ou melhor supersticioso, porque são uma falsificação da verdadeira religião.
Alguns recorrem ao demônio ou a um espírito ou entidade superior através de cerimônias especiais. Outros atribuem a certas coisas, um talismã ou o número treze, por exemplo, o poder misterioso de dar sorte ou azar, de beneficiar ou prejudicar. Quem tem fé em Jesus Cristo não pode participar destes ritos mágicos nem ter medo da influência de forças anônimas ou confiar na sua proteção. Ele venceu todos os inimigos e nos libertou do seu domínio. Os espíritos malignos não têm nenhum poder sobre nós. Com a graça de Deus podemos sempre praticar o bem e encontrar a paz.
Mas também uma reza ou um gesto religioso podem converter-se em superstição, se são feitos com a pretensão de obrigar o próprio Deus a cumprir os nossos desejos. As benzeduras e esconjuros, bem como o uso de medalhas de santos e outras práticas religiosas, são também contrários à fé, quando confiamos não em Deus, mas no poder infalível das próprias fórmulas ou objetos para conseguir os nossos objetivos. Segundo o ensinamento da Igreja, as orações, bênçãos e imagens sagradas, são úteis para despertar e alimentar a nossa fé em Deus e na intercessão dos seus santos. Mas não podem transformar-se em meios mágicos para arrancar deles o que queremos.
Você já vê como é grande a diferença entre magia e milagre. Deus pode fazer um milagre para atender a nossa oração. Mas a iniciativa é dele. Não é possível forçá-lo. O milagre não se destina a satisfazer nossa curiosidade ou nossos caprichos. Não se trata de uma demonstração arbitrária do poder de Deus. É um fato fora do comum, mas, ao mesmo tempo, um sinal do amor divino, que se inclina para as necessidades e feridas humanas. O verdadeiro milagre está sempre inserido num contexto religioso. Através de sua intervenção num caso particular, Deus nos convida a crer na sua bondade e no seu poder de salvar-nos de todo mal.
Do Livro:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE VOLUMES 1 E 2
EDITORA SANTUÁRIO
João A. Mac Dowell S.J.
http://www.redemptor.com.br
Qual é a diferença entre magia e milagre?
Quando fala de magia, creio que Você não se refere aos truques usados pelos mágicos para divertir o seu auditório. Essas mágicas dos prestidigitadores são inofensivas. A magia, propriamente dita, consiste em práticas e ritos em que se faz apelo a forças ocultas para produzir efeitos extraordinários, como, por exemplo, o emprego de feitiços, o mau-olhado e o uso de amuletos. Essas práticas mágicas são utilizadas tanto para obter o que se deseja para si ou para outros como para defender-se de influxos maléficos. Elas têm um caráter religioso, ou melhor supersticioso, porque são uma falsificação da verdadeira religião.
Alguns recorrem ao demônio ou a um espírito ou entidade superior através de cerimônias especiais. Outros atribuem a certas coisas, um talismã ou o número treze, por exemplo, o poder misterioso de dar sorte ou azar, de beneficiar ou prejudicar. Quem tem fé em Jesus Cristo não pode participar destes ritos mágicos nem ter medo da influência de forças anônimas ou confiar na sua proteção. Ele venceu todos os inimigos e nos libertou do seu domínio. Os espíritos malignos não têm nenhum poder sobre nós. Com a graça de Deus podemos sempre praticar o bem e encontrar a paz.
Mas também uma reza ou um gesto religioso podem converter-se em superstição, se são feitos com a pretensão de obrigar o próprio Deus a cumprir os nossos desejos. As benzeduras e esconjuros, bem como o uso de medalhas de santos e outras práticas religiosas, são também contrários à fé, quando confiamos não em Deus, mas no poder infalível das próprias fórmulas ou objetos para conseguir os nossos objetivos. Segundo o ensinamento da Igreja, as orações, bênçãos e imagens sagradas, são úteis para despertar e alimentar a nossa fé em Deus e na intercessão dos seus santos. Mas não podem transformar-se em meios mágicos para arrancar deles o que queremos.
Você já vê como é grande a diferença entre magia e milagre. Deus pode fazer um milagre para atender a nossa oração. Mas a iniciativa é dele. Não é possível forçá-lo. O milagre não se destina a satisfazer nossa curiosidade ou nossos caprichos. Não se trata de uma demonstração arbitrária do poder de Deus. É um fato fora do comum, mas, ao mesmo tempo, um sinal do amor divino, que se inclina para as necessidades e feridas humanas. O verdadeiro milagre está sempre inserido num contexto religioso. Através de sua intervenção num caso particular, Deus nos convida a crer na sua bondade e no seu poder de salvar-nos de todo mal.
Do Livro:
RELIGIÃO TAMBÉM SE APRENDE VOLUMES 1 E 2
EDITORA SANTUÁRIO
João A. Mac Dowell S.J.
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